segunda-feira, 29 de abril de 2013

Não em tábuas de pedra...


"Sendo manifestos como cartas de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne do coração." II Coríntios 3:3




Um importante significado resultante do viver pela graça é que nos tornamos cartas vivas de Cristo. “Sendo manifestos como cartas de Cristo”. O Senhor deseja tornar nossas vidas uma “carta andante e falante Dele”.  Ele quer fazer de nós uma viva exposição de Quem é Cristo e tudo o que ele oferece. 

Quando saímos para cumprir nossas responsabilidades diárias, outros estão freqüentemente “lendo nossas vidas”.

Enquanto eles nos observam, eles podem estar aprendendo sobre a verdade e o amor de nosso Senhor Jesus ao mesmo tempo que ele opera através de nossas vidas.

Embora isto possa parecer excessivo se esperar de nós, o Senhor declara em sua palavra que este processo pode ser muito claro para aqueles que estão nos observando, pois somos manifestos como cartas de Cristo.

Esta é a forma de Deus trabalhar com os ministros do novo pacto ou de uma nova aliança. (Ver II Coríntios 3:6). Isto acontece com aqueles que vivem pela graça de Deus. É algo que Deus faz em nós e não que nós mesmos fazemos por nós.

Claro que pessoas são envolvidas neste processo. Nós somos inteiramente engajados pela humildade e dependência de sempre estar seguindo o Senhor que quer trabalhar através de nós.

Também outros se envolvem neste trabalho de ministrar-nos. O apóstolo Paulo tinha ministrado a verdade de Deus para aqueles crentes de Corinto. Assim, caros internautas, estas cartas vivas de Cristo não foram escritas com tinta, como cartas comuns são escritas, mas com o Espírito do Deus vivo.

O Santo Espírito de Deus é quem está no trabalho de escrever esta carta que é a nossa própria vida diária cristã.

Note que Deus escreve estas cartas não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne de nosso coração. 

No Antigo Testamento a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra, mas agora sob o evangelho de Cristo, a Lei de Deus é escrita no coração daqueles que andam sob a dependência de Deus, e a obediência aos seus mandamentos são uma exposição vida da vontade de Deus na prática. 

Aqueles que nunca leram a Bíblia, ou nunca tiveram contato com a Lei de Deus exposta na Palavra de Deus, podem ver exemplificado no dia-a-dia dos crentes os ditames do caráter de Deus. Este trabalho celestial muda-nos de dentro para fora, nos tornando cartas vivas de Cristo para benção de outras pessoas.

Este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”. Hebreus 8:10

Anulamos, pois, a lei pela fé? De modo nenhum; antes estabelecemos a lei.” Romanos 3:31

E você, como tem sido a sua vida? O seu falar, o seu andar, a forma de você se vestir, as suas ações tem exemplificado na prática a Lei de Deus para o mundo? Que tipo de mensagem eles estão lendo através de você?

Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”. I Coríntios 10:31


Marcio S. Vicente

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Entenda o descanso sabático mencionado no livro de Hebreus


Hoje vamos comentar um pouco sobre o descanso sabático mencionado no livro de Hebreus 4:9
Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus.
Este texto no original grego traz o vocábulo “sabbatism”. O que isto significa?
A Bíblia fala de muitos tipos de sábados. O mais conhecido é o sábado do sétimo dia instituído na Criação de Deus (Gênesis 2:1-2), fazendo parte da Lei de Deus mencionada em Êxodo 20:2-17.
A Bíblia menciona outros sábados além dos sábados do Senhor tidos como cerimoniais e estabelecidos por Moisés, conforme Levítico 23:38.
Bem, mas de que sábado então trata o texto de Hebreus de que estamos tratando?
Pelo contexto temos por certo que o texto claramente fala da alegria e do gozo que será dos salvos em observar o descanso sabático celestial, o mais perfeito e eternal junto de Cristo nas mansões celestiais, senão vejamos:
O descanso mencionado em Hebreus 4:8 vem do grego, “catapausis”.
Este descanso é representativo, por exemplo, do descanso de Noé, após o dilúvio, quando a arca repousou sobre o Ararat depois de muito balançar nas águas do dilúvio. (Ver Gênesis 8:4).
Também o povo de Israel sob Josué, aproveitou o descanso após a guerra de conquista de Canaã. (Ver Josué 11:23).
Outra ilustração deste tipo de descanso é o mencionado em II Crônicas 36:21:
para se cumprir a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, até haver a terra gozado dos seus sábados; pois por todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.”
Mas o descanso mencionado em Hebreus 4:9 é uma forma muito mais nobre e exaltada de “sábado” de descanso. Significa literalmente a cessação. Veja a expressão, “descanso de toda obra que fizera.” (Hebreus 4:4), assim como Deus descansou depois da criação e descansará depois de no futuro (Apocalipse 16:17).
As duas ideias de descanso (“sabbatism” e “catapausis”) combinadas, nos dá a perfeita visão do Sábado de descanso celestial. Descanso da morte, descanso da dor e descanso do pecado, e o descansar também na contemplação da criação de Deus renovada. (Apocalipse 21:5).
A criação inteira renovada entrará neste descanso. Absolutamente nada irá quebrar o Sábado da eternidade, e a Divindade regozijará no trabalho de suas mãos e descansará em seu amor. (Sofonias 3:17 na versão King James).
Moisés, representando a lei, não pode conduzir o povo de Israel para dentro de Canaã. Do mesmo modo, a Lei de Deus mostrando nos o pecado nos conduz aos pés de Cristo, cessando aí esta sua função, não podendo a lei nos salvar ou nos redimir, algo que só Cristo pode fazer por nós e em nós.
Assim como Moisés conduziu o povo de Israel às fronteiras de Canaã, do mesmo modo Jesus, aqui um antítipo de Josué, nos conduzirá ao descanso celestial de que fala o livro de Hebreus. Interessante que Josué e Jesus em hebraico essencialmente é o mesmo nome.
Não podemos ignorar que o texto de Hebreus, ao contrário de muitos pregadores novidadeiros por aí, também confirma positivamente a obrigação de se observar o sábado do sétimo dia do quarto mandamento da Lei de Deus. É que segundo alegam, o sábado seria um tipo do gozo sabático antítipo que virá, pensando com isto esvaziar a importância do sétimo dia do quarto mandamento.

Embora a teologia do sábado nos mostra ser ele um memorial da Criação de Deus, afastando qualquer caráter simbólico ou cerimonial de sua essencia como mandamento moral de Deus, em certo sentido no contexto desta passagem de Hebreus podemos concordar com tal assertiva. 

De fato, considerando-se a observância do sábado aqui como sendo de  certo modo uma pequena amostra da comunhão e gozo que teremos com Cristo no Céu, longe de todo pecado tristeza e dor, podemos já aqui tomar o sábado como um antegozo deste porvir.
O sistema de sacrifícios continuou até que o grande antítipo sacrifício teve lugar na cruz. Do mesmo modo, o "sábado típico" do descanso celestial deve ser observado até que Cristo, nosso Josué Evangélico venha e nos conduza para o antitípico e eternal sábado de descanso durante milênio em que os justos reinarão com Cristo no céu, ao mesmo tempo em que a Terra descansará os seus sábados de desolação durante o sétimo milênio.
Lembrando ainda que a Bíblia nos assegura que na terra renovada o sábado do sétimo dia continuará a ser observado, (Isaías 66:23), por certo, não mais como memorial da antiga criação que neste tempo não existirá mais (II Pedro 3:7), mas como um memorial glorioso da redenção e do descanso de Cristo bem como da recriação e renovação de todas as coisas.
Interessante que estas duas noções extraídas das palavras gregas “sabbatism” e “catapausis” se cumprem também na observância do sétimo dia. Devemos cessar nossos labores seculares (catapausis), e descansar na contemplação das obras da criação de Deus (sabbatism).
Que atentemos com firmeza para a recomendação do autor do livro de Hebreus:
Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência”. Hebreus 4:11
Desobediência a Deus aqui meus amigos, impede-nos de entrar também no descanso eternal que virá. Que o Espírito Santo te ilumine, te ajudando a aceitar o descanso de Deus na sua vida e a viver uma vida de obediência aos mandamentos de Deus.
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Texto de Marcio da Silva Vicente - Pimenta Bueno/RO

Obras consultadas: 1. Comentário Bíblico de Jamiesson e Fausset; 2. Strong's Hebrew and Greek Dictionaries




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quarta-feira, 17 de abril de 2013

UMA VEZ SALVO, SEMPRE SALVO?


O jovem Ualatas de Cacoal/RO nos enviou a seguinte pergunta:

"Explica ai pra mim.

UM VEZ SALVO, SEMPRE SALVO?"

Abaixo a nossa resposta:

Muito boa a sua pergunta Ualatas. Olha você deve considerar esta questão sob dois aspectos: Em primeiro lugar a salvação é um presente gratuito de Deus independente de qualquer obra que o homem pode oferecer. E o que Deus dá ele não toma de volta não é mesmo?

 Considere estes versos por exemplo:

 "João 10:28 e 29 "eu lhes dou a vida eterna, E JAMAIS PERECERÃO; E NINGUÉM as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai." 

Neste sentido, uma vez salvo para sempre salvo. Entretanto amigo, uma coisa que Deus não faz é salvar uma pessoa que na prática não quer ser salva. Deus é fiel em suas promessas, mas o homem deve querer permanecer salvo. Aqui entra o outro aspecto que desejo enfatizar. Embora quando aceitamos a Jesus somos salvos da escravidão do pecado, ainda temos uma parte a desempenhar na luta contra a natureza pecaminosa e na santificação. Se uma pessoa voluntariamente após receber o presente da salvação voltar para a escravidão do pecado, não há que se pensar que Deus a salvará do mesmo modo.

Considere estes versos por exemplo: "MAS AQUELE QUE PERSEVERÁ ATÉ O FIM SERÁ SALVO". Mateus 24:13. "Sê FIEL ATÉ A MORTE e dar-te-ei a coroa da vida" Apocalipse 2:10. Então não se pode confundir isto. O perigo reside no fato de muita gente achar que já está salvo, e não procurar permanecer fiel aos reclamos da palavra de Deus. Aliás muita gente vai sofrer uma decepção quando Jesus voltar, pois crendo que se encontra salvo, descobrirá tarde demais que na verdade não estava salvo.

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. 
 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? 
Então lhes direi claramemnte: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:21-23.

"Quando eu disser ao justo que certamente viverá, e ele, confiando na sua justiça, praticar a iniqüidade, não virão à memória todas as suas justiças, mas na sua iniqüidade, que pratica, ele morrerá." Ezequiel 33:13.

"Porque nos tornamos participantes de Cristo, SE retivermos firmemente o princípio da nossa confiança ATÉ O FIM." Hebreus 3:14.


 Então é isto meu amigo, que Jesus te ajude a compreender que "O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, o achareis; mas se o deixardes, ele vos deixará. II Cronicas 15:2". Abraço. (Marcio da Silva Vicente).

segunda-feira, 15 de abril de 2013

É o Casamento um Concerto Vitalício nos Escritos Inspirados de Ellen White?





Preparamos um estudo com o seguinte título: “É o casamento um concerto vitalício?” Que você poderá ler no seguinte link.


No entanto, alguns sentiram a necessidade de que algo fosse dito ou explicado sobre alguns textos de Ellen White que parecem apoiar o novo casamento principalmente em base de divórcio como é o caso de Walter C. ou irmão J, e com base em adultério como aparece no texto do livro Lar Adventista pág. 344.

Vamos primeiramente fazer alguns considerações sobre o texto do livro Lar Adventista:

“Vi que a irmã ------, por ora, não tem direito de desposar outro homem; mas se ela, ou qualquer outra mulher, obtiver um divórcio legal na base de adultério por parte do marido, então está livre para casar com quem quiser.”  Manuscrito 2, 1863 (Carta 4a, 1863).

Talvez este texto seja o que mais parece dar à parte inocente o direito de um novo casamento. Algumas considerações, porém, mostrar-nos-á que os que apoiam o novo casamento com base nesta passagem estão apoiados em um fundamento frágil e sem estrutura teológica e histórica. Vejamos os motivos:

1º - Textos de Cartas Pessoais de Ellen White.

Geralmente todos os textos que parecem dar direito ao novo casamento são retirados de cartas pessoais de Ellen White, como é o texto que estamos considerando. Isto é perigoso, pois Ellen White escreveu muitas coisas de natureza totalmente comuns e não baseada em alguma revelação Divina.

"Há vezes porem, em que se devem ser declaradas coisas comuns, pensamentos comuns precisam ocupar a mente, cartas comuns precisam ser escritas e informações dadas, as quais passaram de um a outro dos obreiros. Tais palavras, tais informações, não são dadas sob a inspiração especial do Espírito de Deus."  Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 39.

Apesar de que na maioria das cartas, a irmã White se encontrava sob a influência do Espírito Santo, esta verdade não pode ser aplicada em todos os momentos de sua vida em que ela escrevia cartas pessoais à pessoas específicas, como é afirmado:

“Isto não quer dizer, de modo algum, que toda carta que a Sra. White tenha escrito, fizesse-o sob inspiração do Espírito do Senhor.”  O Testemunho de Jesus, pág. 64. Casa Publicadora Brasileira.

“Eram dados pela Srª. E.G. White testemunhos individuais e testemunhos de caráter geral. Muitos desses testemunhos individuais se acham incluídos em seus livros publicados. Alguns deles tratam de assuntos particulares da vida pessoal ou do lar do indivíduo, e não foram incluídos na coleção dos Testemunhos for the Chrrch (Testemunhos para a Igreja).”


A igreja Adventista não respeitou essa separação entre escritos inspirados e escritos pessoais que não revelavam a expressa vontade de Deus através da revelação e acabou publicando textos que não deveriam ser publicados como ocorreu nestas cartas pessoais sobre a questão de casamento divórcio e novo casamento, as quais tratam de assuntos pessoais e que não revelam uma diretriz ou que estas cartas estabelecessem um padrão ou uma decisão a ser seguida pela igreja em todos os lugares e em todos os momentos e circunstâncias.

“Ellen White jamais esperou que suas cartas pessoais fossem divulgadas ao público, exceto aquelas porções que ela mesma empregava mais tarde na elaboração de um artigo para periódico ou em cartas que julgava serem de interesse geral. Como se sentiriam as pessoas de hoje se sua correspondência pessoal, de repente, caísse em domínio público? Principalmente a correspondência escrita quarenta anos atrás? Especialmente cartas confidenciais endereçadas a membros da família? Ou cartas de reprovação a líderes preeminentes da igreja ou às esposas deles?
     "Devemos, porém, ser realistas. Boa parte da correspondência particular e confidencial de Ellen White (cartas que ela jamais publicou) tornou-se pública.” Mensageira do Senhor, pág.113, 114. Casa Publicadora Brasileira.



2º - Os Conselhos Pessoais de Ellen White e a Bíblia.

Se a passagem em foco revela um ponto doutrinário a guiar as decisões de casamento e novo casamento no meio do povo de Deus, então estaríamos de frente com uma grande contradição entre o que Ellen White escreveu e o que encontramos na Bíblia. Jesus disse:

“Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também.” Lucas 16:18.

Façamos aqui uma comparação para entendermos melhor:

Digamos que Manuel abandonou dona Josefa e se casou com Francisca. Ele estará em adultério com dona Francisca segundo as palavras de Jesus e os escritos de Ellen White. Dona Josefa, que é a parte inocente, a qual fora abandona por seu Manuel, segundo o texto de Lucas, se voltar a casar-se novamente, mesmo sendo a parte inocente, estará também em adultério. Mas, segundo a carta de Ellen White, ela não estaria em pecado, já que seu marido a abandonou e cometeu adultério! E então, o que fazer?

Parece que existe, por parte de alguns, a tendência de darem mais importância ao que Ellen White escreveu sobre casos pessoais e comuns do que àquilo que Jesus disse. Talvez porque isto atende a seus desejos humanos e suas concepções equivocadas de misericórdia.

Não que os escritos de Ellen White não tenham peso doutrinário, pois cremos que eles constituem uma revelação de Deus a Seu povo por meio de Sua serva. Porém, devemos ter certos critérios para com certas cartas (não todas), por tratarem estas de assuntos pessoais.

Outro detalhe a considerar é que, mesmo algumas igrejas que apoiam o novo casamento para a parte considerada inocente e isto baseados em poucas declarações não da Bíblia, mas de Ellen White, acabam por permitir também o novo casamento mesmo para a parte considerada culpada. Isto é lastimável. Geralmente, um pecado aparentemente menor abre caminho para outro bem maior. Precisamos estar atentos para este fato.

3º - Os Conselhos Pessoais e o que Ellen White Escreveu de acordo com a Palavra de Deus.

Além de uma grande contradição com a Bíblia, esta carta de Ellen White vai contra muitos outros textos que ela escreveu. Vejamos:

“Esse votos ligam os destinos de duas pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág 576; Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 14.

Aqui, nada se falou sobre adultério ou divórcio, mas apenas da morte como sendo a única razão ou motivo para por fim a um casamento.

“O casamento, união vitalícia, é símbolo da união entre Cristo e a igreja.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 7, pág. 46.

Vitalício: Que dura a vida inteira. Ou seja, nos escritos inspirados de Ellen White o casamento é um concerto vitalício, pois o mesmo deve durar a vida toda. Isto está sem dúvida alguma de acordo com o propósito e o plano de Deus como encontrado na Bíblia Sagrada!

“O casamento é um passo que se dá por toda a vida. Tanto o homem como a mulher devem considerar cuidadosamente se podem viver um ao lado do outro através de todas as dificuldades da vida enquanto ambos viverem.” - Lar Adventista pág. 340.

“O voto matrimonial que une o marido à sua esposa deve permanecer intacto...”. - Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 78.

“Herodes sentiu-se afetado ao ouvir os poderosos, diretos testemunhos de João, e com profundo interesse indagou o que precisava fazer para tornar-se seu discípulo. João estava familiarizado com o fato de que ele estava prestes a casar-se com a mulher de seu irmão, estando o marido ainda vivo, e fielmente declarou a Herodes que isto não era lícito.” - Primeiros Escritos, pág. 154.

Devemos nos lembrar ou não esquecer que a obra do povo de Deus nestes últimos dias é simbolizada pela de João batista (Conselhos sobre Regime Alimentar, pág. 71).

Então, eu fico me perguntando por que estes textos muitas vezes não são citados? Percebe-se assim que muitos são bastante tendenciosos e unilaterais quando expõem a questão.

Quando afirmamos que os escritos de Ellen White não se contradizem com a Bíblia, nos referimos às revelações do Espírito de Deus a ela. Em seu dia a dia, apesar de ter sido uma profetiza, ela tinha suas deficiências e erros. Ela mesma escreveu:

“Com relação à infalibilidade, nunca a pretendi; unicamente Deus é infalível. Sua palavra é a verdade, e não há nEle mudança ou sombra de variação.” - Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 37.

4º - Não Tomar os Escritos de Ellen White Como Regra na Questão do Casamento.

O que Ellen White escreveu sobre casamento não deve ser tomado como regra se o que ela escreveu não for abonado pela Bíblia. Vejamos:

“Quando foi solicitado a W.C. White que apresentasse uma declaração de sua mãe, a qual pudesse servir como padrão pelo qual se analisassem os casos de casamento em desacordo com as Escrituras, ele respondeu: Depois de você ler os documentos que hoje lhe enviei, você dirá: Bem, ele não apresenta nenhuma declaração taxativa da irmã White que responda diretamente a questão. Acredito, contudo, que você perceberá através dos documentos que lhe envio, que foi intenção da Sra. White que não saísse de sua pena coisa alguma que pudesse servir como lei ou regra, segundo a qual devesse ser tratada esta questão do casamento, divórcio, novo casamento e adultério. Ela sentia que os diferentes casos em que o diabo conseguira envolver as pessoas seriam tão variados e sérios, que, escrevesse ela algo que pudesse ser tomado como regra para tais casos, ocorreria compreensão errônea e mau uso de seus escritos.” – W. C. White, em carta a C.P. Bollman, 6 de janeiro de 1931.” - Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 8,9.

Mesmo a profetiza tomando todos os cuidados, hoje se faz uso de algumas cartas pessoais dela sobre esta questão, e querem fazer com que estas cartas sejam palavra decisiva na questão de divórcio e novo casamento. Ellen White jamais intencionou tal coisa, pois ela sabia que diversas situações envolveriam esta questão e, portanto, não se poderia fazer uma regra única para definir todos os casos. Usar suas cartas pessoais, as quais tratavam sobre assuntos singulares de casos específicos e utilizar estas cartas para definir outros casos que podem ser parecidos, mas em contexto totalmente diverso e diferente, é fazer mau uso dos escritos de Ellen White.

5º - Nenhum Conselho Diferente de Paulo.

Nos últimos anos de vida de Ellen White ela se recusou a dar qualquer opinião sobre esta questão de divórcio ou separação. Mesmo porque ela sabia que sua opinião, ainda que pessoal, poderia ser utilizada de forma errônea. Lemos:

“Mamãe recebeu durante os últimos vinte anos muitas cartas indagando acerca dos assuntos que você escreve, e muitas vezes ela escreveu em resposta, dizendo que não tinha conselho algum a dar diferente daquele do apóstolo Paulo. Recentemente ela se recusou a lidar com cartas desse tipo, dizendo que não as levássemos a seu conhecimento.” Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 219.

Como se pode notar, ela percebeu que não deveria opinar sobre este ponto, que o único conselho que tinha para dar, era o mesmo do apóstolo Paulo. Lembremos o que Paulo escreveu sobre isto:

“Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido.” Romanos 7:2-3.

“Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.” I Coríntios 7:10-11.

“A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.” I Corintios 7:39.

Esta postura de Ellen White sobre o casamento, com certeza não era a mesma que ela havia deixado transparecer em alguma carta pessoal no tempo em que não tinha ainda luz suficiente sobre o assunto.

Então perguntamos: Nos escritos inspirados de Ellen White, é o casamento um concerto vitalício? Respondemos: Sem dúvida alguma, e graças a Deus por isto!

Ou seja, no fim de sua vida, Ellen compreendia que esta era a posição mais segura, e justamente esta posição é que nós como igreja temos adotado ao longo dos anos!

6º - A Igreja Deve Decidir com Base no “Está Escrito”.

Apesar de esta ser a posição geral que a profetiza adotou, a saber, que somente a morte de um dos cônjuges desfaz uma união segundo a Bíblia, atitude adotada até hoje por nós como povo, a igreja deve estar capacitada a dar uma posição de acordo com “os diferentes casos em que o diabo conseguira envolver as pessoas.” Comparando o que ela muitas vezes pensava com o que ela lia nas páginas sagradas, Ellen White chegou à conclusão que não era dever dela ditar nenhuma regra única a ser seguida baseada nos “tão variados e sérios” casos de casamento e separação. Sobre isto Ellen White escreveu:

“Não acredito que quaisquer questões como estas devessem ser postas diante de mim. Não creio ser meu trabalho lidar com tais casos, a não ser que eles sejam plenamente abertos diante de mim. Na igreja devem existir irmãos capazes de falar decididamente a respeito deste caso. Não consigo compreender tais coisas.” - Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 219.

Em alguns casos, a decisão da igreja, relativamente a alguém, pode ser a de que tal pessoa “se for para o Céu, deverá ir sozinho, sem a comunhão da igreja. Uma permanente censura da parte de Deus e da igreja deve estar sobre ele, para que o padrão de moralidade não seja rebaixado ao pó.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 215.

7º - O Povo de Israel e Moisés, Ellen White e a Igreja Adventista.

Existe um paralelo interessante entre o povo de Israel e o povo adventista em muitos detalhes, e, nesta questão de casamento e divórcio, de forma especial. Jesus disse que foi por causa da dureza do coração que Moisés havia dado permissão para o divórcio (Mateus 19:8). Moisés, mesmo sendo o profeta de Deus, falou algo, segundo as circunstâncias da época, que na verdade nunca esteve no coração de Deus, a saber, que um homem pudesse dar carta de divórcio à sua esposa (Deuteronômio 24:1), “pois o Eterno, o Deus Todo poderoso de Israel, diz: Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim.” (Malaquias 2:16. BLH).

Semelhantemente, Ellen White, ainda nos primórdios de seu ministério profético, também deu certos conselhos sobre a questão do casamento que, em realidade,  segundo as circunstancias da época, não retratavam a perfeita vontade Divina. O tempo e a vontade de Deus, porém, revelada em sua Palavra, a ensinou sobre isto.

No tempo de Israel, o divórcio foi permitido por causa da dureza do coração. E como foi a experiência da igreja Adventista comparando-a com a nação israelita? Lemos:

mesma desobediência e o mesmo fracasso observados na igreja judaica têm caracterizado em maior grau o povo que recebeu esta grande luz do Céu através das últimas mensagens de advertência.” - Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 157.

Isto justifica também a posição inicial de Ellen White sobre casamento e divórcio na igreja Adventista, igreja que possuía a mesma fraqueza da igreja Judaica, porém, em maior grau em todos os aspectos, inclusive na questão matrimonial, posição corrigida no futuro, quando Deus convidou então Seu povo para uma “completa reforma” atendida por 2% da igreja Adventista. - Testemunhos para Ministros, pág. 514; Serviço Cristão pág. 40,41.

Algumas pessoas questionam por que Ellen White nesta carta escreve como se Deus tivesse dado a ela uma revelação especial, ao escrever: "Vi que...". No entanto, esta expressão pode ser compreendida de duas formas:

 - O "vi que" pode significar que ela "entendeu que...", ou seja, um ponto de vista humano da profetiza. 

 - Que Deus havia dado a ela uma revelação especial sobre aquele assunto. Neste caso, entendemos perfeitamente o motivo da igreja Adventista repetir em muitos aspectos a mesma história do povo de Israel também na questão do divórcio. Moisés, sendo o profeta da igreja naquele tempo, disse, sob orientação e inspiração Divina, que um homem podia divorciar-se de sua esposa se encontrasse nela alguma coisa que o desagradasse. Semelhantemente, Ellen White, por volta do ano de 1863, como profetiza da igreja, deu um parecer similar ao que Moisés havia dado devido à dureza de coração do povo do advento. Mesmo Moisés dando ao povo um conselho sobre inspiração Divina semelhante ao de Ellen White, Jesus deixou claro que isto não estava nos planos originais de Deus, e que o divórcio fora permitido por causa da dureza do coração do povo. Se na igreja Adventista esta dureza de coração foi maior, o que se poderia esperar da profetiza à semelhança do que fez Moisés? No entanto, é sempre bom ter em mente que o plano original de Deus tão defendido por Jesus em Mateus 19:4-8, sempre foi o ideal Divino, e que "no tempo do fim, toda instituição divina deve ser restaurada." - Profetas e Reis, pág. 678. 

Esta compreensão sobre casamento inundou a vida Ellen White quase no fim de seu ministério.

Se alguns se firmam baseados no “vi que” para apoiar hoje o divórcio e o novo casamento, semelhantemente deveriam hoje ainda se alimentar de carne de porco e não condenar também os que assim fazem. Ellen White escreveu:

Vi que suas ideias sobre a carne de porco não seria prejudicais se vocês as retivessem para sim mesmos, mas, em seu julgamento e opinião, os irmãos têm feito dessa questão uma prova...” – Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 206, 207.

“Ao passo que diríamos aos que estão dispostos a importunar os que cultivam lúpulo e fumo e criam porcos entre nosso povo que eles não têm o direito de fazer destas coisas, em qualquer sentido, uma prova de comunhão cristã,...”. - Mensagens Escolhidas, vol. pág. 338.

Se o “vi que” deve ser hoje uma base para a igreja permitir novo casamento, o mesmo “vi que” deveria levar a igreja também a não fazer da carne de porco uma prova de comunhão. No entanto, mesmo a igreja Adventista acredita que algumas revelações de Deus a Ellen White, dadas a ela no início de seu ministério, não devem servir como base, para as decisões da igreja no tempo atual quando a vontade de Deus foi de forma mais claramente expressa (Conselhos sobre Regime Alimentar, págs. 405, 412, 413).

Hoje, a igreja mencionada, faz da carne de porco uma prova de comunhão baseados não nos escritos de Ellen White sobre o assunto, mas no que a Bíblia fala sobre este ponto (Levítico 11:6-8; Isaias 65:3; 66:17). No caso do divórcio, a igreja deveria utilizar o mesmo critério, o qual nós adotamos!

Em nossos dias, seria tão errado buscar apoiar o divórcio com base nos escritos de Moisés como fizeram os fariseus nos dias de Jesus, como também nos dias atuais procurar apoiar o divórcio com base em algumas palavras de Ellen White!

Aos que citam pequenos textos das cartas de Ellen White para dar apoio equivocado ao divórcio, repetimos as palavra de Jesus: “Mas no princípio não foi assim.” Mateus 19:8. Sem contar que quase no fim do ministério de Ellen White, no que se refere a ela, também não foi!

O caso de J ou Walter C.

No livro Mensagens Escolhidas volume 2, na página 340 se pode ler sobre o caso de J. Esta mesma carta pode ser encontrada também no livro Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, publicado pela casa Publicadora Brasileira. Neste livro, você encontra esta mesma carta em sua forma completa. Neste livro, a carta menciona Walter C. Já no livro mensagens escolhidas, este mesmo jovem aparece com apenas uma letra para identifica-lo: “J”.

Citaremos apenas as partes mais interessantes da carta. Uma parte, a que é mais citada pelos defensores daquilo que Deus odeio, o divórcio, lemos:

“J não se separou de sua esposa. Ela o deixou e separou-se dele, e casou com outro homem. Não vejo nada na Escritura que o proíba de tornar a casar-se no Senhor. Ele tem direito à afeição de uma mulher.” - Mensagens Escolhidas vol. 2, pág. 340.

Alguns pontos devem ser esclarecidos aqui nesta carta. Vejamos:

 - Esta, assim como a primeira carta que analisamos, é também uma carta de aconselhamento pessoal, e não reflete a soberana vontade de Deus ou algum ponto de doutrina. É fácil ver isto de forma bem prática e clara. Vejamos, Ellen White escreveu:

“...pode ser que esse casamento esteja no desígnio de Deus...” - Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 339; Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 67.

Perguntamos: Com Deus existe “pode ser”?????  É muito fácil ver que esta carta se trata de um conselho totalmente pessoal, e não de alguma revelação Divina a Ellen White ou alguma inspiração, ao dar ela tal conselho.

Ellen White deixou claro tratar-se de um parecer unicamente pessoal. Na carta, ela fez questão de escrever:

“Como pediste MEU conselho, dou-o francamente.” - Mensagens Escolhidas vol. 2, pág. 340. Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 72.

Não é, portanto o parecer de Deus, mas o parecer de Ellen White apenas como uma humana passível de erro como qualquer profeta ou profetiza, ao dar sua própria opinião.  Veja exemplo em II Samuel 7:1-13 quando o profeta Natã aconselhou Davi que edificasse o templo, quando, na verdade, Deus tinha outros planos. Mas o profeta deu apenas sua opinião no caso.  

A irmã White ainda escreveu:

“Este é o MEU ponto de vista.” - Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 69.

 - Se o caso de muitos que usam esta carta para se casarem novamente for o mesmo caso de Walter “C” então não vemos tanto problema assim. Mas qual era o problema de Walter? Vejamos:

“Ele (Walter C ou J) tem direito à afeição de uma mulher que, sabedora de seu defeito físico, decide devotar-lhe seu amor. Chegou o tempo em que ser estéril não é pior coisa que pode ocorrer.”  - Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 68.

Bem, esterilidade não é defeito físico, mas um defeito fisiológico! Ellen White, estava então não falando meramente de um problema de esterilidade, mas de um defeito físico. Qual era ele? Lemos:

“Quando ainda bastante jovem, Walter C levou a cabo o que lhe pareceu uma sugestão, em Mateus 19:12, tornando-se eunuco. Segundo Walter, Laura casou com ele conhecendo plenamente sua condição. Contudo, ela inesperadamente se divorciou dele e desposou outro homem. Depois disso, Walter tornou a casar. As cartas transcritas nesta seção revelam o sincero esforço de Ellen White no sentido de proteger a santidade do compromisso matrimonial mesmo em face de circunstâncias extremamente difíceis.” - Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 54.

Eis o defeito físico de Walter C., ele fez algo como uma cirurgia tornando-se literalmente eunuco. Por isso disse que, se o caso das pessoas que utilizam esta carta escrita a Walter, para contrair novo casamento, tiver o mesmo problema dele, não vemos tanta dificuldade. ...

Nestas circunstâncias, qual era o relacionamento de Walter C. com sua segunda esposa? Eis a resposta:

“Poderá acompanhar o marido em suas viagens e ser-lhe de ajuda; quando permanecer no lar, poderá servir ao senhor como se não fosse casada. Este é o meu ponto de vista.” - Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 69.

Portanto, o caso de Walter não tem nenhuma semelhança com os casos existentes hoje nas igrejas que professam fé na mensagem do terceiro anjo, então, querer aplicar o caso de Walter às circunstâncias de hoje no que se refere ao casamento, desvirtua a beleza da verdade como ela é em Jesus! E, não devemos nos esquecer das primeiras considerações que fizemos neste artigo no texto do livro Lar Adventista.

Sempre que nos depararmos com certos textos que parecem contradizer a verdade, devemos sempre avaliar o tempo, as circunstâncias, o lugar em que estes textos foram escritos. Isto nos ajuda a harmonizar a mensagem e vemos perfeita simetria, beleza e harmonia na mensagem que pregamos.

 “Quanto aos testemunhos, coisa alguma é ignorada; coisa alguma é rejeitada; o tempo e o lugar, porém, têm que ser considerados”.  - Mensagens Escolhidas vol. 1, pág. 57. 

As outras passagens que são utilizadas com o objetivo de dizer que o adultério dá motivos suficientes para dissolver uma união matrimonial (Lar Adventista pág. 344 e 345; Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, págs. 78,79; 158,159; 250), mostram apenas que tal pecado pode separar um casal. Estes textos não mencionam jamais um novo casamento e, segundo Lucas 16:18, mesmo à parte inocente nestas condições é vedado um novo matrimônio.

A igreja tem sobre si a missão de restaurar os lugares antigamente assolados e restaurar os fundamentos de geração em geração (Isaias 58:12). O casamento precisa ser restaurado como Deus o criou. Foi feita pelo inimigo, através do divórcio, uma brecha na família. O divórcio é invenção diabólica, coisa que Deus odeia. À Sua igreja, Deus deu a sublime e solene missão de, assim como João Batista, proteger a família através da restauração dos princípios edênicos do casamento. Que Jesus, aquele que deu a própria vida em prol da família humana, una os lares, coração de pai ligado ao da mãe e os destes aos dos filhos.

Existem muitos lares sendo destruídos. O diabo deseja ver pais separados e lares infelizes e desfeitos. Os pais se tornam egoístas ao sentirem-se livres para unir suas vidas a uma nova pessoa, sem que se comovam do trauma que causarão na mente de seus filhos por toda a vida e a ruína que estão causando na família.

Apelo aos casais do mundo todo para que se apeguem a Jesus. Orem para que Jesus aumente ou até mesmo implante novamente o amor em vosso coração e em vosso lar.

“Você poderá dizer que não ama o esposo. Deve isto ser razão para tentar não amá-lo? Porventura é a presente vida tão longa e de tanto valor que decidirá seguir o próprio caminho e apartar-se da lei de Deus?” - Testemunhos sobre Conduta Sexual Adultério e Divórcio, pág. 55.

“Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem.” Mateus 19:5.

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