segunda-feira, 4 de março de 2013

A Divindade


Deus o Pai.

Cremos em um Deus vivo e pessoal (Hebreus 1:1-2), criador dos Céus e da Terra (Gênesis 1:1; Apocalipse 4:12; Isaías 45:12; etc).

Apesar de a Bíblia testificar que Deus é espírito (João 4:24), a inspiração mostra claramente que Deus tem a forma de um homem. Uma destas evidências vemos na criação, quando o homem foi feito então segundo a imagem e a semelhança de Deus (Gênesis 1:26,27; 9:6). Em síntese, Deus é uma Pessoa espiritual (Ezequiel 1:26; João 14:8-9).

A Bíblia atribui algumas peculiaridades a Deus. Ele é eterno (Salmo 90:2), não tendo princípio nem fim (Jeremias 10:10; Apocalipse 5:14). Ele é Onipresente (Salmos 139:1-12), ou seja, tem a capacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo (Jeremias 23:24). Deus também é onisciente, ou seja, Ele sabe todas as coisas e não há limites para seu conhecimento (Isaías 40:28; I João 3:20; Salmos 147:5). Deus também é onipotente, o que significa que Ele pode realizar toda e qualquer coisa, não Lhe sendo nada impossível (Jó 42:2; Lucas 1:37).

Duas características entre muitas se destacam no caráter de Deus, a saber o amor e a justiça e estas se combinam perfeitamente uma não inutilizando a outra (I João 4:8; Deuteronômio 32:4).

A maior prova do amor de Deus pela raça humana, e a demonstração de Sua justiça, foi revelada no fato dEle ter dado seu próprio filho para morrer em lugar de cada pecador (Romanos 5:8; João 3:16).

Unicamente exercendo uma fé viva em Sua pessoa e em Seu amor remidor e perdoador é que podemos agradar a Deus (Hebreus 11:6).


Deus o Filho

Cremos que Jesus Cristo sempre foi um com Deus desde toda a eternidade. Sendo também auto existente por Si mesmo possuindo em Si as mesmas qualidades que o Pai. A Bíblia afirma enfaticamente que a Palavra que se fez carne (João 1:14) era também Deus (João 1:1).

Esta expressão, dizendo que Jesus Cristo é Deus, não deve ser compreendida no sentido de que Jesus fosse a mesma pessoa do Pai, mas que partilhava ou partilha do mesmo direito ou título de ser tudo o que o Pai é, inclusive de ser Deus ou de possuir esta prerrogativa. Devemos perceber no texto de João 1:1 que a Palavra ou o Verbo estava com Deus, mostrando assim uma Pessoa com outra, em perfeita igualdade, pois ambas são identificadas como sendo Deus. A Bíblia fala de Jesus sendo um companheiro de Deus pelas eras infindas (Zacarias 13:7).

A Palavra inspirada reiteradas vezes afirma que Jesus é Deus como o Pai é Deus. No livro de Êxodo capítulo 3, onde aparece o Deus de Abraão de Isaque e de Jacó falando, o grande eu Sou, é na verdade Jesus Cristo. A Bíblia diz que foi o anjo do Senhor que apareceu a Moisés na Sarça (Êxodo 3:2; Atos 7:35). Ou seja, somente Alguém igual a Deus poderia assumir e reter todos os Seus atributos, títulos e qualidades sem cometer sacrilégio.

Paulo usa uma linguagem bem similar à de João ao dizer que Jesus não julgou ser usurpação o ser igual a Deus, antes se tornou semelhante ao homem, na linguagem de João, se tornou carne (Filipenses 2:6,7; João 1:14).

Usurpar significa tomar um lugar que não lhe pertence, foi o que Lúcifer fez ao tentar ser semelhante ao Altíssimo (Isaías 14:14). No caso de Jesus, Ele julgou não ser usurpação ocupar o lugar de Deus pois o mesmo também lhe pertencia, pois possuía a mesma natureza do Pai.

Várias passagens atestam a Deidade e Divindade de Jesus: Isaías 9: 6; João 1:1;  Atos 20:28; Tito 2:13; Hebreus 1:7, 8; Romanos 9:5; I Pedro1:1; I João 5:20; Salmo 45: 6,7; João 20:28; etc.

Veja também os seguintes textos:

Isaías 44:6; 48:12; 41:4. Compare com Apocalipse. 1:17,18; 2:8; 22:13.
Isaías 6:1-10. Compare com João 12:36-41.
Isaías 8:13,14. Compare com I Pedro 2:8.
Isaías 40:3. Compare com Mateus 3:3.
Isaías 40:10. Compare com Apocalipse 22:12.
Mal. 3:1. Compare com Marcos 1:1-3; Mateus 3:3.
Salmo 50:1-5. Compare com Apocalipse 1:7; II Tessalonicenses. 1:7-9; João 5:22;  Mateus 25:31-33.
Jeremias 17:10. Compare com Apocalipse 2:18,23.
Zacarias 12:4,10. Compare com João 19:37.
Isaías 45:23. Compare com Filipenses 2:10.

Este Deus maravilhoso, se fez carne, a fim de, na semelhança humana, dar a vida pela humanidade (Romanos 8:3; Filipenses 2:6,7).

Deus julgou que, se Jesus morreu por todos, logo todos morremos (I Coríntios 5:14). Neste caso, exercendo fé neste sacrifício maravilhoso, o qual pagou a dívida da humanidade, todos podem ser salvos (João 1:12; Atos 4:11-12).

Jesus continua fazendo intercessão pela raça humana no Céu (Hebreus 4:14-16; I João 2:1-2), e somente através dEle podemos nos chegar a Deus e sermos salvos.


Deus o Espírito Santo

Cremos que o Espírito Santo é também um com o Pai e um com o Filho (I João 5:7). A Bíblia enfatiza o fato do Espírito Santo ser uma Pessoa tanto quando o Pai ou o Filho são pessoas.

Em João 14:16 Jesus disse que o Espírito Santo é “outro” Consolador, mostrando claramente tratar-se de outra pessoa, contudo, semelhante a Jesus. No grego, a palavra “outro” é “Allos” e seu significado é: “igual, da mesma classe”. Ou seja, o Espírito Santo é igual a Jesus. A palavra “outro” indica e sugestiona esta fato!

A Palavra de Deus mostra algumas características que o Espírito Santo possui, características tais que apenas uma pessoa pode possuir. Entre estas se destacam o fato do Espírito Santo poder ouvir e falar (João 16:13; Atos 13:2). Ele também tem sentimentos, pois se entristece (Efésios 4:30). Por ser a terceira Pessoa da Divindade, também sente ciúmes quando alguém se distancia de Deus (Tiago 4:5). O Espírito Santo também intercede por nós com gemidos ou rogos inexprimíveis (Romanos 8:26). Ele também tem intenção ou vontade. Na Bíblia versão revista e atualizada diz que Ele tem uma mente (Romanos 8:27). A inspiração ainda enfatiza o fato de alguém mentir para o Espírito Santo (Atos 5:3). Existe a ideia equivocada  de que o Espírito Santo seja apenas uma energia ou apenas um poder sem personalidade própria, mas perguntamos: É possível mentirmos para um poder ou energia? É afirmado também que o Espírito Santo tem sabedoria (I Coríntios 2:10, 11. Que Ele tem Seu parecer ou sua opinião própria (Atos 15:28), ou tem seu próprio querer ( I Coríntios 12:11).

Não se pode, portanto, confundir o Espírito Santo como sendo o próprio Pai ou como sendo o próprio Jesus, pois a Bíblia afirma que o Espírito Santo é uma Pessoa distinta e separada das demais Pessoas da Divindade (Mateus 3:16,17; João 14:16,26; II Coríntios 13:13).

Assim como a Bíblia enfatiza a personalidade do Espírito Santo, ela também mostra claramente Sua Deidade, ou seja, o Espírito Santo é tanto Deus tal qual o Pai e o Filho são Deus.

Pedro disse que Ananias mentiu para o Espírito Santo, que ele havia mentido para Deus ( Atos 5:3-4). Paulo declara que somos o templo do Espírito Santo, que somos o templo de Deus (I Coríntios 3:16-17). Também sabemos pela Bíblia que o Espírito Santo sabe e conhece os segredos de Deus e sabe seus mistérios. Somente um Ser igual a Deus poderia penetrar sua infinita sabedoria (I Coríntios 3:10,11).

A obra do Espírito Santo é mostrar o Pai e o Filho, e não a Si mesmo. Jesus disse que o Espírito Santo não falaria de Si mesmo (João 16:13). Isto mostra que, apesar do Espírito Santo ser uma Pessoa e poder falar de Si mesmo, Sua obra é mostra a Jesus, glorificá-lo (João 16:14). Por este motivo, o Espirito Santo algumas vezes não é mencionado diretamente em alguns textos inspirados, mas somente o Pai e o Filho.

Jesus nos deixou o Espírito Santo como Seu sucessor na Terra (João 14:16-17). Pelo fato do Espírito Santo ser igual a Jesus, seria como se o próprio Cristo estivesse com Seus seguidores. Por isso Jesus disse que jamais nos abandonaria (Mateus 28:20). Através do Espírito Santo o Salvador é acessível a todos.



A obra especial do Espírito Santo é nos convencer, nos guiar e nos levar a Jesus (João 16:8). Somente através do trabalho da terceira Pessoa da Divindade pode o pecador encontrar em Jesus um Salvador (João 14:26; 16:13).

A Bíblia.

Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus (II Pedro 1:20-21). Nela encontramos a expressa vontade de Deus, sem que necessitemos de dogmas e tradições (Mateus 15:3-9).

Existem aqueles que creem que algumas partes da Bíblia foram anuladas ou abolidas. Alguns se referem a estas partes como sendo principalmente ao que chamamos de Velho Testamento. No entanto, o texto utilizado para se fazer tal afirmação (II Coríntios 3:14), não se refere às Sagradas Escrituras do Velho Testamento. Aliás, esta expressão, Velho Testamento, não é a melhor para designar as Escrituras Hebraicas, pois que esta expressão deveria referir-se à aliança simbolizada ou demonstrada através do sistema de sacrifícios existentes antes de Cristo morrer na cruz.

Moisés, sob inspiração, diz que o Velho Testamento ou o Antigo Concerto fora realizado tendo como símbolo os sacrifícios e o sangue de animais (Êxodo 24:5-8), sacrifícios estes abolidos na cruz (Daniel 9:27; Colossenses 2:14), mencionados em II Coríntios 3:14, como sendo o Velho Testamento ou o Velho Concerto eliminado por Cristo. Já o Novo Testamento ou o Novo Concerto, foi realizado com base eternamente firme no sangue de Jesus derramado pela humanidade, o qual era tipificado pelo sangue de touros e carneiros (João 1:29; Hebreus 9:13-14). O sangue de Jesus foi entregue ou derramado para expiação de nossa culpa e pecados. Ao tomar o cálice, Jesus disse: Este é meu sangue, o sangue do Novo Testamento” (Mateus 26:27-28).

Usa-se comumente as expressões Antigo e Novo Testamentos para designar respectivamente as Escrituras Sagradas referentes aos tempos dos sacrifícios de animais e ao tempo em que o Concerto seria eternamente estabelecido pelo sangue de Cristo.

Cremos, portanto, que a Palavra de Deus é uma só, sem divisões. Sabemos que toda a Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse é a revelação da graça e da vontade Deus. Nela encontramos o plano indescritível de Deus para salvar a humanidade. Em Gênesis encontramos o relato do Éden perdido (Gênesis 3:22-24), em Apocalipse, o Éden reencontrado, restaurado e dado novamente ao homem salvo e alcançado pela graça (Apocalipse 22:1-5). Nas Escrituras Hebraicas vemos os símbolos do evangelho, nas escrituras gregas, ou em o Novo Testamento, temos o evangelho em sua realidade. Em cada cordeiro morto, em cada sacrifício realizado, vemos o evangelho da graça delineado e declarado em toda as Escrituras no tempo da Antiga Aliança ou do Antigo Testamento (João 1:29).

Devemos nos lembrar que os autores sagrados no tempo na nova aliança, testificaram da veracidade e da importância das Escrituras no tempo do Antigo Concerto. Referindo-se às Escrituras do tempo do Antigo Testamento, Paulo escreveu que aquelas palavras eram ainda em seus dias inspiradas e proveitosas para redarguir, corrigir, instruir em justiça, levando o homem à perfeição ( II Timóteo 3:16). Ainda está escrito que as escrituras do tempo do Velho Testamento podem nos tornar sábios para a salvação (II Timóteo 3:15), que estas palavras podem nos levar à perfeição e instrução para toda boa obra (II Timóteo 3:17).  

O desejo de Deus é que não cometamos o erro de não conhecermos as Escrituras (Mateus 22:29), mas que a estudemos (Isaias 34:16), fazendo da palavra de Deus lâmpada para nossos pés e uma luz para nosso caminho (Salmo 119:105), uma luz a nos iluminar em lugar escuro (II Pedro 1: 19-21). Por isso, jamais devemos desprezar as profecias (II Tessalonicenses 5:20). Existem bênçãos prometidas àqueles que escutam a Palavra Profética e a pratica (Apocalipse 1:3). De igual maneira existem maldições àqueles que adulteram suas palavras e não as cumpre (Apocalipse 22:18-19; Deuteronômio 4:2).

Cremos que ao longo dos anos a Palavra de Deus não sofreu nenhuma alteração que afetasse a transmissão de Sua vontade, pois Deus cuida de Sua Palavra (Jeremias 1:12). A Bíblia é a revelação de Deus ao Seu povo (Apocalipse1:1), nela encontramos o caminho para a vida eterna, nela encontramos a verdade (João 17:17).