Por: Márcio Vicente
As redes sociais são poderosas ferramentas para
disseminação de ideias, confraternização, conhecimento de novos amigos e para
nós cristãos um extraordinário campo para a evangelização.
No entanto, pregamos muito mais por nosso
comportamento e nossas obras do que por palavras. O nosso comportamento nas
redes sociais tem consequências incalculáveis, e devemos estar atentos quanto ao
tipo de influencia que exercemos sobre as pessoas.
Atribui-se a Francisco de Assis a frase: “Pregue
todo tempo, use palavras se necessário”. Isto é especialmente verdadeiro com
relação ao nosso comportamento nas redes sociais.
Diante
disso, propomos algumas sugestões sobre como nos portar neste maravilhoso mundo
virtual.
1. ManteNHA uma linguagem
pura e sã.
Assim como na vida real temos regras de etiqueta
a serem observadas, nas redes sociais muito mais ainda, pois tudo que
escrevemos ou postamos fica registrado na internet por tempo indefinido.
Devemos nos esforçar para sermos polidos no nosso
relacionamento com as pessoas nas redes sociais.
Algumas dicas aqui são importantes, por exemplo,
do mesmo jeito que falar gritando é falta de educação, abusar das maiúsculas quando
escrevemos demonstra falta de senso e mau gosto na forma de se expressar.
Nas páginas sociais de um cristão não devem serem
encontrados palavrões, expressões chulas
ou uso de gírias impróprias para uma pessoa que afirma ser seguidora de
Jesus.
Parafraseando
o apóstolo Paulo, não escreva nas redes sociais nenhuma palavra torpe, mas só a
que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que
a leem. (Ver Efésios 4:29)
2. cuidado com a divulgação de imagens e fotografias
Muitos jovens cristãos e até alguns de mais idade
são descuidosos em postar fotos de situações familiares que retratam momentos
familiares de recreação na internet (facebook, Orkut, Instagram etc).
Nós reformistas, normalmente não saímos na rua
sem camisa, usando bermudas, ou de modo geral seminus. Nossas irmãs,
dificilmente sairiam também nas ruas ou praças usando bermudas, calças
compridas, biquínis ou roupas de banho, no entanto, muitas não tem escrúpulos
de postarem este tipo de imagens em suas redes sociais, onde a exposição
pública é muito maior e prejudicial para o testemunho de sua fé.
Nós devemos representar o evangelho na prática
tanto no cotidiano como na internet.
Além disso, enfatizamos que as imagens que
postamos na internet devem refletir as normas cristãs de vestuário e conduta
cristã.
Se a internet é mesmo um mar onde muitos navegam,
que o nosso testemunho não faça naufragar a fé nos princípios do puro
evangelho.
3.
EvitE usar as redes sociais para falar mal da
família, do trabalho ou da igreja.
Falar mal da igreja, da família, do colega de
trabalho ou do patrão é extremamente prejudicial e anti-ético. Isto não
contribui em nada para a causa do evangelho. Devemos ter discrição quanto aos
nossos problemas particulares. Não é sem razão que o facebook, por exemplo, é
tido por várias pesquisas como grande fator de separação entre casais, devido
justamente à indiscrição de muitos internautas.
Outros têm o péssimo hábito de tudo reclamar na
sua página. Não são raros os casos de pessoas demitidas por justa causa por
reclamarem nas redes sociais da empresa em que trabalha. Outros, por sua
incontinência, são processados pelo cometimento de crime de injúria, difamação
ou calúnia por não observarem esta regra básica nas redes sociais.
Alguns cristãos se sentem a vontade para discutir
publicamente, assuntos internos da igreja, falar mal do pastor, dos irmãos ou
trazer a público, fatos desabonadores da conduta dos irmãos ou da igreja em
geral. Assuntos que deveriam ser tratados apenas e exclusivamente em reuniões
de membro a portas fechadas ou tratadas perante as respectivas comissões da
igreja.
Estes fazem um trabalho todo especial para
Satanás, trazendo vitupério a causa de Deus e dando azo para os ímpios fazerem
mofa dos seguidores de Cristo. Darão contas a Deus por sua conduta reprovável.
4.
Pregue
o evangelho, mas não faça disto uma arma para atacar pessoas
Muitos
cristãos movidos por genuíno desejo de pregarem o evangelho acabam por fazer
justamente o contrário, afastando as pessoas por seu comportamento inadequado e
anticristão.
É
claro que não podemos desperdiçar este campo maravilhoso para pregar o
evangelho, entretanto, devemos saber o tempo e a ocasião adequada para fazer
isto. Devemos ser pessoas sábias para alcançar o coração das pessoas.
Há
que se evitar a todo custo comportamentos ou palavras que reforçem o
preconceito do povo contra nós em vez de aproximar elas de Cristo.
Um
único assunto, extremamente explorado a exaustão pode levar as pessoas a achar
que somos “pianistas de uma nota só”, e até sermos consideradas pelo público
como pessoas inconvenientes, chatas e desagradáveis.
Na
internet há uma pluralidade de pessoas com ideias, pensamentos e concepções
religiosas diferentes. Nem tudo que sabemos e conhecemos todas as pessoas estão
preparadas para ouvir.
Aprendamos
a lição de Cristo. Numa ocasião Ele disse que tinha muitas coisas para dizer
aos seus discípulos, mas eles ainda não estavam preparados (João 16:12) para
receber a mensagem. Se era assim com pessoas que estavam convivendo diariamente
com Jesus, imagine a situação das muitas pessoas com as quais nos relacionamos
na internet. Devemos ser prudentes para conhecer se uma pessoa está
suficientemente madura para receber alguma determinada mensagem que temos para
dar para ela, do contrário estaremos falando ao vento.
Registre-se ainda que os
debates como estilo de pregação de evangelho devem ser evitados. Entretanto,
haverá situações em que você deverá estar preparado para com
mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em
vós. (I Pedro 3:15).
A regra importante aqui é se concentrar no
argumento e dispensar qualquer artificio que objetive ridicularizar ou desqualificar
o oponente.
Mesmo quando dialogamos com pessoas agressivas,
devemos compreender que nós não estamos lutando contra a carne ou o sangue
(Efésios 6:12). Devemos demonstrar amor, mesmo onde há ódio, preconceito e
indiferença.
Lembre-se, é preferível perder o debate que perder a compostura.
5. EVITE
O ATIVISMO POLÍTICO
O
Movimento de Reforma opta como igreja em estimular entre seus membros a
neutralidade política. No entanto temos forte inclinação para acompanhar a
tendência das redes sociais em externar o nosso inconformismo com o governo e
com a política.
Como
cristão devemos evitar declarações de cunho político.
Como
bem enfatizou Ellen White, inspirada escritora americana, “o Senhor quer que
Seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio é
eloquência”. (Fundamentos da Educação Cristã, pág. 475).
O
hábito de ficar falando mal do governo, do político fulano ou do político
ciclano não depõe em favor da nossa fé.
O
conselho inspirado de Paulo é que devemos orar pelos nossos governantes,
e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e
sossegada, em toda a piedade e honestidade. (Ler Tito 2:1-3).
A política divide naturalmente as pessoas. Ficar
reclamando dos políticos nas redes sociais, além de não ser produtivo, pode
acabar atrapalhando a nossa influencia cristã sobre as pessoas.
6.
Não
confunda sinceridade com grosseria
Algumas
pessoas nas redes sociais confundem sinceridade com grosseria, e depois admiram
que as pessoas não sejam fãs de suas postagens. Gastar tempo nas redes sociais
fazendo críticas ácidas, apontando defeitos nos outros, corrigindo os erros de
português, não é legal.
Todos
nós cometemos erros, e temos defeitos, e não é de bom tom acabar com o dia de
alguém, fazendo comentários negativos do tipo “está gordinha ein”, “ridículo”, “que
foto horrível!”, “isto é comportamento de cristão?” Etc.
Se
já não é tolerável pessoas assim na vida real, muito menos nas redes sociais.
Sigam a regra áurea estabelecida por Jesus: “Tratem os outros da mesma maneira
que gostaria de ser tratado”, (Mateus 7:12).
Portanto,
se não gostar de algo postada por uma pessoa, simplesmente não comente. É
melhor que fazer manifestações desagradáveis, como se a pessoa estivesse errada
simplesmente por em manifestar sua opinião. Prefira ser educado, moderado e ter
argumentos sadios, afinal, você é cristão, não é mesmo? Por que fazer inimigos
apenas por não compartilhar a mesma opinião que você? O que vai ganhar em ficar
fazendo intrigas nas redes sociais? Nada.
Se
a pessoa insistir no comportamento inadequado e agressivo você sempre tem a
opção de bloqueá-la excluindo-a da sua lista de amigos.
7.
O
perigo das redes sociais para as crianças e adolescentes
A internet está povoada de
pessoas mal intencionadas, pedófilos, criminosos de toda estirpe. Os pais devem
estar alerta não só quanto ao que seus filhos veem, ouvem e assistem na
internet, mas também com quem seus filhos estão se relacionando neste mundo
tenebroso virtual.
Assim como uma cidade tem
lugares, ruas e becos que evitamos ir, por ser altamente perigoso, também na
internet há páginas, e-mails, pessoas que devemos evitar para não corrermos
riscos desnecessários.
Não deixe que seu filho fique
24 horas conectado. Procure supervisionar e restringir o tempo e a qualidade do
que seu filho acessa na internet. Lembre-se sempre, melhor prevenir que
remediar.
Neste sentido, evite e
instrua seus filhos a não fazerem amizade com pessoas desconhecidas e fuja de
páginas que não respeita os valores morais cristãos.
Muito
mais poderia ser dito aqui, mas a suma de que tudo o que dissemos é: seja
cristão, educado e ético do mesmo modo que você é na vida virtual, e as redes
sociais poderão ser uma benção e muitas almas serão atraídas aos pés de Jesus
Cristo por meio do seu testemunho.
E
você, o que acha de tudo isto? Qual a sua opinião? Que outras sugestões você daria para melhorar o nosso comportamento nas
redes sociais? Escreva para nós, deixando o seu comentário aí abaixo. Que Deus
te abençoe.
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