quarta-feira, 20 de junho de 2018

O CÂNTICO DE MOISÉS E DO CORDEIRO


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Alguns tem perguntado: Se o Hino de Moisés será cantado somente pelos 144.000, porque Ellen White diz que “milhares e dezenas de milhares, e uma incontável multidão de remidos” (White, E. G. Testemunhos para Ministros, pg. 433. Casa Publicadora Brasileira),   entoará este cântico? Então o número dos 144.000 representa um número bem maior de salvos? 

Bem, temos na inspiração, inúmeros motivos claros e incontestáveis para vermos que o grupo de salvos que compõem os 144.000 é um grupo distinto e diferente da grande multidão. Os 144.000 é um grupo contado (Apocalipse 7:4), a grande multidão não pode ser contada (Apocalipse 7:9). Não teria lógica os dois grupos comporem um único grupo.

Os 144.000 são selados das 12 tribos do Israel espiritual, pois são da igreja de Deus, que conhecem a verdade, a tríplice mensagem angélica (Apocalipse 7:4). Já sobre os salvos da grande multidão, é dito deles,  que são de todas as nações, de todas as tribos da Terra (Apocalipse 7:9). Ou seja, não pertenciam à igreja organizada de Deus nos últimos dias. Não é dito da grande multidão, portanto, que a mesma é das 12 tribos de Israel como é dito dos 144.000!

A inspiração também nos mostra outras provas incontestáveis da distinção dos 144.000 da grande multidão. No reino de Deus, por exemplo, existe um templo onde somente os 144.000 podem entrar, os demais salvos não:

“No trajeto encontramos uma multidão que também contemplava as belezas do lugar. Notei a cor vermelha na borda de suas vestes, o brilho das coroas e a alvura puríssima dos vestidos. Quando os saudamos, perguntei a Jesus quem eram eles. Disse que eram mártires que por Ele haviam sido mortos. Com eles estava uma inumerável multidão de crianças que tinham também uma orla vermelha em suas vestes. O Monte Sião estava exatamente diante de nós, e sobre o monte um belo templo, em cujo redor havia sete outras montanhas, sobre as quais cresciam rosas e lírios... E quando estávamos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: "Somente os 144.000 entram neste lugar", e nós exclamamos: "Aleluia"! (White, E. G. Primeiros Escritos, pg. 19. Casa Publicadora Brasileira). 

Não houvesse distinção entre os demais salvos e os 144.000, e não haveria tal restrição.

Outra prova incontestável encontramos também na seguinte declaração onde vemos os salvos em grupos distintos:

“Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa." (Agora os 144.000): "Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula”, “e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé." (Agora a grande multidão): "E além está a ‘multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas,... trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos’. Apoc. 7:9.” (White, E. G. O Grande Conflito, pg. 665. Casa Publicadora Brasileira).

Como eu disse, incontestável!!

Existem logicamente dezenas de outros motivos para vermos uma clara distinção entre os salvos da grande multidão e os 144.000, mas vamos à questão sobre o motivo da inspiração mencionar o hino de Moisés e do Cordeiro, sendo cantado por todos os salvos:

É bom notarmos, que o texto do Espírito de profecia menciona dois hinos:


 1º - O Hino de Moisés
  
“Quando findar o conflito terreno, e os santos forem recolhidos ao lar, nosso primeiro tema será o cântico de Moisés.” (White, E. G. Testemunhos para Ministros, pg. 433. Casa Publicadora Brasileira).

  “Com o cordeiro, sobre o monte de Sião, ‘tendo harpas de Deus’, estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se como o som de muitas águas, e de grande trovão, ‘uma voz de harpistas, que tocava, com suas harpas’. E cantavam um cântico novo diante do trono – cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro – hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência – e nunca ninguém teve experiência semelhante.” (White, E. G. O Grande Conflito, pg. 649).

Algumas pessoas ao lerem o texto acima não percebem que o hino do Cordeiro é cantado por todos, a saber, os que são dos 144.000 e os demais remidos. Neste texto, não se faz muita diferenciação entre os dois hinos. No entanto, o primeiro, o de Moisés, é cantado apenas pelos que foram selados e que fazem assim parte dos 144.000. Mas o outro, o do Cordeiro, é cantado pela vasta multidão de remidos, cantado por todos aqueles que foram lavados no sangue do Cordeiro (Apocalipse 22:14).


 2º - O Cântico do Cordeiro


           O segundo tema será o cântico do Cordeiro, o hino de graça e redenção, esse hino será mais alto, mais elevado, e, em mais sublimes acentos, ecoando e reecoando pelas cortes celestes. Assim é entoado o cântico da providência de Deus, ligando a várias dispensações...Eis o tema, eis o cântico -  Cristo é tudo em todos – em antífonas de louvar a ressoarem através do Céu, entoadas por milhares e dezenas de milhares, e uma incontável multidão de remidos.” (Testemunhos para Ministros, pg. 433).

Outra possibilidade também se abre diante de nós quando lemos que todos cantarão também o cântico de Moisés. A inspiração é muita clara ao dizer que apenas os 144.000 podem cantar este cântico, pois é o hino de sua experiência. Como entender esta afirmação? É muito simples esta questão: É lógico que este hino, o de Moisés, ao ser cantado, será apreciado e aprendido por toda a hoste de remidos. Um exemplo disso é a seguinte comparação com base no seguinte texto:
  
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.” (Apocalipse 2:17).
  
Porque este novo nome será conhecido apenas pelo que o recebe? Seria um absurdo não sabermos o nome das pessoas no Céu ou no reino de Deus, não acha? Por que então o novo nome só é conhecido por aquele que o recebe? Simples, por que cada qual receberá um novo nome segundo a experiência que passou. Jacó, por exemplo, teve seu nome mudado para Israel porque lutou com Deus e venceu. O nome Israel significa: Aquele que luta com Deus. (Gênesis 32:27-28). O nome Israel passou a ser conhecido universalmente depois daquela luta medonha no vau de Jaboque. No entanto, somente Jacó conhecia profundamente o significado amplo e total daquele nome, porque somente ele havia passado por aquela experiência.

Outras pessoas receberam também nomes segundo a experiência que tiveram. Abrão que significa “pai da altura”, teve seu nome mudado para Abraão que significa “pai de uma multidão” (Veja Gênesis 17:5. Nota de Rodapé Versão Revista e Corrigida), significando que ele seria pai de uma nação numerosa, como realmente se deu. Também Sarai teve seu nome mudado, Saulo, etc.
  
Semelhantemente, o fato de que a princípio apenas os 144.000 cantam o hino de Moisés e que somente eles sabem cantar aquele hino, não significa, segundo a inspiração, que ninguém aprenderá depois esse cântico. No Céu, com mentes aguçadas e abertas ao conhecimento:

Ali, mentes imortais contemplarão, com deleite que jamais se fatigará, as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que redime. Ali não haverá nenhum adversário cruel, enganador, para nos tentar ao esquecimento de Deus. Todas as faculdades se desenvolverão, ampliar-se-ão todas as capacidades. A aquisição de conhecimentos não cansará o espírito nem esgotará as energias. Ali os mais grandiosos empreendimentos poderão ser levados avante, alcançadas as mais elevadas aspirações, as mais altas ambições realizadas; e surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades do espírito, da alma e do corpo.” (White, E. G. O Grande Conflito, pg. 677. Casa Publicadora Brasileira).

Ali todos poderão aprender em ouvir o hino de Moisés e do Cordeiro apenas uma vez, ou qualquer outra informação nova jamais será esquecida, porém, somente os 144.000 poderão cantar o hino de Moisés como nenhum outro, pois é o hino de sua experiência e ninguém teve experiência semelhante, somente eles saberão o real significado de cada palavra!


 Para maiores informações:

 cristiano_souza7@yahoo.com.br