Hoje
vamos comentar um pouco sobre o descanso sabático mencionado no livro de
Hebreus 4:9
“Portanto resta ainda um repouso sabático para o
povo de Deus.”
Este
texto no original grego traz o vocábulo “sabbatism”.
O que isto significa?
A
Bíblia fala de muitos tipos de sábados. O mais conhecido é o sábado do sétimo
dia instituído na Criação de Deus (Gênesis 2:1-2), fazendo parte da Lei de Deus
mencionada em Êxodo 20:2-17.
A
Bíblia menciona outros sábados além dos sábados do Senhor tidos como
cerimoniais e estabelecidos por Moisés, conforme Levítico 23:38.
Bem,
mas de que sábado então trata o texto de Hebreus de que estamos tratando?
Pelo
contexto temos por certo que o texto claramente fala da alegria e do gozo que
será dos salvos em observar o descanso sabático celestial, o mais perfeito e eternal junto
de Cristo nas mansões celestiais, senão vejamos:
O
descanso mencionado em Hebreus 4:8 vem do grego, “catapausis”.
Este
descanso é representativo, por exemplo, do descanso de Noé, após o dilúvio, quando
a arca repousou sobre o Ararat depois de muito balançar nas águas do dilúvio. (Ver
Gênesis 8:4).
Também
o povo de Israel sob Josué, aproveitou o descanso após a guerra de conquista de
Canaã. (Ver Josué 11:23).
Outra
ilustração deste tipo de descanso é o mencionado em II Crônicas 36:21:
“para se
cumprir a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, até haver a terra
gozado dos seus sábados; pois por todos os dias da desolação repousou,
até que os setenta anos se cumpriram.”
Mas o
descanso mencionado em Hebreus 4:9 é uma forma muito mais nobre e exaltada de “sábado”
de descanso. Significa literalmente a cessação. Veja a expressão, “descanso
de toda obra que fizera.” (Hebreus 4:4), assim como Deus descansou
depois da criação e descansará depois de no futuro (Apocalipse 16:17).
As duas
ideias de descanso (“sabbatism” e “catapausis”) combinadas, nos dá a
perfeita visão do Sábado de descanso celestial. Descanso da morte, descanso da
dor e descanso do pecado, e o descansar também na contemplação da criação de
Deus renovada. (Apocalipse 21:5).
A
criação inteira renovada entrará neste descanso. Absolutamente nada irá quebrar
o Sábado da eternidade, e a Divindade regozijará no trabalho de suas mãos e descansará
em seu amor. (Sofonias 3:17 na versão King James).
Moisés,
representando a lei, não pode conduzir o povo de Israel para dentro de Canaã.
Do mesmo modo, a Lei de Deus mostrando nos o pecado nos conduz aos pés de Cristo, cessando aí esta sua função, não podendo a lei nos salvar ou nos redimir, algo que só Cristo pode fazer por nós e em nós.
Assim
como Moisés conduziu o povo de Israel às fronteiras de Canaã, do mesmo modo
Jesus, aqui um antítipo de Josué, nos conduzirá ao descanso celestial de que
fala o livro de Hebreus. Interessante que Josué e Jesus em hebraico essencialmente é o mesmo nome.
Não podemos ignorar que o texto de Hebreus, ao contrário de muitos pregadores novidadeiros por aí, também confirma positivamente a
obrigação de se observar o sábado do sétimo dia do quarto mandamento da Lei de
Deus. É que segundo alegam, o sábado seria um tipo do gozo sabático antítipo que virá, pensando com isto esvaziar a importância do sétimo dia do quarto mandamento.
Embora a teologia do sábado nos mostra ser ele um memorial da Criação de Deus, afastando qualquer caráter simbólico ou cerimonial de sua essencia como mandamento moral de Deus, em certo sentido no contexto desta passagem de Hebreus podemos concordar com tal assertiva.
De fato, considerando-se a observância do sábado aqui como sendo de certo modo uma pequena amostra da comunhão e gozo que teremos com Cristo no Céu, longe de todo pecado tristeza e dor, podemos já aqui tomar o sábado como um antegozo deste porvir.
Embora a teologia do sábado nos mostra ser ele um memorial da Criação de Deus, afastando qualquer caráter simbólico ou cerimonial de sua essencia como mandamento moral de Deus, em certo sentido no contexto desta passagem de Hebreus podemos concordar com tal assertiva.
De fato, considerando-se a observância do sábado aqui como sendo de certo modo uma pequena amostra da comunhão e gozo que teremos com Cristo no Céu, longe de todo pecado tristeza e dor, podemos já aqui tomar o sábado como um antegozo deste porvir.
O
sistema de sacrifícios continuou até que o grande antítipo sacrifício teve lugar
na cruz. Do mesmo modo, o "sábado típico" do descanso celestial deve ser
observado até que Cristo, nosso Josué Evangélico venha e nos conduza para o antitípico
e eternal sábado de descanso durante milênio em que os justos reinarão com
Cristo no céu, ao mesmo tempo em que a Terra descansará os seus sábados de desolação
durante o sétimo milênio.
Lembrando
ainda que a Bíblia nos assegura que na terra renovada o sábado do sétimo dia
continuará a ser observado, (Isaías 66:23), por certo, não mais como memorial da antiga criação que neste tempo não existirá mais (II Pedro 3:7), mas como um memorial glorioso
da redenção e do descanso de Cristo bem como da recriação e renovação de todas
as coisas.
Interessante
que estas duas noções extraídas das palavras gregas “sabbatism” e “catapausis”
se cumprem também na observância do sétimo dia. Devemos cessar nossos labores
seculares (catapausis), e descansar
na contemplação das obras da criação de Deus (sabbatism).
Que
atentemos com firmeza para a recomendação do autor do livro de Hebreus:
“Ora, à vista disso, procuremos
diligentemente entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo
de desobediência”. Hebreus 4:11
Desobediência a Deus aqui meus amigos, impede-nos
de entrar também no descanso eternal que virá. Que o Espírito Santo te ilumine,
te ajudando a aceitar o descanso de Deus na sua vida e a viver uma vida de obediência
aos mandamentos de Deus.
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Texto de Marcio da Silva Vicente - Pimenta Bueno/RO
Obras consultadas: 1. Comentário Bíblico de Jamiesson e Fausset; 2. Strong's Hebrew and Greek Dictionaries
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