segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Vestuário à Luz da Palavra de Deus

O propósito desse estudo não é colocar a questão do vestuário como ponto central ou principal, mas como algo que faz parte de uma vida cristã segundo a vontade de Deus. Desejamos destacar, e isso veremos também no decorrer deste artigo, que uma vida em ligação com Cristo produzirá resultados que serão notados em todos os aspectos de nossa vida e também no que vestimos. Um cristão genuíno jamais se vestirá contrário à sua profissão de fé ou contrário ao que Deus determinou. Os diversos frutos e isto inclui o vestuário, testificarão de que fonte tem se alimentado a árvore.

Segundo a Palavra de Deus um cristão deve ser reconhecido tão logo seja visto. Foi assim com o povo escolhido de Deus no passado e assim é com o povo de Deus hoje!

“E a sua posteridade será conhecida entre dos gentios, e os seus descendentes no meio dos povos; todos quantos os virem os conhecerão, como descendência bendita do Senhor.” Isaías 61:9.

“Vós sois a luz do mundo... Assim resplandeça a vossa luz...” Mateus 5:14,16.

“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.” Filipenses 2:15.
II Coríntios 3:2:

“Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.”
Deus não pode reconhecer um povo ou alguém que mantém uma diferença do mundo apenas no nome. Esta diferença deve ser vista, e não apenas ouvida!

Vocês pensam que Deus receberá, honrará e reconhecerá um povo tão misturado com o mundo que apenas difere dele no nome?” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 287.

“Se alguém sentir o desejo de imitar as modas do mundo e não subjuga-lo de imediato, Deus prontamente deixará de reconhece-lo como filho. Esse é filho do mundo e das trevas.”  - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 136, 137.

 Abaixo temos um estilo de vestuário.
  

 Perguntamos: Este vestuário é segundo a vontade de Deus? Há diferença de um vestuário assim para com as pessoas do mundo? O que diz a inspiração sobre este estilo de roupa cujo vestuário deixa partes das pernas descobertas?

“E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, ...” Apocalipse 1:13.

O traje masculino segundo a inspiração deve cobrir toda a perna, deve-se, portanto, fazer uso de calças.

 “... parecendo mais com trajes masculinos. Consiste de coletes, calças e uma peça semelhante a um casaco...” – Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 465.

Na Palavra de Deus encontramos:

“Faze-lhes também calções de linho, para cobrirem a carne nua; estender-se-ão desde os lombos até as coxas, e estarão sobre Arão e sobre seus filhos, quando entrarem na tenda da revelação, ou quando chegarem ao altar para ministrar no lugar santo, para que não levem iniquidade e morram; isto será estatuto perpétuo para ele e para a sua descendência depois dele.” Êxodo 28: 42-43.

Estes calções cobriam o corpo do sacerdote até as coxas. Por cima existia algo como uma túnica que chegava até os pés.  Porém lemos:

“Também não subirás ao Meu altar por degraus, para que não seja ali exposta a tua nudez.” Êxodo 20: 26.

Que parte do corpo do sacerdote não deveria ficar à mostra caso ele subisse degraus? O que pode-se compreender claramente pela sua nudez exposta? Claro, as pernas. A parte do corpo dos joelhos parta baixo é que jamais deveriam ser expostas. Algumas pessoas podem pensar que esta era uma lei apenas para os sacerdotes, mas a Bíblia enfatiza:

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” I Pedro 2:9.

Agora, analisemos o seguinte estilo de vestuário:



E este modelo de vestuário, está correto para uma mulher cristã? A inspiração diz:

“Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus.” Deuteronômio 22:5.

“E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.” Apocalipse 21:27.

“Há uma crescente tendência de as mulheres usarem vestuário e adotarem aparência mais semelhantes aos do sexo oposto e escolherem seus trajes bem parecidos com o dos homens. Mas Deus declara que isso é abominação. ‘Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia.’ I Tim 2:9.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág.  457.

O seguinte vestuário traz uma mudança em que uma saia curta ou um vestido curto é colocado sobre a calça, utilizada por uma mulher. Este modelo de vestuário foi conhecido durante o século 19, com o nome de traje americano.


Traje americano


Mencionando este estilo de vestuário, a inspiração diz:

 “Eu vi que a ordem de Deus tem sido invertida, e Suas instruções especificas desatendidas por aqueles que adotam o traje americano. Minha atenção foi chamada para: ‘Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus.’ Deut. 22:5. Deus não deseja que o seu povo adote o assim chamado vestuário da reforma. Ele é um traje imodesto, totalmente inadequado para as humildes seguidoras de Cristo.”  - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 421.

É comum algumas mulheres trajarem seus vestidos curtos como o modelo americano e colocarem calças justas por baixo (Leg), mas Deus declara que isto é abominação.


 Esta é uma foto do “Traje usado pela Dra. Austin em 1851. Dr. Harriet N. Austin criou este modelo com uma variação do modelo chamado "Bloomer' e o nomeou de Traje Americano.

Nunca devemos imitar a Dra. Austin ou a Dra. York. Elas se vestem muito semelhante aos homens.” – Ellen G. White, Letter to Brother and Sister Lockwood Sept. 1864-  Review & Herald, May 1944.




Aqui temos outro modelo de roupa. Que diz a inspiração sobre este estilo de vestuário que se arrasta pelo chão?

“O primeiro era do comprimento segundo a moda, sobrecarregando os membros, impedindo o passo, varrendo a rua e juntando as sujidades; do qual declarei os maus resultados. Esta classe serva da moda, parecia fraca e Lânguida.” - Crede em Seus Profetas, pág. 225.

“Minhas visões pretendiam corrigir a moda atual – os vestidos longos demais que se arrastam pelo chão...” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 464.

 “O vestido deve ficar levemente abaixo do cano da bota, curto o suficiente para não roçar a sujeira das calçadas e ruas, sem ser preciso levantá-lo com a mão.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 462.

Cremos não estar de conformidade com a nossa fé vestir-se de acordo com o traje americano, usar saias-balão, ou ir ao extremo de vestir compridos vestidos que varrem as calçadas e ruas." - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 458.

Ainda é muito comum a seguinte moda:





















Sobre este vestido que não chega aos joelhos, o que diz a Palavra de Deus?

“O vestuário da segunda classe que passou diante de mim era a muitos respeitos como devia ser. Os membros estavam bem vestidos. Achavam-se livres das cargas que a tirana moda impusera sobre a primeira classe; fora, porém, a um extremos de curteza que desgostara e suscitara preconceitos a pessoas boas,  destruindo em grande medida sua própria influência. Este é o estilo e a influência do ‘costume americano’,  ensinado e usado por muitos em ‘Nosso Lar’ Dansville, Nova Yorque. Esse não chega aos joelhos. Não preciso dizer que este estilo me foi mostrado como sendo demasiado curto.” - Crede em Seus Profetas, pág.  225.



Aqui podemos observar uma saia que chega á altura dos joelhos. O que a inspiração menciona sobre este modelo? Está ele de acordo com a vontade Deus?

“Minhas visões pretendiam corrigir a moda atual – os vestidos longos demais que arrastam pelo chão, bem como os vestidos CURTOS DEMAIS QUE CHEGAM À ALTURA DOS JOELHOS que são usados por certos grupos. Foi-me mostrado que devemos evitar ambos os extremos.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág.  464:

“Minhas visões pretendiam corrigir a moda atual – os vestidos longos demais que arrastam pelo chão, bem como os vestidos CURTOS DEMAIS QUE CHEGAM À ALTURA DOS JOELHOS que são usados por certos grupos. Foi-me mostrado que devemos evitar ambos os extremos.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág.  464.

Agora, observemos os vestidos ou seguintes modelos, e o comprimento destes vestuário:




Estes modelos de saias estão apenas a alguns centímetros do chão. Estão consideravelmente bem abaixo dos joelhos a ponto de, se a pessoa se sentar, mesmo assim os joelhos ficarão sempre bem tapados e protegidos. Ainda estão algumas polegadas ou centímetros acima da sujeira da rua. Seria este o vestuário segundo a vontade de Deus?

“Uma terceira classe passou diante de mim, com semblantes animados e passos desembaraçados e lépido. Seu vestuário era do comprimento que descrevi como apropriado, modesto e saudável. Estava umas poucas polegadas acima da rua e do passeio e de acordo com todas as situações, como subir e descer degraus.” - Crede em Seus Profetas, pág. 225:

“E ao surgir a questão das polegadas a fim de assegurar uniformidade quanto ao comprimento em toda parte, foi trazida um régua, e verificou-se que o comprimento de nossos vestidos mediava entre oito e dez polegadas acima do chão.” - Crede em Seus Profetas, pág. 226.

 “Numerosas cartas me chegaram de todas as partes do campo, indagando o comprimento do vestido que me fora mostrado. Tendo visto a régua aplicada à distância do chão a vários vestidos, e tendo ficado plenamente convencida de que nove polegadas é o mais apropriado do modelo que me foi mostrado, dei esse número e polegadas em testemunho número 12 [Vede Testimunies, vol.1 pág. 521], como o comprimento apropriado, com o qual é muito desejável a uniformidade”.  - Crede em Seus Profetas, pág. 226.

Adotamos  o comprimento uniforme de aproximadamente  23 centímetros acima do chão. Aproveito esta oportunidade para responder  a essas perguntas, a fim de poupar o tempo requerido para atender a muitas cartas. Recomendo enfaticamente que haja uniformidade no comprimento do vestido. Diria que aproximadamente 23 centímetros estão de acordo com minhas visões sobre o assunto.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 521.





Aqui temos outro modelo de saia ou vestido. Ele não está arrastando pelo chão, mas fica, em tamanho ou comprimento, um pouco abaixo do modelo ideal. Este vestido pode ser utilizado? O que diz a inspiração sobre isto?

“Caso as mulheres usassem seus vestidos deixando um espaço de uma ou duas polegadas entre a sujeira das ruas, seus vestidos seriam mais modestos, e poderiam ser conservados limpos muito mais facilmente e durante mais tempo. Esses vestidos estariam de conformidade com a nossa fé.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 458.

Temos, segundo a Palavra de Deus o ideal de Deus para Seu povo. Ninguém precisa se equivocar nesta questão. As pessoas podem arrumar um milhão de desculpas, mas a vontade de Deus é clara e pode ser entendida por toda pessoa que a deseja compreender e obedecer. A igreja de Deus deve agir com base na inspiração e não no que acham as pessoas. Alguns argumentam que não se deve preocupar com a questão do vestuário, mas a inspiração diz:

“Nossas palavras, ações, vestidos, são pregadores vivos e diários, juntando com Cristo, ou espalhando. Isto não é coisa insignificante, para ser passada por alto com um gracejo. A questão do vestuário exige séria reflexão e muito orar.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 596.

Os argumentos muitas vezes são apresentados para na verdade se arrumar desculpas para que as pessoas não precisem mudar a forma de vestir, para que não precisem renunciar o mundo e suas modas, isto sem dúvida é muito mais cômodo do que negar o eu e fazer uma reforma no vestuário.

Agora, precisamos avaliar a seguinte pergunta à luz da inspiração:

Deve-se batizar pessoas que não estejam vivendo estes princípios do vestuário?

Vejamos o que diz a inspiração:

“Todos quantos entram na nova vida, devem compreender anteriormente a seu batismo, que o Senhor requer afeições não divididas. ... A prática da verdade é essencial. A produção de frutos testifica do caráter da árvore. Uma boa árvore não pode dar maus frutos.  A linha de demarcação será clara e distinta entre os que amam a Deus e guardam Seus mandamentos, e os que não O amam e Lhe desrespeitam os preceitos. Há necessidade de uma inteira conversão à verdade.” Manuscrito 56, 1900. - Evangelismo, pág.  308.

“Mais cuidadoso preparo dos que se apresentam candidatos ao batismo, é o que se faz mister. Têm necessidade de mais conscienciosa instrução do que em geral recebem. Os princípios da vida cristã devem ser claramente explicados aos recém-convertidos. Não se pode confiar na sua mera profissão de fé como prova de que experimentaram o contato salvador de Cristo. Importa não só dizer "creio" mas também praticar a verdade.” - Testemunhos Seletos, vol. 2, pág.  389.

É certo que pouco adianta as pessoas se vestirem corretamente enquanto o coração não está reto diante de Deus, quanto o coração não está convertido. É certo que um coração no qual Jesus não está poderá se vestir corretamente. Por outro lado, é impossível que Jesus esteja em um coração no qual esta pessoa não se vista segundo a vontade de Deus.  A ideia de que a reforma precisa ser feita de dentro para fora está correta, corretíssima, mas alguns tem se amparado neste conceito como desculpa para continuarem com suas vidas segundo seus gostos, caprichos e modas contrários à Palavra de Deus. Esta desculpa, que mostra que seu interior ainda não foi mudado, as condenará e não funcionará no dia em que seus nomes passarem no santuário celestial, pois “por sua vida declararam: "Não queremos que este Jesus reine sobre nós." O Grande Conflito, pág. 668.

A Palavra de Deus é clara:

“O adorno interior de um espírito manso e quieto é inestimável. Na vida do verdadeiro cristão o adorno externo está sempre em harmonia com a paz e a santidade internas”. - Atos dos Apóstolos, pág. 523.

“Quando o coração está verdadeiramente transformado pela graça divina, isto se manifestará também por uma transformação do exterior”. - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 567.

“O próprio feitio da roupa há de comprovar a veracidade do evangelho.” - Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 394.

“Subjugai a mente carnal, reformai a vida, e a pobre estrutura mortal não será tão idolatrada. Caso o coração seja reformado, isto se demonstrará na aparência exterior. Se Cristo for em nós a esperança da glória, nele descobriremos tão incomparáveis atrativos, que a alma ficará enamorada. Apegar-se-á a Ele, preferirá amá-Lo, e, cheia de admiração por Ele, esquecerá o próprio eu. Jesus será magnificado e adorado, e o eu abaixado e humilhado.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág.55.

 "Muitos confiam numa suposta esperança, sem base real. A fonte não está purificada, portanto as correntes que dela procedem não são puras. Limpai a fonte, e puras serão as águas. Se reto for o coração, corretas hão de ser vossas palavras, vosso vestuário, vossas ações". Testemunhos Seletos, vol. 1, pág.51.

O vestuário correto, portanto, testificará que uma mudança interior ocorreu. A igreja que não pode ver o coração, deve avaliar casa pessoa então pelos frutos, afinal, o fruto mostra o valor e a qualidade de uma árvore (Mateus 7:17-20).

Uma indumentária correta, como especificada na inspiração, testificará de uma aceitação de Jesus na vida. Um vestuário contrário à Palavra de Deus, com base no próprio gosto e no ego, testificará de uma não aceitação real de Cristo na alma, e uma pessoa que não aceitou o Salvador, não pode ser membro da igreja de Deus.

Outra pergunta que precisa ser respondida é:

Qual deve ser a posição da igreja com respeito aos membros que não estejam seguindo os princípios do vestuário?

Sobre isto é claro o Espírito de Profecia:

“Não brinqueis, minhas irmãs, por mais tempo com vossa própria alma e com Deus. Foi-me mostrado que a principal causa de vossa apostasia é o amor que tendes ao vestuário. Isto leva à negligência de sérias responsabilidades, e mal vos achais possuidoras de uma centelha do amor de Deus no coração. Renunciai, sem demora, à causa de vosso desvio, pois é pecado contra vossa própria alma e contra Deus. Não vos endureçais pelo engano do pecado. A moda está deteriorando o intelecto e carcomendo a espiritualidade de nosso povo.  A obediência à moda está penetrando nossas igrejas adventistas do sétimo dia, e fazendo mais que qualquer outro poder para separar nosso povo de Deus. Foi-me mostrado que as regras de nossa igreja são muito deficientes. Todas as manifestações de orgulho no vestuário, proibidas na Palavra de Deus, devem ser motivo suficiente para disciplina na igreja. Caso haja continuação em face de advertências e apelos e ameaças, perseverando a pessoa em seguir sua vontade perversa, isto poderá ser considerado como prova de que o coração não foi absolutamente levado à semelhança com Cristo. O eu, e unicamente o eu, é objeto de adoração, e um professo cristão assim induzirá muitos a se afastarem de Deus.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 600.

É muito comum algumas pessoas citarem o seguinte texto e outros semelhantes interpretados de forma incorreta:

“As provas de Deus devem agora distinguir-se de modo claro e inconfundível. Há tormentas diante de nós, conflitos que poucos imaginam. Não há necessidade agora de qualquer alteração especial em nosso vestuário. O simples estilo de vestuário agora usado, feito da maneira mais saudável, não requer arcos, nem longas caudas, e é apresentável em qualquer lugar, e essas coisas não devem desviar-nos a mente da grande prova que irá decidir o destino eterno de um mundo - os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Nossas irmãs podem estar certas de que o Senhor não as inspirou a fazer uma prova do que uma vez foi dado como uma bênção, mas que por muitos foi odiado e desprezado como uma maldição. Mensagens Escolhidas, vol 3, pg. 252,253.

Com esta passagem intenciona-se dizer que o vestuário não deve ser na igreja prova de comunhão. Mas vamos analisar bem este texto:

Quando Ellen White diz:

“Não há necessidade agora de qualquer alteração especial em nosso vestuário.”

Será que ela tinha em mente este vestuário depravado de nossa geração? Não, jamais. Veja:

O simples estilo de vestuário agora usado, feito da maneira mais saudável, não requer arcos, nem longas caudas, e é apresentável em qualquer lugar, e essas coisas não devem desviar-nos a mente da grande prova que irá decidir o destino eterno de um mundo - os mandamentos de Deus e a fé de Jesus...”

Se o vestuário de nossas irmãs é simples e saudável, como aquele que Ellen White tinha em mente, não se precisa realmente de nenhuma mudança colocando arcos, caldas, etc. O vestuário utilizado durante o século 19, na igreja, cobria o corpo, não tinha nada a ver com um vestuário curto e imoral como o que se vê por toda parte e infelizmente em muitas igrejas. Por isso, não era necessário que o vestuário fosse colocado como prova, pois ele, em muitos aspectos, se assemelhava ao vestuário correto com insignificantes diferenças.

Outro detalhe muito importante que salta à nossa vista no texto, é a questão das “irmãs”, e não a igreja, estarem fazendo do vestuário uma prova. Isto pode significar simplesmente, e esta é a impressão mais próxima do texto, que as irmãs da igreja estavam vendo o vestuário como uma prova, ou seja, uma dificuldade para elas mesmas, “do que uma vez foi dado como uma benção.”

Mas, suponhamos que o texto de Mensagens Escolhidas, volume 3, página 252,253, esteja mesmo dizendo que a questão do vestuário não deve ser prova de comunhão. Devemos assim avaliar este texto, em conexão com outros que Ellen White escreveu. Por exemplo: Os que defendem erroneamente que a igreja não deve ter o vestuário como prova de comunhão, são muitas vezes as mesmas pessoas que acreditam que alguém que se alimenta de carne de porco e outras carnes imundas, não deve ser membro da igreja, e os que já são membros, devem ser excluídos se comerem tais carnes. Mas Ellen White também escreveu que a questão da carne de porco não deveria ser colocada como prova pela igreja. (Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 206,207; Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 338) Devemos, portanto, compreender que no início do adventismo e mesmo durante seu desenvolvimento, algumas concessões que foram feitas, deveriam ser corrigidas, inclusive na questão da alimentação, casamento e vestuário.

O texto de Mensagens Escolhidas, volume 3, página 252,253, e outros compreendidos erroneamente, não podem estar em contradição com outros textos que mostram claramente que a questão do vestuário e a utilização de modas contrários à palavra de Deus são motivos suficientes para disciplina ou exclusão do rol de membros da igreja.

“Todas as manifestações de orgulho no vestuário, proibidas na Palavra de Deus, devem ser motivo suficiente para disciplina na igreja.”

Estaria Ellen White em contradição com ela mesma? Se o vestuário não pode ser uma prova, por que ela diz que os que não estão de acordo com a Palavra de Deus nesta questão devem ser então disciplinados? Não existe contradição se entendermos este assunto como explicado acima.

Outra passagem diz:

“Há sobre nós, como um povo, um terrível pecado - termos permitido que os membros de nossa igreja se vistam de maneira incoerente com sua fé. Cumpre erguer-nos imediatamente, e fechar a porta contra as seduções da moda. A menos que isso façamos, nossas igrejas se tornarão desmoralizadas.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 600:

De que forma a igreja não pode permitir este terrível pecado? A única forma é utilizando a disciplina mencionada no texto inspirado.

“Mas quando mostram que estão seguindo modas e sentimentos do mundo, deve-se lidar fielmente com eles. Se não sentem a responsabilidade de mudar seu procedimento, não devem ser conservados como membros da igreja. O Senhor deseja que os que compõem a Sua igreja sejam mordomos fiéis e verdadeiros da graça de Cristo.” - Testemunhos para Ministros, pág. 124.

Bem, aqui temos outro texto bem claro. O mesmo não menciona apenas uma disciplina, mas até mesmo a exclusão da igreja. Ou seja, um vestuário contrário à inspiração deve sim ser colocado como prova na igreja ou a igreja se torna desmoralizada e culpada diante de Deus!

“... O pecado destes últimos dias recai sobre o professo povo de Deus. Pelo egoísmo, amor aos prazeres e o amor ao vestuário, negam o Cristo que sua filiação à igreja diz que estão seguindo.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 595.

Alguém que tem constantemente negado a Cristo pela sua maneira de vestir, ou pelas suas obras, pode ser conservado como membro da igreja?

Outro texto muito mal aplicado é o que diz:

"Muitos há cuja religião consiste em criticar os hábitos de vestuário e as maneiras. Querem levar todos á sua própria medida. Desejam alongar os que parecem demasiado curtos para sua norma, e cortar outros que parecem por demais compridos. Eles perderam o amor de Deus do coração; porém, julgam possuir espírito de discernimento. Acham que é prerrogativa sua criticar, julgar, devem, porém, arrepender-se de seu erro, e desviar-se de seus pecados.... Amemo-nos uns aos outros. Tenhamos união em nossas fileiras. Tenhamos santificado o coração para com Deus. Olhemos a luz que para nós reside em Jesus. Lembremo-nos de quão paciente e sofredor Ele foi para com os errantes filhos dos homens. Estaríamos em um estado miserável se o Deus do Céu fosse como um de nós, e nos tratasse como somos inclinados a tratar-nos uns aos outros". - R&H, 27/8/1889, citado em "Ellen White - Mensageira da Igreja Remanescente", pág. 201. 

Realmente jamais devemos levar o vestuário à nossa maneira, fazer para nós mesmos uma regra ou norma e achar que os outros devem viver como nós vivemos. Achar que alguém deve encurtar ou alongar um vestido ou saia porque achamos que deve ser assim demonstra mesmo falta de amor no coração. Mas e as normas que não foram homens, mas sim Deus quem estabeleceu, como vimos em textos anteriores, Viraremos as costas a estas evidências? Em base de um texto muito mal compreendido e muito mal aplicado se esquece de muitos outros porque nossa vontade perversa assim o deseja? 

Como mencionamos, muitos argumentos podem ser apresentados para se rejeitar a verdade sobre esta questão. Satanás está pelo mundo a inspirar homens e mulheres que não desejam carregar a cruz de Cristo. Mas, existe apenas uma desculpa para se proceder contrário à verdade da Palavra Inspirada:

“É uma vergonha para nossas irmãs, esquecerem tanto seu santo caráter e o dever que têm para com Deus, que imitem as modas do mundo. Não há desculpas para nós, senão na perversidade de nosso coração.”- Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 595.

Desejamos apelar a todas as pessoas cristãs, principalmente as mulheres, que não consultem a própria vontade nesta questão, mas a Palavra de Deus. E quando parecer muito difícil, lembrem-se deste texto:


 “Julgais ser sacrifício demasiado, entregar tudo a Cristo? Dirigi-vos a pergunta: "Que entregou Cristo por mim?" O Filho de Deus deu tudo - vida, amor e sofrimento - por nossa redenção. E será possível que nós, objeto indigno de tão grande amor, Lhe queiramos reter nosso coração? Cada momento de nossa vida temos sido participantes das bênçãos de sua graça, e por esta mesma razão não podemos compreender plenamente as profundezas da ignorância e miséria das quais fomos salvos. Podemos acaso olhar para Aquele a quem nossos pecados traspassaram e, todavia, estar dispostos a menosprezar todo o Seu amor e sacrifício? Em vista da infinita humilhação do Senhor da glória, haveremos nós de murmurar por não podermos entrar na vida senão à custa de conflitos e humilhação própria?” Caminho a Cristo, pág. 45.

Que Deus ilumine as almas sinceras e que cada uma tome sua decisão em favor da verdade da palavra inspirada!!

cristiano_souza7@yahoo.com.br