A Palavra de Deus enfatiza que toda a
história do povo de Israel que foi escrita, foi escrita para nosso ensino (I Coríntios
10:11, Romanos 15:4). Não é diferente com o santuário que sempre esteve e está
ligado intimamente com a história do povo de Deus através de todos os tempos.
Pouco tempo depois que os filhos de Israel
haviam saído do Egito (Êxodo 16:1), perceberam que suas reservas de alimentos
estavam chegando ao fim. Ao contrário de confiarem em Deus, começaram a
murmurar e a reclamar de sua presente situação, como se esta fora pior que o
tempo em que eram míseros escravos.
Apesar de sua incredulidade e rebelião, Deus
condescendeu em atender Seu povo. Pela manhã, Deus deu aos israelitas um
alimento nunca antes experimentado. A Palavra de Deus diz:
“E quando o
orvalho se levantou, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa miúda,
redonda, miúda como a geada sobre a terra. E, vendo-a os filhos de Israel,
disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes
pois Moisés: Este é o pão que o Senhor
vos deu para comer.” Êxodo 16:14-15,31-34:
Este alimento possuía todas as propriedades
necessárias à vida e constituía o pão que os israelitas deveriam comer durante
sua peregrinação do deserto (Êxodo 16:35; Josué 5:12). A Palavra de Deus é
clara, mencionando o maná, Moisés disse: “Este
é o pão que o Senhor vos deu para comer.”
“E chamou a
casa de Israel o seu nome maná; e
era como semente de coentro branco, e o seu sabor como bolos de mel. E disse
Moisés: Esta é a palavra que o Senhor tem mandado: Encherás um ômer dele e
guardá-lo-ás para as vossas gerações, para que vejam o pão que vos tenho dado a
comer neste deserto, quando eu vos tirei da terra do Egito. Disse também Moisés
a Arão: Toma um vaso, e põe nele um ômer
cheio de maná, e coloca-o diante do Senhor, para guardá-lo para as vossas
gerações. Como o Senhor tinha ordenado a Moisés, assim Arão o pôs diante do Testemunho, para ser guardado.” Êxodo
16:31-34.
O maná fora depois colocado dentro da arca da
aliança e representava a alimentação natural do povo de Deus. O Escritor aos Hebreus
menciona este fato com as seguintes palavras:
“Mas depois
do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos, que tinha
o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha
o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança.” Hebreus 9:4,3.
Não era plano de Deus que os israelitas
voltassem a comer carne depois que chegassem a Canaã. O maná dentro da arca
simbolizava, portanto, um regime natural que deveria ser seguido pelo povo de
Deus através de gerações. Uma alimentação simples e saudável, porém, nunca foi
aceita pelo povo que, no deserto, clamava constantemente por carne (Números
11:4-34; Números 21:5). O salmista escreveu:
“E
tentaram a Deus nos seus corações, pedindo carne para satisfazer
o seu apetite”. Salmos 78:18.
Por nunca aceitar de coração o plano de Deus
referente a um regime natural e livre de cadáveres, Moisés então disse que,
quando os israelitas chegassem em Canaã, eles então comeriam carne segundo o
desejo que nutriam:
“Quando o
Senhor teu Deus dilatar os teus termos, como te disse, e disseres: Comerei
carne; porquanto a tua alma tem desejo
de comer carne; conforme a todo o desejo da tua alma, comerás carne.”
Deuteronômio 12:20.
A inspiração ainda diz:
“Foi unicamente devido a seu
descontentamento e murmuração em torno das panelas de carne do Egito, que lhes
foi concedido alimento cárneo, e isto apenas por pouco tempo. Seu uso trouxe
doença e morte a milhares. Todavia a restrição a um regime sem carne não foi
nunca aceita de coração. Continuou a ser causa de descontentamento e
murmuração, franca ou secreta, e não ficou permanente. Quando se
estabeleceram em Canaã, foi permitido aos israelitas o uso de alimento animal,
mas com restrições cuidadosas, que tendiam a diminuir os maus resultados. O uso
da carne de porco era proibido, bem como de outros animais, aves e peixes cuja
carne foi declarada imunda. Das carnes permitidas, era estritamente proibido
comer a gordura e o sangue. Só se podiam usar como alimento, animais em boas
condições. Nenhum animal despedaçado, que morrera naturalmente, ou do qual o
sangue não havia sido cuidadosamente tirado, podia servir de alimento.” Conselhos
sobre o Regime Alimentar, pág. 374.
A Bíblia enfatiza o fato de que mesmo diante das evidências Divina em procurar levar o povo a um regime saudável e natural, os israelitas continuaram pecando e não deram crédito (Salmo 78:27-32).
Como vimos, o maná dentro da arca era uma representação de sua
alimentação natural no deserto (Êxodo 16:32-34). Mas, quando entraram em Canaã,
os israelitas se afastaram desse regime e voltaram às panelas de carne do
Egito. A palavra de Deus, assim pintou esta triste cena:
“Ao qual nossos pais não quiseram
obedecer, antes O rejeitaram, e em seu coração se tornaram ao Egito”. Atos
7:39.
O simbolismo do maná na arca da aliança perdera sua força. Não havia
propósito para que o maná ali permanecesse se os israelitas não tinham uma
alimentação correspondente ao seu significado. Por isso, a Bíblia nos diz que depois
da entrada do povo em Canaã, o maná não existia mais dentro da arca da aliança.
“Na
arca nada havia, senão só as duas tábuas de pedra, que Moisés ali pusera
junto a Horebe, quando o Senhor fez a aliança com os filhos de Israel, saindo
eles da terra do Egito.” I Reis 8:9.
Apesar de isso ter ocorrido, a profecia aponta a um tempo em que todas as
coisas seriam restauradas. Este tempo, não era o tempo em que Jesus aqui viveu,
mas a um tempo posterior, onde o Senhor levaria “Seu povo a uma situação em que não toquem nem provem carne de animais
mortos.” Conselhos sobre o Regime Alimentar, pág. 411.
A Bíblia menciona este período da restauração de diversas maneiras:
Na carta à igreja de Deus
que está no período de Laodicéia. Sabemos que este período iniciou-se em 1844 e
se estende até o fim. Neste tempo, a saber, no período de Laodicéia, depois de
1844, Deus deseja levar Seu povo a Seu plano original. Por isso a expressão:
“E ao
anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha
fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.”
Apocalipse 3:14.
Jesus também falou
desse tempo de restauração, quando o povo de Deus seria levado ao princípio da
criação de Deus, com as seguintes palavras:
“E Jesus, respondendo,
disse-lhes: Em verdade Elias virá
primeiro, e restaurará todas as coisas.” Mateus 17:11.
Elias é quem deve
restaurar todas as coisas. Esta restauração não deveria ocorrer nos dias de
Jesus, mas em um tempo futuro sob a administração de Elias. Quem é este Elias
que deveria restaurar todas as coisas e levar o povo de Deus a seu regime
natural como o era no princípio? A inspiração esclarece:
“O profeta Malaquias declara:
"Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e
terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração do
filhos a seus pais." Mal. 4:5 e 6. Aqui o profeta descreve o caráter da
obra. Os que devem preparar o caminho
para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim
como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro
advento de Cristo.”
Conselhos sobre o Regime Alimentar,
pág. 71
O povo de Deus começou sua obra de restauração em 1844, restaurando
verdades maravilhosas. Assim como Elias preparou o caminho para a primeira
vinda de Jesus, o povo de Deus que vive no período de Laodicéia, depois de
1844, representado pelo profeta Elias, deve preparar o caminho para a segunda
vinda de Cristo.
“No
tempo do fim, toda instituição divina deve ser restaurada.”
Profetas e Reis, pág. 678.
A alimentação natural figura entre estas coisas que se perdera e que deve
ser restaurada, ela faz parte de uma das instituições que Deus dera à
humanidade no Éden (Gênesis 1:29).
A Palavra inspirada, portanto, aponta um povo vegetariano no período de
Laodicéia, onde toda instituição Divina é restaurada, onde, segundo o plano de
Deus, “Carne alguma será
usada por Seu povo” (Conselhos sobre o Regime Alimentar, pág. 407),
onde os que são “só meio convertidos quanto à questão de
comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele”. Conselhos
sobre o Regime Alimentar, pág. 382. A igreja de Deus, portanto, é vegetariana,
onde os meio convertidos na questão do regime cárneo, nela não permanecem!
Neste tempo de restauração, quando uma pessoa interroga alguém do povo de
Deus sobre se pode ou não comer carne, a resposta sempre é: “Não, decididamente não.” Conselhos
sobre o Regime Alimentar, pág. 382.
Como povo, cremos que o comer carne no hábito alimentar daqueles que já
conhecem a verdade, é um pecado que não será perdoado, caso não se arrependam
enquanto há tempo (Isaias 22:12-14).
Sabemos que o santuário terrestre - que continha o maná o qual representava a alimentação natural do povo de Deus - era apenas uma sombra do
santuário celestial (Hebreus 8:5). E como já vimos, o maná deixou de existir dentro do
santuário, dentro da arca da aliança, porque o povo de Israel deixou de seguir
uma alimentação natural e vegetariana, a qual era simbolizada pelo maná. Se no
tempo do fim, o povo de Deus entende e compreende sua posição no tocante ao
regime alimentar, se o povo tem se mantido vegetariano segundo o plano de Deus,
esta dieta alimentar deve, portanto, ser simbolizada neste santuário da nova
aliança, no santuário celestial. E o que encontramos no santuário celestial,
que Deus utiliza para simbolizar a dieta vegetariana de Seu povo nestes últimos
dias, neste período de restauração? Mencionando o santuário celestial, Ellen
White escreveu:
“No lugar santíssimo vi uma arca,
cujo alto e lados eram do mais puro ouro. Em cada extremidade da arca havia um
querubim com suas asas estendidas sobre ela. Tinham os rostos voltados um para
o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos estava um incensário de ouro.
Sobre a arca, onde estavam os anjos, havia o brilho de excelente glória, como
se fora a glória do trono da habitação de Deus. Jesus estava junto à arca, e ao
subirem a Ele as orações dos santos, a fumaça do incenso subia, e Ele oferecia
suas orações ao Pai com o fumo do incenso. Na
arca estava a urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão que
florescera e as tábuas de pedra que se fechavam como um livro.” Primeiros Escritos, pág. 32.
Não é por acaso que o
maná está no santuário celestial, dentro do lugar santíssimo aberto e inaugurado
por Jesus em 1844 (Primeiros Escritos pág. 42 e 43). Ele representa a alimentação
vegetariana do povo de Deus no deserto deste mundo até ultrapassar as
fronteiras da Terra prometida, a Canaã celestial, onde entraremos na posse do
Éden perdido!
Não quer você também
fazer esta caminhada com este povo?
cristiano_souza7@yahoo.com.br
7 comentários:
EVERALDO ,Quando começou o selamento? já que em 1844 os ASD Não guardava o sábado
Impressionante há nitidez desses assunto! 😳🤔👍
Onde está escrito que o maná representava a alimentação natural do povo de Israel? Ou isso seria somente sua dedução? Pois o assunto começa dizendo que o maná "representava a alimentação natural do povo de Deus", mas não traz nenhuma referencia inspirada nesse sentido!
Aguardo.
O que representa a vara de arão? Tudo o que Dante foi escrito para nosso ensino foi escrito para que pela paciência e consolação das escrituras tenhamos esperança.
Não existe nada explicativo em muitas coisas na biblia, porém existem passagens como o Maná sendo o alimento que Deus mandou a seu povo ( não sendo alimento carneo e sim semelhanças naturais a verduras) o que é mistério é...oq esse maná estava fazendo no santuário ? Há uma ligação com restauração alimentar em contraposto ao que oa Israelitas QUISERAM que era carne e Deus lhes dando o "pão" do Céu
Além do Maná, qual outro alimento?
Pois o julgamento não tem haver com a igreja adventista mas sim com a obra de Cristo no santuário, Deus usou pessoas daquela época para que o povo compreendessem o que estava para ocorrer..
Mas não existia igreja adventista no momento.
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