quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A Apostasia Alfa e Ômega



Algumas pessoas tem interrogado sobre o que seria a apostasia ômega profetizada por Ellen White. A profetiza deixou claro que as doutrinas propagadas pelo doutor John Harvey Kellogg que eram contra as doutrinas que envolviam a verdade sobre a natureza de Deus consistiam a apostasia alfa. Sobre a apostasia ômega, ela escreveu:

"No livro Living Temple acha-se apresentado o alfa de heresias letais. Seguir-se-á o ômega, e será recebido por aqueles que não estiverem dispostos a atender à advertência dada por Deus." Mensagens Escolhidas, vol.1, pág. 200.

"Living Temple encerra o alfa dessas teorias. Eu sabia que o ômega seguiria dentro de pouco tempo; e tremi pelo nosso povo." Mensagens Escolhidas, vol.1, pág. 200.

O que sabemos é que ao falar da apostasia ômega, a inspiração menciona uma apostasia mais letal e bem próxima. Já que o ômega da apostasia deveria ocorrer pouco tempo depois da apostasia alfa, segundo o que ela mesma escreveu, precisamos encontrar na história este momento tão temido pela profetiza. Apesar dela não mencionar o que realmente seria esta apostasia, a história mostra apenas uma apostasia que foi mais assustadora do que a apostasia alfa. Note este texto:

"Não vos enganeis; muitos se afastarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Temos agora perante nós o alfa desse perigo. O ômega será de natureza mais assustadora." Mensagens Escolhidas, vol.1, pág. 197.

É importante destacar que a inspiração não diz que a apostasia ômega atacaria o mesmo assunto abordado por Kellogg, que foi a questão da Divindade. Mas fala apenas de uma apostasia mais assustadora, onde literalmente se seguiria doutrinas de demônios. Veja uma doutrina que o demônio pregou e prega:

"Deixando (Satanás) seu lugar na presença imediata de Deus, saiu a difundir o espírito de descontentamento entre os anjos. Operando em misterioso segredo, e escondendo durante algum tempo o seu intuito real sob o disfarce de reverência a Deus, esforçou-se por suscitar o desgosto em relação às leis que governavam os seres celestiais, insinuando que elas impunham uma restrição desnecessária. Visto serem de natureza santa, insistia em que os anjos obedecessem aos ditames de sua própria vontade." O Grande Conflito, pág. 495.

Perceba que esta doutrina demoníaca ensinava que os anjos deviam obedecer sua própria consciência. Satanás trouxe esta doutrina para a Terra:

"O mesmo espírito que produziu a rebelião no Céu, ainda inspira a rebelião na Terra. Satanás tem continuado, com os homens, o mesmo estratagema que adotou em relação aos anjos. Seu espírito ora reina nos filhos da desobediência. Semelhantes a ele, procuram romper com as restrições da lei de Deus, prometendo liberdade aos homens por meio da transgressão dos preceitos da mesma." Idem, pág. 500.

Qual doutrina demoníaca poderia ser então o ômega que afetaria toda a igreja Adventista logo após a apostasia alfa? Exato, a ideia de que as pessoas da igreja poderiam obedecer à sua própria consciência. E quando isto ocorreu, quando que a igreja deu ouvidos à esta doutrina de demônios rompendo com as restrições da lei de Deus e insistindo para que seus membros obedecessem aos ditames de sua própria consciência, dando eco às doutrinas de demônios tendo assim as características da apostasia ômega? Vejamos qual posição a igreja Adventista assumiu de forma oficial e mundial em determinado momento da história, pouco tempo depois da apostasia alfa, como fora profetizado:

‘Esta posição também concorda com a comissão executiva da Associação Geral, que declarou em sua sessão de novembro de 1915, ao ser interrogada pelos irmãos dirigentes desse país, seu ponto de vista nesse sentido: que deixava ampla liberdade aos diferentes países da Terra de adaptar-se no futuro, como até agora, às respectivas determinações legais nesta questão civil’”. Protocolo da Discussão com o Movimento Opositor, pág. 21, 22.

“Embora não tenhamos limites definidos e normas precisas com referência à posição a respeito do governo, deve deixar-se a cada um agir segundo o ditame de sua própria consciência. Os irmãos da América do Norte representam o mesmo ponto de vista, moderado e tolerante, tal como o aceitaram nossos irmãos da Europa. Temos seguido o mesmo proceder de nossos irmãos da Inglaterra, da França e de outros países”. Protocolo da Discussão com o Movimento Opositor, pág. 64.

“Concedemos a cada um de nossos membros da igreja a liberdade para servir seu país, em todos os tempos e em todos os lugares, de acordo com os ditames de sua consciência convicção pessoal” Revista Adventista, Abril de 1959.

“O líder adventista então declarou que, a determinação final quanto ao que era certo e ao que era errado, deveria ser deixada com a consciência individual do membro”. Kramer, Hermut H. Os Adventistas da Reforma, pág. 37.

Esta posição de dar liberdade de consciência aos membros da igreja para participarem de derramamento de sangue, onde pessoas seriam mortas, muitas vezes, irmãos de fé matando um ao outro, transgredindo também o santo sábado, permanecendo, contudo, como membros da igreja, sem dúvida era uma apostasia mais assustadora do que a apostasia alfa.

Algumas pessoas dizem que a igreja, ao assumir a posição de adotar esta doutrina de demônios a nível mundial, assumida em 1914, foi tomada apenas no passado, e que a igreja mudou esta atitude. Mas estas doutrinas de demônios têm sido propagas pela igreja desde aquele tempo até os dias de hoje. Veja o que o atual presidente mundial da igreja Adventista, Ted N. C. Wilson, escreveu recentemente:

“Assim, enquanto a posição oficial da igreja seja não combatente – por questão de consciência, objeção ao porte de armas – a decisão de prestar ou não o serviço militar e portar armas é deixado a critério da consciência de cada indivíduo.” Adventist World, Agosto de 2014, pág. 9.

Ou seja, ao dizer que a posição da igreja é de não combatente se torna apenas em uma tentativa muito fajuta de se tentar tapar o sol com a peneira e esconder que, em realidade e na prática, a igreja Adventista é sim combatente, pois permite seus membros portarem armas, matar pessoas, transgredirem o sábado e permanecerem usufruindo todos os privilégios de membros! Em realidade, a posição da igreja é a mesma da maioria das igrejas “cristãs” nos dias atuais, pois praticamente nenhuma igreja incentiva seus membros a derramarem sangue e participar de atos de guerra ou a quebrar a lei de Deus, porém não têm elas nenhuma medida disciplinar para com aqueles que se portam contrários a estes conceitos.

Que apostasia seria o ômega se não uma que leva praticamente uma igreja toda de forma oficial a pregar abertamente doutrinas de demônios exatamente da forma como Ellen White havia profetizado? A apostasia ômega não seria um ataque contra a verdade da Pessoa de Deus, mas contra seu governo!

“Fossem os homens livres para se apartar das reivindicações do Senhor e estabelecer uma norma de dever para si mesmos, e haveria uma variedade de normas para se adaptarem aos vários espíritos, e o governo seria tirado das mãos de Deus”. Maior Discurso de Cristo, pág. 52.

A apostasia ômega também é chamada pela inspiração como sendo a traição ao reino de Cristo que ocorreria quando a igreja reconhecesse uma lei acima da santa lei de Deus.

“Há distinções claras e precisas a serem restauradas e expostas ao mundo, exaltando-se acima de tudo os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A beleza da santidade deve aparecer em seu brilho natural, em contraste com a deformidade e trevas dos que são desleais, daqueles que se revoltam contra a lei de Deus. Assim reconhecem a Deus, e a Sua lei - fundamento de Seu governo no Céu e em todos os Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser conservada distinta e clara perante o mundo; e não ser reconhecida lei alguma que esteja em oposição às leis de Jeová. Se, em desafio às disposições divinas, for permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou ações, o propósito de Deus será frustrado. Se a Igreja vacilar aqui, por mais enganador que seja o pretexto apresentado para tal, contra ela haverá, registrada nos livros do Céu, uma quebra da mais sagrada confiança, uma traição ao reino de Cristo.” Testemunhos para Ministros, pág. 17.

O maior perigo da apostasia ômega é que aqueles que foram contaminados por ela não se aperceberam disso! Bem profetizou Ellen White:

"No livro Living Temple acha-se apresentado o alfa de heresias letais. Seguir-se-á o ômega, e será recebido por aqueles que não estiverem dispostos a atender à advertência dada por Deus." Mensagens Escolhidas, vol.1, pág. 200.

cristiano_souza7@yahoo.com.br