A igreja Adventista do Sétimo Dia
Movimento de Reforma veio à existência como um movimento para erguer a lei de
Deus que estava, durante a primeira guerra, sendo abandonada. O povo
de Deus é identificado da seguinte forma:
“Aqui está a paciência dos santos; aqui
estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” Apocalipse 14:12.
“Assim reconhecem a Deus, e a Sua
lei - fundamento de Seu governo no Céu e em todos os Seus domínios terrestres.
Sua autoridade deve ser conservada distinta e clara perante o mundo; e não ser
reconhecida lei alguma que esteja em oposição às leis de Jeová.” -Testemunhos
para Ministros, pág. 16.
No entanto, às vezes, somos
questionados se a este movimento reformatório se uniu pastores adventistas.
R. Ruhling, disse:
“De acordo com minha lembrança,
nenhum de nossos ministros ordenados na Alemanha juntou-se a esta rebelião
reformista durante o período da Guerra.” - Revista Adventista dezembro de 1975,
pág. 27.
É importante destacar que este
homem foi um dos principais opositores ao Movimento de Reforma desde sua
origem, o que o torna suspeito de afirmar qualquer coisa contrária à nossa
igreja.
Outro ponto claro no que Ruhling
disse é que, até onde apenas ele se lembrava, na Alemanha, nenhum
ministro adventista havia se unido ao Movimento de Reforma. Logicamente, outras
pessoas poderiam ter informação diferente, e Ruhling, claramente ignorava a
situação em outros países.
Lembrando que a primeira guerra
afetou vários países, e problemas similares na exclusão de fiéis adventistas,
por não portarem armas e não servirem ao exército, ocorreram em diversos
lugares.
Romênia:
“À medida
que lhes contava suas primeiras experiências, os irmãos o ouviram com atenção.
Admitiu que, até a sua última discussão com eles, desconhecia a gravidade da
situação. Como ministro adventista, havia
ido para a frente de batalha e tinha sido prisioneiro dos alemães. Antes disso,
havia estudado num seminário ortodoxo. Quisera tornar-se padre. Depois
freqüentou o colégio missionário adventista em Friedensau, na Alemanha.
Rússia:
“Em 1925, a mensagem de
reforma já havia sido recebida pela igreja de Alexandropol. A partir de então a
luz foi disseminada em todas as direções. O irmão H. Unrau, ministro da igreja A S D, e esposa, trabalhavam
ativamente na denominação quando as nossas publicações chegaram às mãos deles.
Entenderam as razões, porque o movimento de reforma havia surgido, a luz da lei
e do testemunho, era evidente que ocorrera afastamento em relação aos marcos
antigos da tríplice mensagem. A mensagem abalou o povo adventista em
Alexandropol e arredores. Muitas igrejas e grupos foram organizados.
Estônia:
“O
movimento de reforma na Estônia começou em 1919, quando a igreja adventista se
dividiu em dois grupos. A respeito da divisão, lemos na Enciclopédia Adventista
do Sétimo Dia Vol. 10, ‘União das Repúblicas Socialistas Soviéticas”, Países
Bálticos (1918-1940), Estônia:
não
conseguindo convencer os membros de Reval, declarou dissolvida a igreja.
‘Saindo da reunião, disse: ‘Os que querem ser adventistas sigam-me, por favor.’
Existem indícios de que mais pastores ou ministros adventistas se uniram ao Movimento de Reforma desde o início de sua história, cremos que as informações aqui apresentadas são suficientes para provar este fato. No entanto, na Revista Adventista existe uma afirmação interessante que diz:
“Quando terminou a Guerra, em
novembro de 1918, alguns jovens ministros não ainda ordenados
juntaram-se aos reformadores.” - Revista Adventista dezembro de 1975, pág. 27.
Essa informação é mais detalhada
da seguinte forma:
“Terminada
a guerra, em novembro de 1918, alguns ministros
jovens, não ordenados ainda,
uniram-se aos ‘reformadores’, um deles foi Henry Spanknobel (...) Henry
era orador eficiente (...) o líder dos ‘reformadores’ era então o Sr Dorschler,
que anteriormente fora ancião de uma
de nossas igrejas (...) visto como os ‘reformadores’ em suas publicações nos
chamavam ‘Babilônia’ não podíamos por mais tempo tolera-los em nossas igrejas, e os excluímos.” - Uma Luz que Alumia,
pág. 150.
“Depois
que o marido Heinrich Unrau foi preso (...) a irmã Kathryn Unrau foi a Moscou,
conversou com I A Janzen, o cunhado, secretário da igreja A S D. Ele ainda não
podia acreditar que os líderes da igreja adventista haviam se tornado
informantes e traidores. Estavam denunciando a polícia os obreiros do movimento
de reforma. Um dia, porém, teve a prova. O irmão Lobsack, presidente, e o irmão
Janzen, secretário, estavam no escritório quando o telefone tocou. O irmão
Lobsack atendeu, e Janzen o ouviu citar os nomes de todos os ministros que haviam deixado a igreja.
Quando Lobsack desligou, Janzen perguntou quem era. Respondeu:
Para entendermos como a sucessão apostólica não é um fator que determina a legitimidade de uma igreja ou organização, é um ponto interessante e digno de nota que José Bates, um dos principais pioneiros da igreja Adventista, nunca foi ordenado a nenhum ministério, e, mesmo assim, atuou como ministro, ordenando outros ao ministério e assinando suas credenciais:
“José Bates foi sempre o pioneiro
e o líder dos pioneiros. Magnânimo, gentil e profundamente bondoso e atencioso,
era imitado pelos pioneiros adventistas, todos eles mais jovens. Embora
jamais ordenados ao ministério, José Bates e Tiago White foram os dois
líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia que ordenaram e assinaram as
credenciais dos primeiros ministros. Eles haviam sido ordenados por Deus.”
- Revista Adventista, junho de 1976, pág. 24.
Sempre
que a questão da sucessão apostólica é mencionada como sendo um problema para o
Movimento de Reforma - apesar de termos visto que não é - seria interessante
que nossos opositores se lembrassem também do que afirma a própria publicação
inspirada adventista:
“Este princípio se relaciona com
igual peso a uma questão longamente agitada no mundo cristão - a da sucessão
apostólica. A descendência de Abraão demonstrava-se não por nome e
linhagem, mas pela semelhança de caráter. Assim a sucessão apostólica não se
baseia na transmissão de autoridade eclesiástica, mas nas relações
espirituais. Uma vida influenciada pelo espírito dos apóstolos, a crença e
ensino da verdade por eles ensinada, eis a verdadeira prova da sucessão
apostólica. Isto é que constitui os homens sucessores dos primeiros mestres do
evangelho.” - O Desejado de Todas as Nações, pág. 467.
cristiano_souza7@yahoo.com.br
3 comentários:
Pelo que vejo sobre a questão da 1°guerra mundial, me parece que a Sr.white não presenciou o auge do combate, somente rumores de guerra na Europa.
Os Estados Unidos entraram no combate em 1917.irmã white faleceu em meados de 1915.A impressão que tenho é a de que o senhor conhece e dirige os movimentos mundiais e, vindo a crise,porquanto fez descansar sua serva.
Assim, portanto,a profetiza da igreja não amargou ver os Os ASD combatendo com os seus próprios irmãos de fé.
Verdade Fábio. Um ponto interessante também, é que a posição da Associação Geral da igreja Adventista em dar liberdade para que irmãos de fé se matassem nas trincheiras europeias, ocorreu em novembro de 1915. Ellen White descansou de suas lutas contra a dominante apostasia infiltrada na igreja em julho de 1915.
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