Deus
o Pai.
Cremos em um Deus vivo e pessoal (Hebreus 1:1-2), criador dos Céus e da
Terra (Gênesis 1:1; Apocalipse 4:12; Isaías 45:12; etc).
Apesar de a Bíblia testificar que Deus é espírito (João 4:24), a
inspiração mostra claramente que Deus tem a forma de um homem. Uma destas
evidências vemos na criação, quando o homem foi feito então segundo a imagem e
a semelhança de Deus (Gênesis 1:26,27; 9:6). Em síntese, Deus é uma Pessoa
espiritual (Ezequiel 1:26; João 14:8-9).
A Bíblia atribui algumas peculiaridades a Deus. Ele é eterno (Salmo 90:2),
não tendo princípio nem fim (Jeremias 10:10; Apocalipse 5:14). Ele é
Onipresente (Salmos 139:1-12), ou seja, tem a capacidade de estar em todos os
lugares ao mesmo tempo (Jeremias 23:24). Deus também é onisciente, ou seja, Ele
sabe todas as coisas e não há limites para seu conhecimento (Isaías 40:28; I João 3:20; Salmos 147:5). Deus também é onipotente, o que significa que Ele
pode realizar toda e qualquer coisa, não Lhe sendo nada impossível (Jó 42:2;
Lucas 1:37).
Duas características entre muitas se destacam no caráter de Deus, a saber
o amor e a justiça e estas se combinam perfeitamente uma não inutilizando a
outra (I João 4:8; Deuteronômio 32:4).
A maior prova do amor de Deus pela raça humana, e a demonstração de Sua
justiça, foi revelada no fato dEle ter dado seu próprio filho para morrer em
lugar de cada pecador (Romanos 5:8; João 3:16).
Unicamente exercendo uma fé viva em Sua pessoa e em Seu amor remidor e
perdoador é que podemos agradar a Deus (Hebreus 11:6).
Deus
o Filho
Cremos que Jesus Cristo sempre foi um com Deus desde toda a eternidade. Sendo
também auto existente por Si mesmo possuindo em Si as mesmas qualidades que o
Pai. A Bíblia afirma enfaticamente que a Palavra que se fez carne (João 1:14)
era também Deus (João 1:1).
Esta expressão, dizendo que Jesus Cristo é Deus, não deve ser
compreendida no sentido de que Jesus fosse a mesma pessoa do Pai, mas que
partilhava ou partilha do mesmo direito ou título de ser tudo o que o Pai é,
inclusive de ser Deus ou de possuir esta prerrogativa. Devemos perceber no
texto de João 1:1 que a Palavra ou o Verbo estava com Deus, mostrando assim uma
Pessoa com outra, em perfeita igualdade, pois ambas são identificadas como
sendo Deus. A Bíblia fala de Jesus sendo um companheiro de Deus pelas eras
infindas (Zacarias 13:7).
A Palavra inspirada reiteradas vezes afirma que Jesus é Deus como o Pai é
Deus. No livro de Êxodo capítulo 3, onde aparece o Deus de Abraão de Isaque e de
Jacó falando, o grande eu Sou, é na verdade Jesus Cristo. A Bíblia diz que foi
o anjo do Senhor que apareceu a Moisés na Sarça (Êxodo 3:2; Atos 7:35). Ou
seja, somente Alguém igual a Deus poderia assumir e reter todos os Seus
atributos, títulos e qualidades sem cometer sacrilégio.
Paulo usa uma linguagem bem similar à de João ao dizer que Jesus não
julgou ser usurpação o ser igual a Deus, antes se tornou semelhante ao homem,
na linguagem de João, se tornou carne (Filipenses 2:6,7; João 1:14).
Usurpar significa tomar um lugar que não lhe pertence, foi o que Lúcifer
fez ao tentar ser semelhante ao Altíssimo (Isaías 14:14). No caso de Jesus, Ele
julgou não ser usurpação ocupar o lugar de Deus pois o mesmo também lhe
pertencia, pois possuía a mesma natureza do Pai.
Várias
passagens atestam a Deidade e Divindade de Jesus: Isaías 9: 6; João 1:1; Atos
20:28; Tito 2:13; Hebreus 1:7, 8; Romanos 9:5; I Pedro1:1; I João 5:20; Salmo
45: 6,7; João 20:28; etc.
Veja também os seguintes textos:
Isaías 44:6; 48:12; 41:4. Compare com Apocalipse. 1:17,18; 2:8;
22:13.
Isaías 6:1-10. Compare com João 12:36-41.
Isaías 8:13,14. Compare com I Pedro 2:8.
Isaías 40:3. Compare com Mateus 3:3.
Isaías 40:10. Compare com Apocalipse 22:12.
Mal. 3:1. Compare com Marcos 1:1-3; Mateus 3:3.
Salmo 50:1-5. Compare com Apocalipse 1:7; II Tessalonicenses.
1:7-9; João 5:22; Mateus 25:31-33.
Jeremias 17:10. Compare com Apocalipse 2:18,23.
Zacarias 12:4,10. Compare com João 19:37.
Isaías 45:23. Compare com Filipenses 2:10.
Este Deus maravilhoso, se fez carne, a fim de, na semelhança humana, dar
a vida pela humanidade (Romanos 8:3; Filipenses 2:6,7).
Deus julgou que, se Jesus morreu por todos, logo todos morremos (I
Coríntios 5:14). Neste caso, exercendo fé neste sacrifício maravilhoso, o qual
pagou a dívida da humanidade, todos podem ser salvos (João 1:12; Atos 4:11-12).
Jesus continua fazendo intercessão pela raça humana no Céu (Hebreus
4:14-16; I João 2:1-2), e somente através dEle podemos nos chegar a Deus e
sermos salvos.
Deus
o Espírito Santo
Cremos que o Espírito Santo é também um com o Pai e um com o Filho (I
João 5:7). A Bíblia enfatiza o fato do Espírito Santo ser uma Pessoa tanto
quando o Pai ou o Filho são pessoas.
Em João 14:16 Jesus disse que o Espírito Santo é “outro” Consolador,
mostrando claramente tratar-se de outra pessoa, contudo, semelhante a Jesus. No
grego, a palavra “outro” é “Allos” e seu significado é: “igual, da mesma
classe”. Ou seja, o Espírito Santo é igual a Jesus. A palavra “outro” indica e
sugestiona esta fato!
A Palavra de
Deus mostra algumas características que o Espírito Santo possui,
características tais que apenas uma pessoa pode possuir. Entre estas se
destacam o fato do Espírito Santo poder ouvir e falar (João 16:13; Atos 13:2). Ele
também tem sentimentos, pois se entristece (Efésios 4:30). Por ser a terceira Pessoa
da Divindade, também sente ciúmes quando alguém se distancia de Deus (Tiago
4:5). O Espírito Santo também intercede por nós com gemidos ou rogos inexprimíveis
(Romanos 8:26). Ele também tem intenção ou vontade. Na Bíblia versão revista e
atualizada diz que Ele tem uma mente (Romanos 8:27). A inspiração ainda
enfatiza o fato de alguém mentir para o Espírito Santo (Atos 5:3). Existe a
ideia equivocada de que o Espírito Santo
seja apenas uma energia ou apenas um poder sem personalidade própria, mas
perguntamos: É possível mentirmos para um poder ou energia? É afirmado também que
o Espírito Santo tem sabedoria (I Coríntios 2:10,
11. Que Ele tem Seu parecer ou sua opinião própria (Atos 15:28), ou tem seu
próprio querer ( I Coríntios 12:11).
Não se pode, portanto, confundir o Espírito Santo como sendo o
próprio Pai ou como sendo o próprio Jesus, pois a Bíblia afirma que o Espírito
Santo é uma Pessoa distinta e separada das demais Pessoas da Divindade (Mateus
3:16,17; João 14:16,26; II Coríntios 13:13).
Assim como a Bíblia enfatiza a personalidade do Espírito Santo, ela
também mostra claramente Sua Deidade, ou seja, o Espírito Santo é tanto Deus
tal qual o Pai e o Filho são Deus.
Pedro disse que Ananias mentiu para o Espírito Santo, que ele havia
mentido para Deus ( Atos 5:3-4). Paulo declara que somos o templo do Espírito
Santo, que somos o templo de Deus (I Coríntios 3:16-17). Também sabemos pela
Bíblia que o Espírito Santo sabe e conhece os segredos de Deus e sabe seus
mistérios. Somente um Ser igual a Deus poderia penetrar sua infinita sabedoria
(I Coríntios 3:10,11).
A obra do Espírito Santo é mostrar o Pai e o Filho, e não a Si mesmo. Jesus
disse que o Espírito Santo não falaria de Si mesmo (João 16:13). Isto mostra
que, apesar do Espírito Santo ser uma Pessoa e poder falar de Si mesmo, Sua
obra é mostra a Jesus, glorificá-lo (João 16:14). Por este motivo, o Espirito
Santo algumas vezes não é mencionado diretamente em alguns textos inspirados,
mas somente o Pai e o Filho.
Jesus nos deixou o Espírito Santo como Seu sucessor na Terra (João
14:16-17). Pelo fato do Espírito Santo ser igual a Jesus, seria como se o
próprio Cristo estivesse com Seus seguidores. Por isso Jesus disse que jamais
nos abandonaria (Mateus 28:20). Através do Espírito Santo o Salvador é
acessível a todos.
A obra especial do Espírito Santo é nos convencer, nos guiar e nos levar
a Jesus (João 16:8). Somente através do trabalho da terceira Pessoa da
Divindade pode o pecador encontrar em Jesus um Salvador (João 14:26; 16:13).
A Bíblia.
Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus (II Pedro 1:20-21). Nela
encontramos a expressa vontade de Deus, sem que necessitemos de dogmas e
tradições (Mateus 15:3-9).
Existem aqueles que creem que algumas partes da Bíblia foram
anuladas ou abolidas. Alguns se referem a estas partes como sendo
principalmente ao que chamamos de Velho Testamento. No entanto, o texto
utilizado para se fazer tal afirmação (II Coríntios 3:14), não se refere às
Sagradas Escrituras do Velho Testamento. Aliás, esta expressão, Velho
Testamento, não é a melhor para designar as Escrituras Hebraicas, pois que esta
expressão deveria referir-se à aliança simbolizada ou demonstrada através do
sistema de sacrifícios existentes antes de Cristo morrer na cruz.
Moisés, sob inspiração, diz que o Velho Testamento ou o Antigo Concerto
fora realizado tendo como símbolo os sacrifícios e o sangue de animais (Êxodo
24:5-8), sacrifícios estes abolidos na cruz (Daniel 9:27; Colossenses 2:14),
mencionados em II Coríntios 3:14, como sendo o Velho Testamento ou o Velho Concerto
eliminado por Cristo. Já o Novo Testamento ou o Novo Concerto, foi realizado
com base eternamente firme no sangue de Jesus derramado pela humanidade, o qual
era tipificado pelo sangue de touros e carneiros (João 1:29; Hebreus 9:13-14).
O sangue de Jesus foi entregue ou derramado para expiação de nossa culpa e
pecados. Ao tomar o cálice, Jesus disse: Este é meu sangue, o sangue do Novo
Testamento” (Mateus 26:27-28).
Usa-se comumente as expressões Antigo e Novo Testamentos para
designar respectivamente as Escrituras Sagradas referentes aos tempos dos
sacrifícios de animais e ao tempo em que o Concerto seria eternamente
estabelecido pelo sangue de Cristo.
Cremos, portanto, que a Palavra de Deus é uma só, sem divisões.
Sabemos que toda a Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse é a revelação da graça e da
vontade Deus. Nela encontramos o plano indescritível de Deus para salvar a
humanidade. Em Gênesis encontramos o relato do Éden perdido (Gênesis 3:22-24),
em Apocalipse, o Éden reencontrado, restaurado e dado novamente ao homem salvo
e alcançado pela graça (Apocalipse 22:1-5). Nas Escrituras Hebraicas vemos os
símbolos do evangelho, nas escrituras gregas, ou em o Novo Testamento, temos o
evangelho em sua realidade. Em cada cordeiro morto, em cada sacrifício
realizado, vemos o evangelho da graça delineado e declarado em toda as
Escrituras no tempo da Antiga Aliança ou do Antigo Testamento (João 1:29).
Devemos nos lembrar que os autores sagrados no tempo na nova
aliança, testificaram da veracidade e da importância das Escrituras no tempo do
Antigo Concerto. Referindo-se às Escrituras do tempo do Antigo Testamento,
Paulo escreveu que aquelas palavras eram ainda em seus dias inspiradas e
proveitosas para redarguir, corrigir, instruir em justiça, levando o homem à
perfeição ( II Timóteo 3:16). Ainda está escrito que as escrituras do tempo do
Velho Testamento podem nos tornar sábios para a salvação (II Timóteo 3:15), que
estas palavras podem nos levar à perfeição e instrução para toda boa obra (II
Timóteo 3:17).
O desejo de Deus é que não cometamos o erro de não conhecermos as
Escrituras (Mateus 22:29), mas que a estudemos (Isaias 34:16), fazendo da
palavra de Deus lâmpada para nossos pés e uma luz para nosso caminho (Salmo
119:105), uma luz a nos iluminar em lugar escuro (II Pedro 1: 19-21). Por isso,
jamais devemos desprezar as profecias (II Tessalonicenses 5:20). Existem
bênçãos prometidas àqueles que escutam a Palavra Profética e a pratica
(Apocalipse 1:3). De igual maneira existem maldições àqueles que adulteram suas
palavras e não as cumpre (Apocalipse 22:18-19; Deuteronômio 4:2).
Cremos que ao longo dos anos a Palavra de Deus não sofreu nenhuma
alteração que afetasse a transmissão de Sua vontade, pois Deus cuida de Sua
Palavra (Jeremias 1:12). A Bíblia é a revelação de Deus ao Seu povo (Apocalipse1:1),
nela encontramos o caminho para a vida eterna, nela encontramos a verdade (João
17:17).
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