domingo, 16 de setembro de 2012

A VERDADE SOBRE O SANTUÁRIO CELESTIAL - Parte 1

 A CONSTRUÇÃO DO SANTUÁRIO TERRESTRE


Deus deu a Moisés a seguinte ordem: “Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada”. Êx. 25:2. E com ela “Me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. Êx. 25:8.

Este santuário era dividido, por uma linda e custosa cortina, em dois compartimentos: o lugar santo e o santíssimo, ou o santo dos santos.

“Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e porás a arca do testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo.  Êx. 26:33.

No primeiro compartimento achava-se: o castiçal, a mesa e o altar de incenso. Êx. 25:23-40; 30:1-10; Heb. 9:2.

No santíssimo, além do segundo véu, encontrava-se: a arca do concerto, o maná, as tábuas de pedra e a vara de Araão. Êx. 26:34; Heb. 9:3-4.

No tocante aos arredores do tabernáculo achava-se logo em seguida o pátio, cercado por bases de cobre, colunas de prata e linho fino torcido (Êx. 38:16-17), que continha apenas dois objetos, sendo estes, o altar de holocausto e a pia,  Êx. 40:29,30.

Concluída a obra em todos os seus pormenores, “a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo”. Êx. 40:34, 35.

Apesar de passar ao longo da história por algumas modificações, o santuário sempre preservou suas características principais conforme as orientações transmitidas à Moisés.


 UM MODELO PARA A CONSTRUÇÃO 


Quando o Senhor deu a Moisés a ordem de construir um santuário, não deixou de lhe mostrar claramente como deveria fazer. Disse:

“Me farão um santuário,... conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do santuário, e para modelo de todos os seus vasos, assim mesmo o fareis”. Êx. 25:8, 9.

De fato, o santuário terrestre possuía um modelo, e, exatamente igual ao modelo mostrado a Moisés, deveria ser construído o tabernáculo o qual viria a ser a morada de Deus entre Seu povo. Deus, portanto, mostrou a Moisés um santuário perfeito, já acabado em todos os seus pormenores. Moisés deveria construir um semelhante àquele que tinha visto no monte.

“Então levantarás o tabernáculo conforme ao modelo que te foi mostrado no monte.” Êx. 26:30.

“Oco e de tábuas o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão.” Êx. 27:8.

“Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto.” Atos 7:44.

Mas que santuário deveria servir a Moisés como modelo? Para esclarecer este fato a inspiração diz que este tabernáculo, o modelo para o santuário terrestre, é mais perfeito e “não feito por mãos” humanas, mas construído pelo próprio Deus.

“Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Heb. 8:2.

Em Carta aos Hebreus capítulo 8:1-5, encontramos a declaração de que Cristo entrou em um santuário não feito por homens, e afirma também que o santuário terrestre  e seus serviços eram apenas uma sombra das coisas celestiais. No dicionário, o sinônimo correspondente para o substantivo “sombra” é: “Parte escura de algum corpo real”. Ou, como diz o apóstolo, um exemplo da realidade.  O escritor aos hebreus acrescenta ainda que o próprio ofício dos sacerdotes era uma sombra do sacerdócio de Cristo no santuário celestial. Em Hebreus 8:5 encontramos:

Os quais (oficio sacerdotal) servem de exemplar e sombra das coisas celestiais...”.

E continua o escritor:

“... como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou”.

De fato, o santuário terrestre não era uma estrutura original, mas foi construído de acordo com um modelo mostrado a Moisés. O santuário original, portanto, devia existir em outro lugar. O santuário terrestre era uma figura exata de outro santuário construído pelo próprio Senhor.


 O SANTUÁRIO CELESTIAL E O MINISTÉRIO DE CRISTO NO MESMO


Quando o santuário do Céu foi mostrado a Moisés, não foi visto ninguém ministrando entre os seus vasos. Por que? A inspiração esclarece e responde a esta pergunta dizendo que o santuário celestial deveria exercer seu ofício somente através do sangue de Cristo.

“Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo... Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” Heb. 9:8,12.

Antes da morte de Cristo “o caminho do santuário (celestial) não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo”. Heb. 9:8. Ou seja, enquanto a morte de Cristo não abolisse o sistema do santuário terrestre, não poderia começar o ofício no santuário celestial.

Menciona-se, portanto, que este santuário – o do novo concerto – não é oficiado através do sangue de animais, como o era o santuário do velho concerto, “mas por Seu próprio sangue (o de Cristo) entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. Heb. 9:12.

As visões concedidas ao apóstolo João, já sob o novo concerto, não nos mostram mais um santuário vazio, mas já sendo ministrado por nosso Salvador Jesus. Vejamos:

1º – Em Apocalipse 4:1, lemos uma citação de uma porta aberta no Céu. Na continuação da leitura podemos notar claramente que esta porta aberta dá acesso ao primeiro compartimento do santuário celestial, pois no versículo 5 temos uma referência clara sobre sete lâmpadas  de fogo ardendo diante do trono de Deus. Em outras palavras, os mesmos sete castiçais mostrados a Moisés no monte.

2º – No santuário terrestre encontrava-se também o altar de incenso e o incensário. Êx 27:35; Lev. 16:12.  Semelhantemente, em Apocalipse 8:3, lemos:

“E veio outro anjo, e pô-se junto ao altar tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o por com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono de Deus”.

Este altar de incenso não pode ser de forma alguma o mesmo altar construído por Moisés, mas sim uma peça daquele outro tabernáculo “não feito por mãos, isto, é não desta criação”, feito e construído pelo próprio Deus, pois este altar de ouro se encontra diante do trono do Onipotente.

Desta forma podemos notar que todos os utensílios existentes no santuário terrestre existem também no santuário celestial. Na verdade, o santuário terrestre com todos os seus vasos nos mostra o que em realidade existe no Céu. A inspiração nos assegura que são figuras das coisas que estão no Céu”. Heb. 9:23. Esta verdade, diante dos fatos, é inegável. Até então toda a mobília relacionada com o primeiro compartimento do santuário celestial fora mostrada a João em pleno uso, o que não viu Moisés quando contemplou as mesmas peças muitos séculos antes.

3º – Outro exemplo podemos notar também com referência à arca do concerto mencionada em Êxodo 25:10-16. O apóstolo narra o seguinte:

“E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo”. Apoc. 11:19.

Esta visão do profeta foi direcionada ao lugar santíssimo do santuário celestial, pois ele viu a arca do concerto que fica depositada nos santos dos santos, ou no segundo compartimento. Não podemos deixar de notar que esta visão não é relacionada com o santuário terrestre, pois João contemplou esta visão relacionada a eventos que se passavam no Céu. “Abriu-se no Céu o templo de Deus”.

Em Apocalipse 15:5-8, encontramos também uma passagem similar a que vimos atrás:

“E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no Céu. E o templo encheu-se com fumo da glória de Deus e do Seu poder; e ninguém podia entrar no templo”.

Que templo é aqui mencionado? Claro, aquele que Moisés viu para modelo no monte! Pois ao contrário, seria difícil dar outra explicação à luz da Bíblia. Mas, notemos que a passagem diz: templo do tabernáculo do testemunho”. Temos assim, o templo e o tabernáculo do testemunho, ou melhor, a inspiração refere-se a duas coisas. A palavra grega no original está: (naos)  Naós”, que pode ser traduzida corretamente por “templo ou santuário”. Mas o apóstolo usou logo após outra palavra que no grego está (skhnes) Skenes”. O léxico do novo testamento grego de F.Wilbur Gingrich e Frederick W. Danker, dá a seguinte explicação sobre esta palavra:

“Skenes: Tenda ou tabernáculo, a tenda do testemunho, etc”.

Assim, quando João disse “Naós” (Templo), estava referindo-se ao santuário celestial como um todo ou apenas ao primeiro compartimento desse santuário. Quanto à palavra grega traduzida por “tabernáculo”, entendemos claramente que, de acordo com a declaração aos Hebreus 9:3, refere-se inquestionavelmente ao lugar santíssimo deste santuário ao qual João faz referência. Aos Hebreus 9:3, encontramos:

“Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos”.

Note-se também que o escritor do Apocalipse diz: Tabernáculo do testemunho”, pois dentro do tabernáculo, ou do lugar santíssimo estava a arca que abrigava a lei de Deus, os dez mandamentos, que também eram chamados de testemunhos”. Êx. 25:16; 31:18. Assim quando João disse: “Eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no Céu”, queria ele dizer que, o lugar santíssimo do santuário celestial se abriu no Céu. Como veremos adiante isto ocorreu em 1844.

Para quem realmente respeita a autoridade da Bíblia, jamais negará que no Céu existe um santuário edificado pelo próprio Deus, o qual foi usado como um modelo perfeito para que Moisés construísse outro santuário para representar o verdadeiro em todos os seus pormenores. Este templo original, de acordo com o testemunho bíblico, se encontra no Céu. Este santuário celestial, assim como o terrestre, se divide também em dois compartimentos, a saber, o lugar santo e o lugar santíssimo; sendo este último o portador das arca, contendo esta a lei de Deus.

Continua...

cristiano_souza7@yahoo.com.br


3 comentários:

Anônimo 33 disse...

Quero estudar todas as séries! Muito edificante. Gostei legal mesmo. 🙏👍

Unknown disse...

Gostei.....
Vou estudar todo resto.

Unknown disse...

Ok! Todas as questões relacionadas ao santuario é importante!