Frequentemente nos deparamos com a seguinte indagação: A igreja de Deus é Laodicéia ou Filadélfia? Algumas denominações religiosas assumem claramente que suas organizações são caracterizadas pela igreja de Laodicéia. O objetivo de tal afirmação é única: Achar na profecia uma maneira de justificar sua posição de mornidão, fraqueza, apatia, e apostasia espiritual. Ao contrário de fazerem com que a mensagem à Laodicéia mude a vida espiritual de suas igrejas, a mensagem é utilizada para as deixar no estado de mornidão em que se encontram. Se sentem satisfeita com sua atual posição e se justificam dizendo que assim é porque a profecia o diz!
A igreja Adventista, de forma
especial, se intitula a igreja de Laodicéia, e nos desafia para mostrarmos
onde existe oitava igreja, pois que surgimos como organização depois da igreja
Adventista organizada. Mas a pergunta é: Se eles constituem a igreja de
Laodiceia, onde está a igreja de Filadélfia, a igreja de Sardes, etc? Quais são, ou
onde estariam estas igrejas?
Vamos procurar esclarecer
melhor esta questão. A Palavra de Deus diz:
“Eu
fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande
voz, como de trombeta, Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o
derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que
estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a
Filadélfia, e a Laodicéia.” Apocalipse 1:10-11.
“Os
nomes das sete igrejas são símbolos da igreja em diferentes períodos
da era cristã.” Atos dos Apóstolos,
pág. 273.
Percebemos que as igrejas da
Ásia foram mencionadas para representarem os períodos pelos quais a igreja de Deus passa. Na Ásia existiam
outras igrejas que não foram mencionadas. Estas, no entanto, mencionadas no
capítulo 2 e 3 do Apocalipse, são citadas porque refletem a situação do período
pelo qual a igreja de Deus passa.
Do ano 27 d.C ao ano 100 d.C., Éfeso.
Do ano 100 d. C. ao ano 323 d.C., Esmirna.
Do ano 323 d.C ao ano 538 d. C., Pérgamo.
Do ano 538 d.C ao ano 1798 d.C,. Tiatira.
Do ano 1798 d.C. ao ano 1833 d.C.,
Sardes.
Do ano 1833 d.C. ao ano 1844 d.C., Filadélfia.
Do ano 1844 d.C. até o fim,
Laodicéia.
Sendo que o período de Laodicéia
iniciou-se em 1844, deste ano para frente, todos se encontram neste período,
Adventistas, Reformistas, Católicos, Espíritas, etc.
Em carta aos Romanos 12:10,
lemos:
“Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em
honra uns aos outros.”
Em o novo testamento grego,
encontramos a expressão Filadélfia nesta passagem da carta
aos Romanos. Filadélfia, é portanto, um termo grego que significa Amor
Fraternal.
Filadélfia ficava localizada na
Ásia Menor. Encontrava-se num planalto colinoso ao sul do rio Cogamis, uns 45
Km ao sudeste de Sardes e a 80 Km ao norte de Laudicéia. Foi fundada cerca de
140 anos a.C. Átalo II, conhecido por Filadélfo do qual a cidade recebeu o
nome. Ele foi conhecido por sua lealdade ao seu irmão, assim dando origem ao
nome da cidade (Filadélfia significa amor fraternal). A cidade
encontrava-se à cabeceira dum amplo vale que, passando por Sardes, levava até
Esmirna na costa marítima. Havia estradas
que a ligavam com a costa, com Pérgamo ao norte e com laudicéia ao
Sudeste. A Cidade servia de porto à cidade de Frigia. Filadélfia era um
próspero centro dum setor vinícula,e sua deidade principal era Dionízio, deus
do vinho.
Mencionando as características
de Laodicéia em contraste com Filadélfia, lemos:
“Seria
mais agradável ao Senhor se os mornos, que professam a religião, jamais lhe
houvessem proferido o nome. São um contínuo peso para os que desejam ser fies
seguidores de Jesus. São uma pedra de tropeço para os descrentes... Constituem
maldição para a causa tanto no país como no estrangeiro”. I Testemunhos para a Igreja, pág. 211.
Se a igreja de Deus for caracterizada
por Laodicéia podemos então concluir com base na inspiração que seria melhor a
igreja nem existir. Seus membros são um contínuo peso para os poucos sinceros
no mundo, constituem uma pedra de tropeço, uma maldição no planeta. Se uma
igreja assume ter as características de Laodicéia, ela mesma assume constituir
tal maldição e um estorvo à causa do evangelho.
Outra passagem diz:
“Para
os que são indiferentes neste tempo, a advertência de Cristo é: "Porque és
morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Apoc. 3:16.
A figura de vomitar da Sua boca significa que Ele não pode oferecer a Deus as
vossas orações ou expressões de amor. Não pode aprovar de forma alguma o vosso
ensino de Sua Palavra ou o vosso trabalho espiritual. Não pode apresentar os
vossos cultos religiosos com o pedido de que vos seja concedida graça.” Testemunhos
Seletos, vol. 3, pág. 15.
Pode uma igreja, ser Laodicéia
e ainda assim ter as bênçãos de Deus, ou Sua presença? Não, jamais. Segundo a
passagem que acabamos de ler, nem mesmo suas reuniões são aceitas por Deus, nem
mesmo a graça Divina é concedida a uma igreja na situação de Laodiceia!
Mencionando a igreja adventista
lemos claramente:
“A igreja está na condição
Laodiceana, a presença de Deus não está no meio dela.” Eventos Finais, pág. 43.
Mas, neste momento, você poderá
então estar se perguntando: É possível viver no período de Laodicéia e não ser
Laodiceano?
Sim, é possível!! E digo-lhe
que esta é nossa única forma de sairmos desse período de mornidão salvos!!
Vejamos um exemplo:
“E
ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete
espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de
que vives, e estás morto. Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não
contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas
disso.” Apocalipse 3:1,4.
Sabemos que o período de Sardes
é caracterizado pela morte espiritual. “Tens
nome de que vives, e estás morto”, disse Jesus.
Mas percebemos o versículo 4: “Mas também tens em Sardes algumas
pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco;
porquanto são dignas disso.” Pessoas que viveram no período de Sardes, cujo
período era de morte espiritual, mas que não se deixaram caracterizar por este
período!
Portanto, é possível viver no
período de Laodiceia e não se moldar por suas características. Justo assim
criam nossos pioneiros da igreja Adventista quando a igreja ainda era fiel. Lemos:
“Desde
o princípio, como observamos, os adventistas observadores do sábado viam-se
como um povo com um propósito, um movimento predestinado. Crendo por
experiência e profecia, que tinham a verdade presente para os últimos dias, concluíram
razoavelmente que eram a verdadeira igreja para os últimos dias. Eram o Israel
espiritual num moderno deserto... Eram o profeta Elias, prometido por
Malaquias... Eram a sexta igreja do
Apocalipse, “Filadélfia”, a igreja do amor fraternal”. História do Adventismo, pág. 151.
Viviam já no período de Laodicéia
e criam ser a igreja de Filadélfia!!
“Os
mileritas consideraram corretamente a sexta igreja, ou ‘Filadélfia’, como
símbolo de seu próprio movimento. Após o desapontamento, os mileritas que
aceitaram o sábado, e a doutrina do santuário desfrutavam tão cálida comunhão
cristã que continuaram a considerar-se
como ‘Filadélfia’ (que significa amor fraternal) – e referiam-se aos demais
adventistas como Laudicéia’, a sétima igreja. As palavras ‘morno’ e ‘rico sou
de nada tenho falta’, pareciam aplicar-se a pessoas que julgavam poder passar
sem o sábado e o Espírito de Profecia”. História
do Adventismo, pág. 152.
A profecia não aponta a igreja
que se caracteriza por Laodicéia como sendo a igreja vencedora. Não existe
esperança para uma igreja em tal condição. A Palavra profética abre o véu no
futuro e põe diante de nossos olhos a igreja vencedora, e esta tem as características
de Filadélfia, jamais de Laodiceia!
“Os
144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava
escrito: "Deus, Nova Jerusalém", e tinham uma estrela gloriosa que
continha o novo nome de Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os
ímpios enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a
fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles
caíram indefesos ao chão. Foi então que a sinagoga
de Satanás conheceu que Deus nos havia amado, que lavávamos os pés uns aos
outros e saudávamos os irmãos com ósculo santo; e adoraram a nossos pés”. Primeiros Escritos, pág. 15.
Vemos que os 144.000, que
estarão com o Cordeiro sobre o monte de Sião, que saem vitoriosos da besta e do
seu sinal, tem as qualidades de Filadelfianos. Devemos notar que este grupo
completo estará vivendo nas cenas finais do mundo, no período da perseguição,
após a ressurreição especial que tem lugar no início da sétima praga. Perceba
que Ellen White cita a sinagoga de Satanás a qual adorará aos pés dos santos.
Na mensagem à igreja de Filadelfia, lemos:
“Eis
que eu farei aos da sinagoga de Satanás,
aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e
saibam que eu te amo.” Apocalipse 3:9.
A mensagem à igreja de
Filadelfia ainda diz:
“A
quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus,
e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus,
e também o meu novo nome.” Apocalipse
3:12.
Os da igreja de Filadelfia têm
escrito sobre eles o nome de Cristo e do Pai. Mostrando tratar-se do mesmo
grupo que viveu no período de Laodiceia, lemos:
“E
olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e
quarenta e quatro mil, que em suas
testas tinham escrito o nome dEle e de Seu Pai.” Apocalipse
14:1.
A mensagem à igreja de
Filadélfia ainda diz:
“A
quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus,
e o nome da cidade do meu Deus, a nova
Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.” Apocalipse
3:12.
Note que o nome da nova
Jerusalém será escrito sobre os Filadelfianos. A profecia, no entanto, mostra
que estes Filadelfianos são os que viveram depois de 1844 que são contados
fazendo parte dos 144.000. Vejamos:
“Os
144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: "Deus, Nova Jerusalém,...”. Primeiros
Escritos, pág.15.
Assim, a afirmação de que uma
determinada igreja é Laodicéia coloca esta igreja fora da profecia de uma
igreja vitoriosa. Coloca esta igreja como uma igreja sem a presença Divina,
vomitada!
Então,
precisamos saber o que Precisamos fazer para Sermos Filadelfianos, correto?
Correto. Vamos lá!
1°
- Amor fraternal.
Filadélfia, como o próprio nome
diz, significa amor fraternal. Precisamos ter este amor, praticá-lo, caso
queiramos ser Filadelfianos!
“Nisto
são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não
pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.” I João
3:10.
2°
Guardar a Palavra de Deus.
“Conheço
as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode
fechar; tendo pouca força, guardaste a
minha palavra, e não negaste o meu nome.” Apocalipse 3:8.
Estamos sendo fiéis à verdade
que tem brilhado em nosso caminho?
3º
“Não Negaste o Meu Nome.” Apocalipse. 3:8.
Sobre este ponto lemos:
“Em
nosso convívio na sociedade, em famílias, ou em quaisquer relações da vida em
que sejamos colocados, limitadas ou vastas que sejam, há muitas maneiras por
que podemos confessar a nosso Senhor, e muitos modos pelos quais O podemos
negar. Podemos negá-Lo por nossas palavras, falando mal de outros, por
conversas levianas, gracejos e chocarrices, por palavras ociosas ou cruéis, ou
por prevaricar, falando contrariamente à verdade. Por nossas palavras podemos
confessar que Cristo não está em nós. Quanto ao nosso caráter, podemos negá-Lo
pelo amor da comodidade, esquivando-nos aos deveres e responsabilidades da vida
que devem recair sobre outros, se nós não os assumirmos, e amando os prazeres
pecaminosos. Podemos também negar a Cristo pelo orgulho no vestuário e
conformidade com o mundo, por uma conduta descortês. Podemos negá-Lo pelo amor
às nossas próprias opiniões, buscando sustentar e justificar o próprio eu.
Também O podemos negar permitindo a mente girar em torno do sentimentalismo
amoroso, e demorando os pensamentos sobre nossa suposta dura sorte, nossas
provações.” Testemunhos Seletos, vol. 1, pág.339.
4º “Tendo pouca força.”
Fraqueza não é sinônimo de
pecado!
A Palavra de Deus é clara:
“Conheço
as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode
fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não
negaste o meu nome.” Apocalipse 3:8.
Então, como pode alguém fraco
ser forte a ponto de guardar a palavra de Jesus?
“Apagaram
a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças,
na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.” Hebreus
11:34.
“E
disse-me: A minha graça te basta, porque
o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei
nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto
prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas
angústias por amor de Cristo. Porque
quando estou fraco então sou forte.” II Coríntios 12:9-10.
Sem Deus não somos nada. Mas
quando apoiamos nossa fraqueza no braço Onipotente da graça Divina, então no
tornamos fortes e somos então cumpridores da vontade de Deus.
“Colaborando
a vontade do homem com a de Deus, ela se torna onipotente. Tudo que deve ser
feito a Seu mando pode ser cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são
promessas habilitadoras.” Parábolas de Jesus, págs. 332 e 333.
Que o Senhor abençoe a todas as
almas sinceras que estão lutando para neste tempo de mornidão permanecerem com
suas vestes incontaminadas! Amém!
cristiano_souza7@yahoo.com.br
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