FORTES EVIDÊNCIAS SOBRE UM SANTUÁRIO NO CÉU
A Palavra de Deus faz menção a
dois concertos. O primeiro foi efetuado através do sangue de animais (Êxodo
24:5-8; etc). O segundo foi através do sangue de Cristo (Mateus 26:27,28; etc).
Referindo-se a estes dois concertos, o escritor aos Hebreus
enfatizou:
“Ora, também o primeiro (concerto Heb. 8:13) tinha
ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre”. Hebreus 9:1.
Ao utilizar a palavra “também”, foi o mesmo que o
escritor dizer que, se no primeiro santuário – no templo terrestre – existiam
ordenanças de culto, ou uma liturgia, em o novo concerto, que foi pelo sangue
de Cristo, “também” existe um
santuário com seus serviços e sua liturgia, exatamente como existia também no
velho concerto, e que ele, o autor da carta aos Hebreus, já fez referencia a este
santuário da nova aliança. Esta referência
encontramos no início do capítulo 8:
“Ora a suma do que temos dito é que temos um sacerdote tal, que está
assentado nos Céus à destra do trono da majestade. Ministro do santuário,
e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem”.
Ainda no versículo 8 do capítulo
9 de Hebreus, lemos:
“Dando a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não
estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo. Que é uma alegoria
para o tempo presente,...”.
Enquanto o primeiro tabernáculo existiu e conservava-se o
primeiro concerto, no segundo tabernáculo – aquele que “o Senhor fundou e não o homem” – não houve ministério. Este
santuário, que se encontra no Céu, somente começou a ser ministrado depois da
morte de Cristo, ou depois que o primeiro tabernáculo se tornou sem valor pela
morte de Jesus. Note também que a inspiração frisa que, o santuário terrestre é
uma “alegoria” para o tempo
presente. Como poderia isto ser verdade se no Céu não existisse um santuário? A
afirmação de que o primeiro santuário é uma alegoria, seria irreal.
Neste mesmo versículo é
mencionado o santuário terrestre, o que fora construído por Moisés, como sendo “o primeiro tabernáculo”.
Se o que fora construído por Moisés era o “primeiro”
santuário, deve logicamente existir o segundo. E se, o primeiro
santuário teve seu valor durante o período do velho concerto, este segundo
santuário, no qual Jesus entrou e ministra, com certeza substituiu o primeiro.
Ainda em carta aos Hebreus
capítulo 9:23, encontramos que o santuário terrestre com suas divisões e instrumentos era uma “figura das coisas que estão no Céu”.
Lemos:
“De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que
estão no Céu, assim se purificassem...”.
Como poderia o santuário
terrestre ser uma figura ou uma imagem das coisas que estão no Céu se no Céu
não existisse também um santuário?
No grego, a palavra que aqui foi
traduzida por figura é: (upodeigma) "upodeigma" que pode ser corretamente traduzida também por: “exemplo, modelo, padrão, cópia, imitação.”
– Léxico Novo Testamento Grego de F. Wilbur Gingrich.
Assim sendo, podemos compreender
claramente que o santuário terrestre com todos os seus detalhes e objetos era
um “exemplo” do que existe no Céu, era um “modelo”, servia como “padrão”, uma “cópia” ou “imitação” do
santuário celestial.
A aplicação literal ao Santuário celestial, ou seja,
entender que no Céu exista um Santuário material e real é uma
realidade da palavra de Deus. Este conceito não vitupera a verdade do evangelho, ao contrário disto salienta o trabalho constante de Cristo em favor da humanidade e aceita os ensinos da Bíblia sobre este ponto na sua simplicidade e
literalidade. Este conceito é baseado também no fato de que o Santuário
terrestre era uma sombra (skia) “skia” ou figura "upodeigma" do Santuário celestial, segundo o que
se pode ler na carta aos Hebreus capítulo 8:5; 9:23-24.
Partindo desse princípio, toda
sombra ou figura representa algo muito similar ao corpo real. No dicionário, um
dos sinônimos correspondentes para o substantivo “sombra” é: “Reprodução, numa superfície mais
clara, do contorno duma figura que se interpõe entre esta e o foco luminoso”.
Nesta ótica, pode-se considerar que a sombra reflete uma imagem muito
semelhante ao objeto a qual está ligada, principalmente no que se refere ao seu
contorno. A sombra de um cavalo, por exemplo, não se parecerá com a de um elefante.
A sombra de uma casa será totalmente diferente de uma sombra projetada de um
ser humano. Desta forma, sendo o Santuário terrestre uma sombra e figura do
Santuário ou do Templo celestial, pode-se concluir claramente que no Céu exista
uma construção similar àquela construída por Moisés.
A Palavra de Deus é bastante
clara sobre este ponto. No Versículo 24 do mesmo capítulo encontramos também
que o santuário terrestre era uma “figura” do verdadeiro santuário. O
texto reza o seguinte:
“Porque Cristo não entrou num santuário
feito por mãos, figura do
verdadeiro,...”
Nesta passagem encontramos outra
expressão grega um pouco diferente da que vimos acima. Para a palavra figura,
neste texto, encontramos a correspondente em grego: (antitupa) “antitupa” que significar também “figura”,
como foi traduzida acima. Ou, segundo o citado Léxico do Grego do Novo Testamento,
também significa “correspondente”, “cópia”,
ou uma “representação”. Ou seja, o santuário terrestre era uma “cópia”, uma “representação”, algo “correspondente”
ao santuário do Céu, uma réplica fiel do verdadeiro santuário celestial.
Esta mesma palavra grega é
utilizada também em I Pedro 3:21, onde a salvação da família de Noé é colocada
como uma “antitupa” ou, algo “correspondente” de nossa salvação.
Se esta mesma palavra grega utilizada em Hebreus 9:23 não serve para mostrar
que no Céu existe um santuário correspondente ou uma cópia daquele que fora
construído por Moisés, então a salvação de Noé e sua família não deve servir também
para ser uma “verdadeira figura” ou
algo correspondente de nossa salvação.
Na palavra grega “antitupa” encontramos possivelmente a
raiz da palavra “antítipo”. O Léxico
Grego coloca a palavra “Antítipo”
como possível e literal tradução da palavra “Antitupa”.
Ou seja, o santuário terrestre era um “tipo” do santuário celestial, que por
sua vez é o antítipo, o verdadeiro tabernáculo fundado pelo próprio Senhor. A
figura, o “tipo”, era o santuário
terrestre. A realidade, o “antítipo”,
é o santuário celestial.
Outro detalhe de muita
importância é o fato de Jesus ser, na carta aos Hebreus, apresentado enfaticamente,
como sumo sacerdote no Céu (Hebreus 2:17; 3:1; 4:14,15; 5:5,10; 6:20; 7:26;
8:1; 8:3; 9:11). Este, segundo o escritor aos Hebreus é o ponto principal, a
suma de sua mensagem, “que temos um sumo sacerdote, que está assentado à
destra do trono da Majestade” (Hebreus 8:1).
Este fato, de Jesus ser
apresentado como sumo sacerdote no Céu, fala-nos da existência de um santuário
celestial, pois não pode haver um sacerdote ou sumo sacerdote que não possua um
santuário onde o mesmo possa ministrar. Isto é um consenso geral entre muitos
teólogos. Se Jesus é sumo sacerdote no Céu, e isto está claramente provado,
então Ele tem um santuário no qual ministra. Ele, o filho de Deus, é “ministro
do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.”
Hebreus 8:2.
É O CÉU O SANTUÁRIO?
Ideias errôneas têm surgido muito em nossos dias. Satanás
não se cansa em inventar ou criar doutrinas para contradizer a palavra de Deus.
A Bíblia nos assegura que muitos seriam enganados com falsas teorias (Mateus
24:24). Portanto, a ordem Divina é: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” (Mateus 24:4).
Existem ideias errôneas e distorcidas com respeito ao
santuário celestial e o ministério de Cristo no mesmo. Entre estas fantasias e
inverdades está a que diz que no Céu não existe um santuário, mas que o próprio
Céu é o santuário. Este pensamento cria aversão àqueles que conhecem os ensinos
claros da palavra de Deus. Mas para defenderem tal disparate e erro, citam de
forma equivocada, principalmente o texto de Hebreus 9:24, que diz:
“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figurado
verdadeiro, porém no mesmo Céu,...”.
Na verdade, a própria passagem elucida bastante o que Deus
deseja nos ensinar com o versículo. Notemos bem: O texto nos diz enfaticamente
que o santuário que foi construído por Moisés era figura do verdadeiro santuário
que Jesus entrou. Ora, seria inadmissível que o santuário terrestre com
suas divisões e objetos fosse uma figura do Céu. Se o Céu é o santuário, então
Moisés fez uma cópia do Céu?! As palavras do apóstolo: “... porém no mesmo
Céu”, não indicam que o Céu é o santuário, mas nos mostram apenas onde o
santuário do novo concerto está localizado, ou seja, no céu. Várias passagens
podem provar isto de forma bastante clara: Vejamos:
“E depois disto olhei, e eis que o templo
do tabernáculo do testemunho se abriu no Céu”. Apocalipse
15:5.
Nesta passagem lemos que o
santuário se abriu no Céu e não abriu-se o Céu.
Semelhante texto, mas com mais clareza encontramos em Apocalipse 11:19. Onde
diz:
“E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu
concerto foi vista no Seu templo”.
João não disse: “Abriu-se o Céu”, mas que
o templo de Deus foi aberto no Céu.
Ainda em hebreus 9:23,
encontramos que o santuário terrestre era uma “figura das coisas que estão no Céu”, e nunca uma
figura do Céu, mas das coisas
que nele estão.
“Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas
coisas aos sábios e entendidos, e revelastes aos pequeninos”. Mateus 11:25.
Continua...
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