Obediência aos mandamentos, sempre foi a
condição para que uma igreja fosse reconhecida como igreja de Deus.
“Agora,
pois, se diligentemente
ouvirdes a minha voz e guardardes o meu concerto, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os
povos, porque toda a terra é minha.” Êxodo 19:5.
“E nisto
sabemos que o conhecemos: se
guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os
seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.” I João
2:3-4.
“Não há
segurança alguma a não ser na obediência estrita à Palavra de Deus. Todas
as Suas promessas são feitas sob condição de fé e obediência, e uma
falta de conformação com os Seus mandos elimina de nós o pleno gozo
dos abundantes recursos provido nas Escrituras”. - Patriarcas
e Profetas, pág. 665, 666. Casa
Publicadora Brasileira.
“Se deixarmos de obedecer a
Deus, as Suas promessas não podem ser cumpridas para nós.” Carta 19 de
Julho de 1861. Revista Adventista, Março de 1974, pág. 8. Casa Publicadora Brasileira.
Quando a
igreja Adventista foi organizada em 1861, ela o fez com o seguinte concerto:
“Nós, os signatários, mediante este nos
associamos como igreja, adotando o nome de Adventistas do Sétimo Dia, prometendo guardar os mandamentos de
Deus e a fé de Jesus.” - O Grande Movimento Adventista, pág. 58. Casa Publicadora Brasileira.
A igreja,
portanto, naquele tempo, estava de acordo com o texto de Apocalipse 14:12 e
12:17, que afirma realmente que o povo de Deus guarda os Seus mandamentos. A
igreja em tal condição, no entanto, não era uma igreja livre de defeitos. A
inspiração diz:
“Testifico aos meus irmãos e irmãs que a
Igreja de Cristo, por débil e defeituosa que seja, é o único objeto sobre a
Terra a que Ele confere Sua suprema atenção.” – Vida e
Ensinos, pág. 206. Casa Publicadora
Brasileira.
Lendo o restante desse texto, se percebe
claramente que a igreja, apesar de ser débil e defeituosa, não era uma igreja
traidora. Isso ocorreria se a igreja, em algum momento, reconhecesse qualquer
lei que estivesse em oposição à lei de Deus:
“Assim
reconhecem a Deus e à Sua lei - fundamento de Seu governo no Céu e em todos os
Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser conservada distinta e clara
perante o mundo; e não ser reconhecida
lei alguma que esteja em oposição às leis de Jeová. Se, em desafio às disposições divinas, for permitido ao mundo
influenciar nossas decisões ou ações, o propósito de Deus será frustrado. Se a Igreja
vacilar aqui, por mais sedutor que seja o pretexto apresentado para tal,
contra ela haverá, registrada nos livros do Céu, uma quebra da mais sagrada
confiança, uma traição ao reino de Cristo.” - Idem,
pág. 207.
Neste caso, a igreja deixaria de ser uma
igreja débil e defeituosa e passaria a ser uma igreja traidora, cometendo assim
um grave pecado, pecado tal que a separaria definitivamente de Deus como
organização. Fazendo uma comparação, uma mulher, pode ter muitos defeitos como
esposa, mas a traição é, segundo a inspiração, um pecado que vai além dos
limites do que seria tolerável.
No dia 04 de Agosto de 1914, a igreja
Adventista cometeu tal pecado ao reconhecer a lei do estado superior à lei de
Deus. Ignorando ou esquecendo sua própria história sobre sua posição de não
combatente (Meditações Matinais de 1915, pág.180. Casa Publicadora Brasileira), em que a
igreja se abstinha do porte de armas, de servir ao exército e lutar na guerra,
a igreja dirigiu ao ministério da guerra a seguinte declaração:
“Mui digno Senhor General e Ministro da guerra”:
“Tomo a liberdade de comunicar a V. Excia., pela
presente, os princípios fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia na Alemanha,
especialmente no que concerne à atual situação de guerra. Baseando-nos nas
Escrituras Sagradas, esforçamo-nos por realizar os princípios cristãos em nossa
vida, guardando também o dia de repouso instituído por Deus, o Sábado, em que
nos abstemos de fazer qualquer trabalho. Apesar de tudo isso,
reconhecemos, no tempo sério da guerra atual, o nosso dever de apoiar a
defesa da pátria, e sob estas circunstâncias, também
portares armas no Sábado.– Os Adventistas da Reforma, pág. 26. Casa
Publicadora Brasileira.
Quando as pessoas vêm tal decisão, muitas
delas pensam, ou são induzidas a pensar, que tal procedimento foi apenas
adotado pela união Alemã, e que a igreja Adventista, como um todo, não apoiou
este procedimento. Mas este pensamento não reflete a realidade da situação. A
posição que a união alemã da igreja assumiu de 1914 a 1918, foi apoiada e
aprovada por toda a diretoria mundial da igreja Adventista. Abaixo algumas
declarações para comprovar isto:
‘Os delegados da Associação de Hessen compartilham da norma bíblica da
direção da obra referente ao serviço militar do tempo de paz e de guerra como
exigência própria do governo, para o qual está autorizada a potestade superior,
instituída por Deus, segundo I Pedro
2:13 e 14 e Romanos 13:4, 5.
‘Esta posição também concorda com a comissão executiva da Associação
Geral, que declarou em sua sessão de novembro de 1915, ao ser interrogada
pelos irmãos dirigentes desse país, seu ponto de vista nesse sentido: que
deixava ampla liberdade aos diferentes países da Terra de adaptar-se no futuro,
como até agora, às respectivas determinações legais nesta questão civil.” - Protocolo
da Discussão com o Movimento Opositor, pág. 21, 22. Editora Missionária a
Verdade Presente.
As pessoas
que apoiavam a guerra, inclusive a Associação Geral da igreja Adventista, com
base nos textos citados por eles como apoio para tal atitude transgressora,
estavam a cumprir a seguinte profecia:
“Há perante nós a perspectiva de uma luta contínua, com risco de
prisão, perda de propriedade, e da própria vida, para defender a lei de Deus,
que é anulada pelas leis dos homens. Nesta situação, os planos de ação mundanos instarão em que se condescenda exteriormente
com as leis do país, por amor da paz e harmonia. E alguns há que mesmo instarão com esse procedimento baseando-se na
passagem: ‘Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores... As potestades
que há foram ordenadas por Deus’. Rom. 13:1”. -
Testemunhos Seletos vol, 2, pág. 319. Casa Publicadora Brasileira.
Agora,
preste bastante atenção no que declarou o presidente da Associação Geral da
igreja Adventista:
“Assim que eclodiu a guerra na Europa, estudamos cuidadosamente este assunto na América do Norte.
Tínhamos uma grande vantagem sobre vós. A guerra vos surpreendeu, por assim
dizer, da noite para o dia. Surpreendeu-vos com tal rapidez que tínheis de
agir, de fazer algo. Não era possível esperar um só dia, porém nós lá tivemos dois anos para pesquisar o assunto,
antes de ocorrer a guerra. Tínhamos, portanto, a esse respeito, uma grande
vantagem sobre vós o que nos capacitou a assumir
uma posição tomada com reflexão.” - Protocolo, pág. 60. Editora
Missionária a Verdade Presente.
Interessante que não existe qualquer decisão
da igreja Adventista na América diferente daquela adotada na Europa, a saber,
que não deve existir liberdade de consciência na transgressão da lei de Deus.
Mas, depois de avaliar esta questão com
cuidado e tempo, o que a Associação Geral entendeu? Vejamos:
“Entretanto,
depois de examinar cuidadosamente o assunto, verificamos que este nos confundia muito.” - Idem.
“Depois de
longo estudo”, a Associação Geral, e não apenas os irmãos da Europa, adotaram a
seguinte “resolução, a saber: que cada qual devia agir na questão de acordo com
sua consciência.” - Idem, pág. 61.
Era do conhecimento da Associação Geral que “houve alguns irmãos que tinham o espírito
de amor à pátria e foram ao ‘fronte’ e lutaram.” - Idem.
A justificativa para tal atitude, apoiada
pela liderança mundial da igreja Adventista, era, no parecer da mesma, que, “devemos, no entanto, conceder a cada
cidadão o privilégio de adotar uma
atitude que esteja de acordo com sua consciência em relação ao governo.” - Idem, pág. 62, 62.
“Agora se
deve dizer que cada indivíduo teve o
direito de formar a sua própria opinião e consciência em relação à guerra.” - Idem , pág.
68.
“Porém, esta
deve ser uma questão de consciência.” - Idem.
Disse ainda o presidente Adventista:
“Supondo” (apenas
supondo) “que os três documentos editados
pelos três irmãos” (defendendo a participação na guerra) “tivessem sido errôneos. E
daí?” (E daí?! Como assim? Não tem nada a ver dizer que “a Bíblia ensina que, em primeiro lugar, que
participar na guerra não é transgressão do 6º mandamento; em segundo lugar,
também que guerrear no dia de sábado não é transgressão do 4ª mandamento”? (Idem,
pág. 20) E o representante mundial da igreja Adventista pergunta e daí!?
E ele
continuou:
“Permiti que
cada qual viva conforme sua convicção.” Idem.
“O líder adventista então declarou que, a determinação final quanto ao que era certo e ao que era errado,
deveria ser deixada com a consciência individual do membro”. - Os
Adventistas da Reforma, pág. 37. Casa Publicadora Brasileira.
Esta
posição, como já mencionamos, em dar liberdade para que a lei de Deus fosse
transgredida, Refletia a posição oficial da igreja no mundo todo. Daniells
afirmou:
“O que
eu disse aqui talvez não seja aceito por todos, mas tratei de apresentar os pontos de vista de meus
irmãos.” - Idem, pág. 81.
Fica claro, portanto, que a posição defendida
pela igreja na Europa, foi confirmada e apoiada pela liderança Adventista da
América do Norte e em todos os lugares. Sabemos, pela história, que apenas 2%
da igreja não a aceitou.
Nossos irmãos reformistas entendiam que a
liberdade de consciência devia e deve ser respeitada, até que a mesma não fira
a lei de Deus. A igreja não deve forçar ninguém a agir pela força, coação ou
constrangimento. Mas se a igreja não toma providências para que o erro seja
corrigido e a moral da igreja salva, a igreja como um corpo se torna culpada
diante de Deus.
Se, porém, os pecados do povo são passados por alto por aqueles que se
acham em posições de responsabilidade, o desagrado de Deus estará sobre eles, e Seu
povo, como um corpo, será responsável por esses pecados. No trato do
Senhor com Seu povo no passado, Ele mostra a necessidade de purificar a
igreja de erros”. – Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 334. Casa Publicadora Brasileira.
Além de ter se tornado culpada diante do Céu,
por reconhecer as leis dos governantes superiores à lei de Deus, além da igreja
dar liberdade para que seus membros transgredissem a santa lei dos dez
mandamentos e permanecessem como membros da igreja, além de tudo isso, ela
bebeu o último gole da própria apostasia no momento em que excluiu aqueles que
permaneceram fiéis aos santos mandamentos de Deus e que não apoiaram o
derramamento de sangue que ceifou aproximadamente 9 milhões de vidas, muitas
delas, “engolfadas no vício e no sangue.” - O White, Ellen G. O Grande Conflito, pág. 593. Casa Publicadora Brasileira.
“Esta situação levou a direção da igreja a reagir com outras ações
incorretas, separando da igreja os protestadores sem o devido
procedimento”. Os Adventistas da Reforma, pág. 28. Casa
Publicadora Brasileira.
Estes que
não apoiaram a nova postura da igreja diante das leis civis “foram excomungados” da igreja
Adventista. – Idem, pág. 30.
Por outro
lado, mencionando os que participaram na guerra, continuou o presidente
Daniells: “Nenhuma dessas pessoas foi excluída de nossa igreja.”
Idem, pág. 62.
“Não excluiu nem
condenou aqueles (os combatentes ou quem os apoiava) que não viram o assunto sob a mesma luz”. - Os
Adventistas da Reforma, pág. 35. Casa Publicadora Brasileira.
Percebe-se
claramente, que não foi uma posição local, tomada apenas na Europa, mas foi uma
posição mundial, assumida inclusive pelos adventistas na América do Norte, a
nível de Associação Geral.
Mas tenho
uma pergunta: Muitos dizem, com base no amor e na tolerância, que é correto dar
liberdade de consciência às pessoas até mesmo na transgressão à lei de Deus.
Mas pergunto: Porque esta liberdade de consciência favorecia apenas os que
lutaram na guerra? Se o presidente adventista ou toda a igreja Adventista cria
mesmo nesta liberdade de consciência, porque a igreja Adventista não fez uso da
mesma quando excluiu injustamente aqueles que, também por motivo de consciência,
não apoiaram a participação na guerra? A igreja não deveria ter deixado também
com a consciência dos que não quiseram participar na guerra aquela questão ser
ter excomungado ou excluído aqueles irmãos da igreja?
Na
continuação, Daniells lamenta que a separação causada pela guerra, tenha
surgido, segundo ele, devido a “problemas
tão insignificantes.” - Protocolo,
pág. 64. Editora Missionária a Verdade Presente.
Seria tal situação, a transgressão da lei de
Deus pelos membros da igreja, a complexidade daquela guerra com a perda de
milhares de vidas, algumas delas inocentes, um problema tão insignificante??
E continuou ele:
“Embora não
tenhamos limites definidos e normas precisas com referência à posição a
respeito do governo, deve deixar-se a cada um agir segundo o ditame de sua própria consciência. Os
irmãos da América do Norte
representam o mesmo ponto de vista, moderado e tolerante, tal como o aceitaram nossos irmãos da Europa. Temos seguido o mesmo proceder de nossos irmãos da Inglaterra, da França e de outros países”.
Idem.
Percebe-se facilmente, que a posição da união
Alemã, em dar liberdade aos membros para que transgredissem a lei de Deus,
participando da guerra, transgredindo o santo sábado, matando, era não só
apoiada pela igreja mundial, mas que “os irmãos da América do Norte representavam o mesmo ponto de vista”, dos irmãos da Europa! Assim, a desculpa
de que o erro cometido em dar liberdade para que se transgredisse a santa lei
de Deus, foi apenas dos irmãos na Europa, não encontra apoio nos fatos, na
história e na verdade!
Ao ser o presidente adventista interrogado:
“...qual é a
posição dos irmãos (da Associação Geral) quanto
à resolução de nossos irmãos alemães referente ao quarto e ao sexto
mandamento?”
A resposta foi:
“Tem-nos
sido muito difícil estabelecer uma norma
geral para um caso de guerra.” Idem, pág. 59.
Mas existia uma norma que estava sendo
seguida por toda a liderança da igreja Adventista, a saber: Liberdade para os
transgressores e exclusão para os que discordavam da nova posição!
A questão, portanto, não foi local, mas,
mundial! Os irmãos da América do Norte, apesar de terem tido tempo, não
enviaram “à Europa nem uma palavra de réplica.” (Idem, pág. 66). Ao
contrário, além de mostrarem seu apoio, concordaram com a exclusão daqueles que
não viam o assunto da mesma forma. Para os excluídos, a questão da liberdade de
consciência, foi esquecida, ignorada ou extinta! Apesar de se dizer que os
irmãos da América do Norte não tomaram a mesma posição da liderança da Europa,
como se pode verificar, a veracidade dos fatos desmente tal afirmação.
Bem, já sabemos qual era a posição da igreja
Adventista sobre a guerra e liberdade de consciência. E a posição daqueles que
defendiam a verdade, a lei de Deus, qual era? Vejamos:
“Concedemos a cada qual liberdade de consciência. Também no Céu ela
existe. Mas nenhuma liberdade de consciência que derribe os princípios da
lei de Deus. Verificamos agora que os irmãos na América do Norte levaram
a liberdade de consciência ao ponto de tocar a lei de Deus”. - Idem, pág. 90.
“Cremos que para seguir Jesus neste tempo,
segundo as escrituras e os testemunhos, não podemos ir à guerra”. - Idem, pág. 93.
A postura desses
irmãos excluídos estava, sem dúvida, conflitando com a posição assumida pela
igreja adventista sobre a guerra iniciada em 1914. A atitude dessa minoria de
adventistas fiéis, estava de acordo com a posição da igreja no passado, naquele
tempo em que a igreja era débil e defeituosa, mas que ainda não havia se
tornado uma igreja traidora, reconhecendo a lei humana, acima da lei de Deus.
Já, por outro lado, a posição de liberdade de consciência que leva à
transgressão da lei de Deus, estava de acordo com o mesmo argumento apresentado
por Satanás no Céu.
“Visto serem de natureza santa,
insistia em que os anjos obedecessem aos ditames de sua própria vontade.
Procurou arregimentar as simpatias em seu favor, propalando que Deus os tratara
injustamente ao conferir honra suprema a Cristo. Alegava que, anelando maior
poder e honra, não pretendia a exaltação própria, mas procurava conseguir liberdade
para todos os habitantes do Céu, a fim de por esse meio poderem alcançar
condição mais elevada de existência”. - O Grande Conflito, pág. 498. Casa Publicadora
Brasileira.
A decisão da igreja Adventista em dar
liberdade aos combatentes estava em oposição ao “Assim diz o Senhor”. A igreja seguiu a mesma estratégia
sugestionada e usada pelo Diabo.
“O mesmo
espírito que produziu a rebelião no Céu, ainda inspira a rebelião na Terra. Satanás
tem continuado, com os homens, o mesmo estratagema que adotou em relação
aos anjos. Seu espírito ora reina nos filhos da desobediência. Semelhantes
a ele, procuram romper com as restrições da lei de Deus, prometendo liberdade
aos homens por meio da transgressão dos preceitos da mesma”. - Idem,
pág. 503.
O Ômega da
apostasia havia se instalado na igreja e se provara muito mais funesto e
nefasto do que a apostasia Alfa.
Como já mencionei, a igreja sorveu até a
última gota do vinho da sua prostituição com o mundo, quando excluiu os fiéis.
A perseguição que a igreja Adventista na Europa incidiu sobre os fiéis, seus
antigos irmãos, por não participarem estes no sangrento conflito, foi apoiada
pela liderança mundial. Não apenas apoiou, mas a própria mão da Associação Geral
se levantou para excluir os líderes do Movimento de Reforma em 1920.
“É de interesse notar que ele
(Doerschler) foi a própria pessoa escolhida para representar os membros que foram
desligados da comunhão da igreja diante
dos irmãos da Associação Geral em 1920”. - Os
Adventistas da Reforma, pág. 30. Casa Publicadora Brasileira.
Assim, tudo o que a liderança da igreja na
Europa havia feito durante a guerra, foi apoiado pela liderança mundial da
igreja Adventista, e em muitos aspectos, repetido.
Aqui,
podemos fazer a seguinte analogia:
“...foram
excluídos das igrejas; mas Jesus estava com eles, e estavam alegres ante a luz de Seu semblante”. - Primeiros
Escritos, pág. 237. - Casa Publicadora Brasileira.
Usando de
suas últimas palavras, naquele triste encontro com os fiéis Adventistas, o
presidente mundial, se dirigindo àqueles irmãos que haviam sofrido tanto pela
causa da verdade, disse, tentando justificar a morte de milhares de pessoas:
É, é realmente de assustar!
E hoje, a posição da igreja Adventista, não
foi em nada alterada dessa assumida e adotada de 1914 a 1920:
“...a
decisão de prestar ou não o serviço militar e portar armas é deixado a
critério da consciência de cada indivíduo.” - Revista
Adventist World, de agosto de 2014, pág. 9.
Ou seja, não houve nenhuma mudança. Talvez
hoje, a igreja “melhorou” somente na questão de que aqueles que não querem
prestar o serviço militar e nem pegar em armas, não são excluídos, ou
excomungados, como foram os fiéis adventistas de 1914 a 1920. Isso porque a
igreja Adventista, pelo menos no tempo atual, não precisa comprar o favor do
estado, enviando soldados à guerra e se comprometendo com o mesmo, como fez
durante a primeira guerra. Coloquei melhorou entre aspas, porque em verdade, a
igreja hoje, dificilmente exclui alguém de seu rol de membros. Ela, atualmente,
está interessada em números. Seus membros podem transgredir o 4º e 6º mandamentos
portando armas e matando pessoas durante as horas sagradas do sábado, como se
vê na declaração acima. Pode-se, segundo lemos, portar armas no exército, e pra
que? Para fazer curativos? Somente no exército dos Estados Unidos, onde está a
sede mundial da igreja Adventista, somente ali, existe mais de 7.000
adventistas, não como enfermeiros ou padioleiros, mas como combatentes, ou
seja, para matar.
Assim, a posição assumida pela igreja
Adventista na Europa foi, não apenas apoiada e repetida pela liderança da
igreja na América do Norte e no mundo, mas o eco da voz de Daniells, tem
repercutido através dos anos na organização adventista, que tem, com ar de
desdém, perguntado diante da transgressão da lei de Deus: “E Daí?”
Jeremias 25:34.
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