terça-feira, 18 de setembro de 2012

A VERDADE SOBRE O SANTUÁRIO CELESTIAL - Parte 2



FORTES EVIDÊNCIAS SOBRE UM SANTUÁRIO NO CÉU


A Palavra de Deus faz menção a dois concertos. O primeiro foi efetuado através do sangue de animais (Êxodo 24:5-8; etc). O segundo foi através do sangue de Cristo (Mateus 26:27,28; etc).

Referindo-se a estes dois concertos, o escritor aos Hebreus enfatizou:

“Ora, também o primeiro (concerto Heb. 8:13) tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre”. Hebreus 9:1.

Ao utilizar a palavra “também, foi o mesmo que o escritor dizer que, se no primeiro santuário – no templo terrestre – existiam ordenanças de culto, ou uma liturgia, em o novo concerto, que foi pelo sangue de Cristo, “também existe um santuário com seus serviços e sua liturgia, exatamente como existia também no velho concerto, e que ele, o autor da carta aos Hebreus, já fez referencia a este santuário da nova aliança.  Esta referência encontramos no início do capítulo 8:

“Ora a suma do que temos dito é que temos um sacerdote tal, que está assentado nos Céus à destra do trono da majestade. Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem”.

Ainda no versículo 8 do capítulo 9 de Hebreus, lemos:

“Dando a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo. Que é uma alegoria para o tempo presente,...”.

Enquanto o primeiro tabernáculo existiu e conservava-se o primeiro concerto, no segundo tabernáculo – aquele que “o Senhor fundou e não o homem” – não houve ministério. Este santuário, que se encontra no Céu, somente começou a ser ministrado depois da morte de Cristo, ou depois que o primeiro tabernáculo se tornou sem valor pela morte de Jesus. Note também que a inspiração frisa que, o santuário terrestre é uma alegoria” para o tempo presente. Como poderia isto ser verdade se no Céu não existisse um santuário? A afirmação de que o primeiro santuário é uma alegoria, seria irreal.

Neste mesmo versículo é mencionado o santuário terrestre, o que fora construído por Moisés, como sendo “o primeiro tabernáculo”. Se o que fora construído por Moisés era o primeiro santuário, deve logicamente existir o segundo. E se, o primeiro santuário teve seu valor durante o período do velho concerto, este segundo santuário, no qual Jesus entrou e ministra, com certeza substituiu o primeiro.

Ainda em carta aos Hebreus capítulo 9:23, encontramos que o santuário terrestre  com suas divisões e instrumentos era uma figura das coisas que estão no Céu”. Lemos:

“De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no Céu, assim se purificassem...”.

Como poderia o santuário terrestre ser uma figura ou uma imagem das coisas que estão no Céu se no Céu não existisse também um santuário?

No grego, a palavra que aqui foi traduzida por figura é: (upodeigma)  "upodeigma" que pode ser corretamente traduzida também por: “exemplo, modelo, padrão, cópia, imitação.” – Léxico Novo Testamento Grego de F. Wilbur Gingrich.

Assim sendo, podemos compreender claramente que o santuário terrestre com todos os seus detalhes e objetos era um “exemplo do que existe no Céu, era um “modelo, servia como “padrão, uma “cópia ou “imitação do santuário celestial.


A aplicação literal ao Santuário celestial, ou seja, entender que no Céu exista um Santuário material e real é  uma realidade da palavra de Deus. Este conceito não vitupera a verdade do evangelho, ao contrário disto salienta o trabalho constante de Cristo em favor da humanidade e aceita os ensinos da Bíblia sobre este ponto na sua simplicidade e literalidade. Este conceito é baseado também no fato de que o Santuário terrestre era uma sombra (skia) skia ou figura "upodeigma"  do Santuário celestial, segundo o que se pode ler na carta aos Hebreus capítulo 8:5; 9:23-24.

Partindo desse princípio, toda sombra ou figura representa algo muito similar ao corpo real. No dicionário, um dos sinônimos correspondentes para o substantivo “sombra” é: “Reprodução, numa superfície mais clara, do contorno duma figura que se interpõe entre esta e o foco luminoso”. Nesta ótica, pode-se considerar que a sombra reflete uma imagem muito semelhante ao objeto a qual está ligada, principalmente no que se refere ao seu contorno. A sombra de um cavalo, por exemplo, não se parecerá com a de um elefante. A sombra de uma casa será totalmente diferente de uma sombra projetada de um ser humano. Desta forma, sendo o Santuário terrestre uma sombra e figura do Santuário ou do Templo celestial, pode-se concluir claramente que no Céu exista uma construção similar àquela construída por Moisés. 

A Palavra de Deus é bastante clara sobre este ponto. No Versículo 24 do mesmo capítulo encontramos também que o santuário terrestre era uma figura do verdadeiro santuário. O texto reza o seguinte:

“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,...”

Nesta passagem encontramos outra expressão grega um pouco diferente da que vimos acima. Para a palavra figura, neste texto, encontramos a correspondente em grego: (antitupa) “antitupa” que significar também figura”, como foi traduzida acima. Ou, segundo o citado Léxico do Grego do Novo Testamento, também significa correspondente”, “cópia”, ou uma representação”. Ou seja, o santuário terrestre era uma “cópia”, uma “representação”, algo “correspondente” ao santuário do Céu, uma réplica fiel do verdadeiro santuário celestial.

Esta mesma palavra grega é utilizada também em I Pedro 3:21, onde a salvação da família de Noé é colocada como uma “antitupa” ou,  algo “correspondente” de nossa salvação. Se esta mesma palavra grega utilizada em Hebreus 9:23 não serve para mostrar que no Céu existe um santuário correspondente ou uma cópia daquele que fora construído por Moisés, então a salvação de Noé e sua família não deve servir também para ser uma “verdadeira figura” ou algo correspondente de nossa salvação.

Na palavra grega “antitupa” encontramos possivelmente a raiz da palavra “antítipo”. O Léxico Grego coloca a palavra “Antítipo” como possível e literal tradução da palavra “Antitupa”. Ou seja, o santuário terrestre era um “tipo” do santuário celestial, que por sua vez é o antítipo, o verdadeiro tabernáculo fundado pelo próprio Senhor. A figura, o “tipo”, era o santuário terrestre. A realidade, o “antítipo”, é o santuário celestial.

Outro detalhe de muita importância é o fato de Jesus ser, na carta aos Hebreus, apresentado enfaticamente, como sumo sacerdote no Céu (Hebreus 2:17; 3:1; 4:14,15; 5:5,10; 6:20; 7:26; 8:1; 8:3; 9:11). Este, segundo o escritor aos Hebreus é o ponto principal, a suma de sua mensagem, “que temos um sumo sacerdote, que está assentado à destra do trono da Majestade” (Hebreus 8:1).

Este fato, de Jesus ser apresentado como sumo sacerdote no Céu, fala-nos da existência de um santuário celestial, pois não pode haver um sacerdote ou sumo sacerdote que não possua um santuário onde o mesmo possa ministrar. Isto é um consenso geral entre muitos teólogos. Se Jesus é sumo sacerdote no Céu, e isto está claramente provado, então Ele tem um santuário no qual ministra. Ele, o filho de Deus, é “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:2. 

É O CÉU O SANTUÁRIO? 


Ideias errôneas têm surgido muito em nossos dias. Satanás não se cansa em inventar ou criar doutrinas para contradizer a palavra de Deus. A Bíblia nos assegura que muitos seriam enganados com falsas teorias (Mateus 24:24). Portanto, a ordem Divina é: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” (Mateus 24:4).

Existem ideias errôneas e distorcidas com respeito ao santuário celestial e o ministério de Cristo no mesmo. Entre estas fantasias e inverdades está a que diz que no Céu não existe um santuário, mas que o próprio Céu é o santuário. Este pensamento cria aversão àqueles que conhecem os ensinos claros da palavra de Deus. Mas para defenderem tal disparate e erro, citam de forma equivocada, principalmente o texto de Hebreus 9:24, que diz:

“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figurado verdadeiro, porém no mesmo Céu,...”.

Na verdade, a própria passagem elucida bastante o que Deus deseja nos ensinar com o versículo. Notemos bem: O texto nos diz enfaticamente que o santuário que foi construído por Moisés era figura do verdadeiro santuário que Jesus entrou. Ora, seria inadmissível que o santuário terrestre com suas divisões e objetos fosse uma figura do Céu. Se o Céu é o santuário, então Moisés fez uma cópia do Céu?! As palavras do apóstolo: “... porém no mesmo Céu”, não indicam que o Céu é o santuário, mas nos mostram apenas onde o santuário do novo concerto está localizado, ou seja, no céu. Várias passagens podem provar isto de forma bastante clara: Vejamos:

“E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no Céu”. Apocalipse 15:5.

Nesta passagem lemos que o santuário se abriu no Céu e não abriu-se o Céu. Semelhante texto, mas com mais clareza encontramos em Apocalipse 11:19. Onde diz:

“E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo”.

João não disse: “Abriu-se o Céu”, mas que o templo de Deus foi aberto no Céu.

Ainda em hebreus 9:23, encontramos que o santuário terrestre era uma “figura das coisas que estão no Céu”, e nunca uma figura do Céu, mas das coisas que nele estão.

“Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e revelastes aos pequeninos”. Mateus 11:25.

Continua...

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