quinta-feira, 17 de julho de 2014

Deve a Igreja Fazer do Vestuário uma Prova de Comunhão?


Iremos avaliar os principais textos desta questão e comparar as diversas afirmações da inspiração sobre este ponto. Um dos textos muito citado, diz o seguinte:

“As provas de Deus devem agora distinguir-se de modo claro e inconfundível. Há tormentas diante de nós, conflitos que poucos imaginam. Não há necessidade agora de qualquer alteração especial em nosso vestuário. O simples estilo de vestuário agora usado, feito da maneira mais saudável, não requer arcos, nem longas caudas, e é apresentável em qualquer lugar, e essas coisas não devem desviar-nos a mente da grande prova que irá decidir o destino eterno de um mundo - os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Nossas irmãs podem estar certas de que o Senhor não as inspirou a fazer uma prova do que uma vez foi dado como uma bênção, mas que por muitos foi odiado e desprezado como uma maldição. - Mensagens Escolhidas, vol 3, pg. 252,253.

Com esta, passagem intenciona-se dizer que o vestuário não deve ser na igreja prova de comunhão. Mas vamos analisar bem este texto:

Quando Ellen White diz: “Não há necessidade agora de qualquer alteração especial em nosso vestuário”, será que ela tinha em mente este vestuário depravado de nossa geração, o qual não precisa ser alterado? Não, jamais. Vejamos:

“O simples estilo de vestuário agora usado, feito da maneira mais saudável, não requer arcos, nem longas caudas, e é apresentável em qualquer lugar, e essas coisas não devem desviar-nos a mente da grande prova que irá decidir o destino eterno de um mundo - os mandamentos de Deus e a fé de Jesus...”

Se o vestuário de nossas irmãs no presente tempo é simples e saudável, como aquele que Ellen White se referiu, não se precisa realmente de nenhuma mudança colocando arcos, caldas, etc. O vestuário utilizado durante o século 19, na igreja, cobria o corpo, não tinha nada a ver com um vestuário curto e imoral como o que se vê por toda parte e infelizmente em muitas igrejas. Por isso, não era necessário que o vestuário fosse colocado como prova, pois ele, em muitos aspectos, se assemelhava ao vestuário correto, com insignificantes diferenças.

Outro detalhe muito importante que salta à nossa vista no texto, é a questão das irmãs, e não a igreja, estarem fazendo do vestuário uma prova. Isto pode significar simplesmente, e esta é a impressão mais próxima do texto, que as irmãs da igreja estavam vendo o vestuário como uma prova, ou seja, uma dificuldade para elas mesmas, “do que uma vez foi dado como uma benção.”

Mas, suponhamos que o texto de Mensagens Escolhidas, volume 3, página 252,253, esteja mesmo dizendo que a questão do vestuário não deve ser prova de comunhão. Devemos assim avaliar este texto, em conexão com outros que Ellen White escreveu. Por exemplo: Os que defendem erroneamente que a igreja não deve ter o vestuário como prova de comunhão, são muitas vezes as mesmas pessoas que acreditam que alguém que se alimenta de carne de porco e outras carnes imundas, não deve ser membro da igreja, e os que já são membros, devem ser excluídos se comerem tais carnes. Mas Ellen White também escreveu que a questão da carne de porco não deveria ser colocada como prova pela igreja.

“Ao passo que diríamos aos que estão dispostos a importunar os que cultivam lúpulo e fumo e criam porcos entre nosso povo que eles não têm o direito de fazer destas coisas, em qualquer sentido, uma prova de comunhão cristã.” - Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 338.

“Vi que suas ideias sobre a carne de porco não seriam prejudiciais se vocês as retivessem para si mesmos, mas, em seu julgamento e opinião, os irmãos têm feito dessa questão uma prova, e seus atos têm demonstrado o que vocês crêem sobre isto. Se Deus achar por bem que Seu povo se abstenha da carne de porco, Ele os convencerá a respeito... Se for dever da igreja abster-se da carne de porco, Deus o revelará a mais do que duas ou três pessoas. Ele ensinará a Sua igreja o dever dela.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 206,207.

Este texto deixa claro também que não cabia à Ellen White fazer do vestuário ou da carne de porco uma prova, como ela mesma escreveu:

“Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar.” - Conselhos sobre o Regime Alimentar, pág. 95.

Nem por isso, mesmo a igreja Adventista, permite a seus membros comerem ou beberem de tudo, sem nenhuma restrição. E, não foi diferente na questão do vestuário:

"Não fiz do vestido uma pedra de toque." - Testemunhos para a Igreja, vol. 4, pág. 637.

O estabelecer regras e regulamentos, é um dever que Deus delegou à igreja como ministério, quando deixada a ser guiada pelo Espírito de Deus, como ocorreu em Atos capítulo 15!

Ellen White reprovou aqueles que estavam querendo fazer do uso da carne de porco uma prova de comunhão. Essa reprovação, no entanto, não deve pautar nossa vida no presente, pois que devemos, portanto, compreender que no início do adventismo e mesmo durante seu desenvolvimento, algumas concessões que foram feitas, deveriam ser corrigidas, inclusive na questão da alimentação, casamento e vestuário.

O texto de Mensagens Escolhidas, volume 3, páginas 252,253, e outros compreendidos erroneamente, não podem estar em contradição com outros textos que mostram claramente que a questão do vestuário e a utilização de modas contrários à palavra de Deus são motivos suficientes para disciplina ou exclusão do rol de membros da igreja. Por isso, devemos aceitar que a melhor maneira de entendermos o texto citado é a forma como foi explicado acima, ou devemos então pensar que os livros de Ellen White são um amontado de contradições. Isto sabemos, no entanto, ser impossível!!

Outra passagem, também muito mal interpretada pelos adeptos da moda contrária à inspiração, é:

“Buscavam controlar a consciência de outros por sua própria. Se o adotavam, outros deveriam adotá-lo. Esqueceram-se de que ninguém era obrigado a usar o vestido da reforma.” Testemunhos para a Igreja, vol. 4 pág. 636.

Perguntamos: Podemos obrigar uma pessoa a guardar o sábado ou realizar qualquer outra norma ou ensinamento cristão? A verdade da justiça pela fé é maravilhosa, incontestada na Bíblia e no Espírito de Profecia, mas podemos obrigar alguém a aceita-la?

Outro detalhe, que não é muitas vezes citado no texto, e isto feito para que o texto dê a impressão errônea de que o vestuário não deve ser colocado como prova, é o seguinte contexto:

“E muitos que professavam aceitar a reforma não fizeram mudança em seus hábitos errôneos de vestuário, exceto em encurtar as saias e cobrir os membros. Isto não foi tudo. Algumas que adotaram a reforma não estavam contentes em mostrar pelo exemplo as vantagens do vestuário, dando, quando indagadas, as razões por adotá-lo, e deixando que a questão aí parasse. Buscavam controlar a consciência de outros por sua própria. Se o adotavam, outros deveriam adotá-lo. Esqueceram-se de que ninguém era obrigado a usar o vestido da reforma.” Testemunhos para a Igreja, vol. 4 pág. 636.

Alguns aspectos devem ser mencionados aqui:

1º As mudanças não foram realizadas de forma completa como deveria ter ocorrido.

2º Algumas irmãs queriam controlar a consciência de outras pelas suas próprias. Isto jamais deve ser admitido.

3º O vestuário que poderia ser utilizado no lugar do vestuário reformado, cobria perfeitamente o corpo. Nada tinha a ver com o estilo imoral, imodesto e corrupto que a atual moda proporciona.

4º As pessoas que utilizam esta passagem para defenderem que não se precisa fazer mudanças no vestuário, deveriam se vestir tais quais as irmãs do século 19, já que o texto foi escrito com base no costume da época e não no atual vestuário imoral de nosso tempo!

5º No mesmo livro encontramos: “Todas as manifestações de orgulho no vestuário, proibidas na Palavra de Deus, devem ser motivo suficiente para disciplina na igreja.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 4 pág. 647.

6º Segundo o texto de Testemunhos para a Igreja, vol. 4 pág. 647, se percebe facilmente que este era dever da igreja disciplinar, e não da profetiza. Mais uma vez a igreja Adventista falhou em realizar a obra que Deus a incumbira.

“’Se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano’. V. 17. Se ele não escutar a igreja, se recusar os esforços envidados para reconquistá-lo é a igreja que deve tomar a si a responsabilidade de excluí-lo da sua comunhão. Seu nome deverá então ser riscado do livro. O bem estar e a pureza da igreja devem ser salvaguardados para que possa estar sem mancha diante de Deus, revestida da justiça de Cristo. À igreja foi conferido o poder de agir em lugar de Cristo. Ela é a instrumentalidade de Deus para a conservação da ordem e da disciplina entre o Seu povo. Nela o Senhor delegou poderes para diremir todas as questões concernentes à sua prosperidade, pureza e ordem. Sobre ela impôs a responsabilidade de excluir de sua comunhão aos que são indignos dela, que pela sua conduta anticristã acarretam desonra à causa da verdade. Tudo quanto a igreja fizer de acordo com as direções dadas na palavra de Deus será sancionado no Céu”. - Obreiros Evangélicos, pág. 495, 496. 

O fato da igreja Adventista não tomar nenhuma posição neste sentido, foi uma das razões que conduziu gradativamente à sua apostasia denominacional. Escreveu Ellen White:

“Foi-me mostrado que a principal causa de vossa apostasia é o amor que têm ao vestuário.” -Testemunhos para a Igreja, vol. 4 pág. 647.

“Quem num caso vira as costas à luz endurece o coração para desconsiderar a luz em outros casos. Quem viola obrigações morais em questões de alimentação e vestuário, prepara o caminho para a violação das exigências de Deus com respeito a interesses eternos.” – Conselhos sobre o Regime Alimentar, pág. 72.

A profecia apontava:

“Há sobre nós, como um povo, um terrível pecado - termos permitido que os membros de nossa igreja se vistam de maneira incoerente com sua fé. Cumpre erguer-nos imediatamente, e fechar a porta contra as seduções da moda. A menos que isso façamos, nossas igrejas se tornarão desmoralizadas.” Testemunhos para a Igreja, vol. 4 pág. 648.

Bem, todo adventista sincero poderá nos dizer se isto ocorreu ou não com a igreja da qual são membros!

Desejamos também mencionar algo sobre o seguinte texto:

“Devem ser usados vestidos simples. Experimentai vosso talento, minhas irmãs, nesta reforma essencial. O povo de Deus terá toda prova que poderão suportar. A questão do sábado é uma prova que sobrevirá ao mundo inteiro. Não precisamos que seja introduzida agora alguma coisa que constitua uma prova para o povo de Deus e torne mais severa a prova que eles já têm. O inimigo se alegraria em levantar agora questões que desviassem a mente das pessoas para que entrassem em controvérsia sobre o assunto do vestuário. Que nossas irmãs se vistam com simplicidade, como muitas fazem, usando vestidos de bom material, duráveis, modestos, apropriados para esta época, e não permitam que a questão do vestuário encha a mente.” - Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 254.

Também neste texto alguns pontos precisam ser destacados. É muito comum lermos um texto e interpretá-lo de forma muito superficial. Inconscientemente, entendemos certos textos de forma a dar apoio a nossas tendências pecaminosas. Humanamente, gostamos quando nos deparamos com algo que nos coloca em um berço de tranquilidade sem que precisemos renunciar a nós mesmos. Então vejamos:

“Devem ser usados vestidos simples.” Se uma parte do texto deve ser salientada e obedecida, por que esta não seria?

“Experimentai vosso talento, minhas irmãs, nesta reforma essencial.” Sabemos o que significa algo que seja essencial, não sabemos? Aquilo que é fundamental, que é primordial, que não se pode dispensar. Se esta questão do vestuário é essencial, ela faz parte das coisas de extrema importância. Como encontramos em outra passagem:

“Nossas palavras, ações, vestidos, são pregadores vivos e diários, juntando com Cristo, ou espalhando. Isto não é coisa insignificante, para ser passada por alto com um gracejo. A questão do vestuário exige séria reflexão e muito orar.” - Testemunhos Seletos, vol.1, pág. 600.

3º “A questão do sábado é uma prova que sobrevirá ao mundo inteiro. Não precisamos que seja introduzida agora alguma coisa que constitua uma prova para o povo de Deus e torne mais severa a prova que eles já têm.” Esta parte é a que as pessoas fazem questão de frisar. Acham que não se deve exigir nada mais das pessoas que adentram para a igreja a não ser o fato de guardarem o sábado. Queremos dizer que, se os que citam esta passagem fossem fiéis guardadores pelo menos desse mandamento, seria muito bom. Isto com certeza ajudaria tais pessoas a viverem a verdade em sua totalidade, incluindo um vestuário segundo a inspiração. Mas geralmente, as que apresentam dificuldades no vestuário, também apresentam dificuldades até mesmo na santificação do sábado como encontrado nas Escrituras. É como o texto que já foi citado: “Quem num caso vira as costas à luz endurece o coração para desconsiderar a luz em outros casos. Quem viola obrigações morais em questões de alimentação e vestuário, prepara o caminho para a violação das exigências de Deus com respeito a interesses eternos.” – Conselhos sobre o Regime Alimentar, pág. 72. E isto inclui a santificação do sábado.

A santificação do sábado sempre estará ligada a um vestuário segundo a vontade de Deus:

“A mente que é deixada a vaguear aqui e ali está tão apta a compreender a verdade, aprova escriturística da observância do sábado e o verdadeiro fundamento da esperança cristã, como a estudar a aparência, as maneiras, o vestuário, etc.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1 pág. 125.

“Creio que os guardadores do sábado devem vestir-se modestamente e com economia.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1 pág. 252.

Cremos que o problema com a questão do vestuário é apenas a ponta do iceberg. O pouco que se vê, reflete apenas problemas infinitamente maiores guardados no interior. Quando o exterior não reflete a vontade de Deus, quando o mesmo é vestido com modas mundanas, “isso mostra claramente que o amor por todas essas coisas está no coração.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 136.

Mas, vamos tomar esta parte do texto em sua literalidade, pois que muitos a utilizam apenas para aquilo que acham muito cômodo. Mesmo igrejas, para defenderem a apostasia dominante na questão do vestuário, tem utilizado este texto de forma errônea. Perguntamos: Se a única prova que deve-se colocar às pessoas é que santifiquem o sábado, por que não se batizam pessoas que não devolvem o dízimo, que comem carnes imundas, que bebem cachaça ou outras bebidas alcoólicas, ou que fumam? Vemos assim uma grande incoerência na aplicação da passagem em destaque.

“O inimigo se alegraria em levantar agora questões que desviassem a mente das pessoas para que entrassem em controvérsia sobre o assunto do vestuário.” É importante mais uma vez mencionar que o vestuário do qual não se fazia bem em entrar em controvérsia não era imoral ou indecente. Não se tratava de uma mulher, por exemplo, usar uma calça ou uma saia que expusesse suas pernas levando Ellen White a escrever então que não se devia entrar em controvérsia sobre este assunto. Ela mesma escreveu que o uso de calças por uma mulher ou um vestuário que fosse ao menos semelhante ao do homem, já é abominável a Deus (Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 457; 460). Escreveu ainda, depois te ter sido dada a ela visão sobre o assunto, que uma mulher não deve usar uma saia que não chegue aos joelhos ou que apenas cubra os joelhos (Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 464; Crede sem Seus Profetas, pág. 225). Estaria ela contradizendo seus próprios escritos?

“Que nossas irmãs se vistam com simplicidade, como muitas fazem, usando vestidos de bom material, duráveis, modestos, apropriados para esta época, e não permitam que a questão do vestuário encha a mente.” Alguns fazem questão de fixar a mente apenas na parte: “apropriados para esta época.” Mas se esquecem de que este estilo de vestuário apropriado para a época tem que ao mesmo tempo ser: “Modesto.” Ellen White simplifica esta questão nas seguintes palavras:

“Não espero satisfazer cada gosto com respeito ao vestuário, mas acredito que é meu dever usar roupa durável, vestir-me de maneira decente e ordenada, e seguir meu próprio gosto desde que ele não discorde da Palavra de Deus.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1 pág. 252.

Outro texto muito mal aplicado é o que diz:

"Muitos há cuja religião consiste em criticar os hábitos de vestuário e as maneiras. Querem levar todos à sua própria medida. Desejam alongar os que parecem demasiado curtos para sua norma, e cortar outros que parecem por demais compridos. Eles perderam o amor de Deus do coração; porém, julgam possuir espírito de discernimento. Acham que é prerrogativa sua criticar, julgar, devem, porém, arrepender-se de seu erro, e desviar-se de seus pecados.... Amemo-nos uns aos outros. Tenhamos união em nossas fileiras. Tenhamos santificado o coração para com Deus. Olhemos a luz que para nós reside em Jesus. Lembremo-nos de quão paciente e sofredor Ele foi para com os errantes filhos dos homens. Estaríamos em um estado miserável se o Deus do Céu fosse como um de nós, e nos tratasse como somos inclinados a tratar-nos uns aos outros". - R&H, 27/8/1889, citado em "Ellen White - Mensageira da Igreja Remanescente", pág. 201.

Realmente, jamais devemos levar o vestuário à nossa maneira, fazer para nós mesmos uma regra ou norma e achar que os outros devem viver como nós vivemos. Achar que alguém deve encurtar ou alongar um vestido ou saia porque achamos que deve ser assim, demonstra mesmo falta de amor no coração. Mas, e as normas que não foram homens, mas sim Deus quem estabeleceu, como vimos em textos anteriores, viraremos as costas a estas evidências? Em base de um texto muito mal compreendido e muito mal aplicado se esquece de muitos outros porque nossa vontade perversa assim o deseja? 

Como mencionamos, muitos argumentos podem ser apresentados para se rejeitar a verdade sobre esta questão. Satanás está pelo mundo a inspirar homens e mulheres que não desejam carregar a cruz de Cristo. Mas, existe apenas uma desculpa para se proceder contrário à verdade da Palavra Inspirada:

“É uma vergonha para nossas irmãs, esquecerem tanto seu santo caráter e o dever que têm para com Deus, que imitem as modas do mundo. Não há desculpas para nós, senão na perversidade de nosso coração.”- Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 595.

Como mencionamos, na Palavra inspirada não deve existir contradição. Um texto não deve tirar a força de outro. É comum mencionarmos as passagens que parecem dar razão àquilo que acreditamos. No entanto, devemos sempre seguir a orientação de um grande sábio que escreveu:

“Vedes aqui, isto achei, diz o pregador, conferindo uma coisa com a outra para achar a razão delas”. Eclesiastes 7:27.

Por isso, além de termos visto o real significado de cada texto muitas vezes citado de forma equivocada, precisamos ver outras passagens que atestam que estas explicações, nas passagens citadas, estão corretas, isto porque outros textos confirmam o que temos afirmado!

Vários textos mostram que a questão do vestuário deve ser sim uma prova de comunhão na igreja. Mesmo para aqueles que desejam ingressar na qualidade de membros, a questão do vestuário deve ser explicada, e cada candidato ao batismo, avaliado nos seguintes aspectos, antes de receberem a aprovação da igreja, para tornarem-se membros:

“Um ponto sobre que cumpre instruir os que abraçam a fé é o vestuário - assunto que deve ser cuidadosamente considerado da parte dos recém-conversos. Revelam vaidade no tocante à roupa? Acariciam o orgulho de coração? A idolatria praticada em matéria de vestuário é enfermidade moral; não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos a submissão às reivindicações do evangelho requer uma mudança decisiva em matéria de vestuário.” – Evangelismo, pág. 268.

Segundo este texto, se a pessoa que deseja ser membro do corpo de Cristo revelar vaidade no tocante à roupa, se acariciar o orgulho no coração, não deve ser batizada antes que realize uma mudança decisiva em matéria de vestuário. Isto mostra claramente que esta questão é uma prova para aqueles que desejam ingressar como membros da igreja.

Outro texto, agora mencionando os membros da igreja, diz:

“Todas as manifestações de orgulho no vestuário, proibidas na Palavra de Deus, devem ser motivo suficiente para disciplina na igreja.”

Estaria Ellen White em contradição com ela mesma? Se o vestuário não pode ser uma prova, por que ela diz que os que não estão de acordo com a Palavra de Deus nesta questão devem ser então disciplinados? Não existe contradição se entendermos este assunto como explicado aqui.

Outra passagem diz:

“Há sobre nós, como um povo, um terrível pecado - termos permitido que os membros de nossa igreja se vistam de maneira incoerente com sua fé. Cumpre erguer-nos imediatamente, e fechar a porta contra as seduções da moda. A menos que isso façamos, nossas igrejas se tornarão desmoralizadas.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 600.

De que forma a igreja não pode permitir este terrível pecado? A única forma é utilizando a disciplina mencionada no texto inspirado.

A prova de comunhão na questão do vestuário, portanto, é aplicada aos que já são membros, bem assim para aqueles que desejam ingressar na igreja. Lemos:

“A prova do discipulado não é exercida tão intimamente como devia ser sobre os que se apresentam para o batismo. Deve-se compreender se os que professam ser convertidos estão simplesmente tomando o nome de adventistas do sétimo dia, ou se estão assumindo sua posição ao lado do Senhor, para sair do mundo e serem separados e não tocarem em coisa imunda. Ao darem evidência de que compreendem plenamente sua posição, devem ser aceitos. Mas quando mostram que estão seguindo os costumes, modas e sentimentos do mundo, deve-se lidar fielmente com eles. Se não sentem a responsabilidade de mudar seu procedimento, não devem ser conservados como membros da igreja. O Senhor deseja que os que compõem a Sua igreja sejam mordomos fiéis e verdadeiros da graça de Cristo.” - Testemunhos para Ministros, pág. 124.

Ou seja, um vestuário contrário à inspiração deve sim ser colocado como prova na igreja, ou a igreja se torna desmoralizada e culpada diante de Deus!

“... O pecado destes últimos dias recai sobre o professo povo de Deus. Pelo egoísmo, amor aos prazeres e o amor ao vestuárionegam o Cristo que sua filiação à igreja diz que estão seguindo.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 595.

Alguém que tem constantemente negado a Cristo pela sua maneira de vestir, ou pelas suas obras, pode ser conservado como membro da igreja?

Ellen White também escreveu:

“Vi que o machado precisa ser posto à raiz da árvore. Esse tipo de orgulho não deveria ser tolerado na igreja. São essas coisas que separam Deus de Seu povo e interceptam-lhes o acesso à arca. Israel tem estado inconsciente ao orgulho, à moda e à conformidade com o mundo que existe em meio ao arraial.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 136.

De que forma as modas mundanas, contrárias à inspiração, não podem ser toleradas na igreja se a igreja não tiver o vestuário como prova de comunhão?

Ainda lemos:

“Se alguém sentir o desejo de imitar as modas do mundo e não subjuga-lo de imediato, Deus prontamente deixará de reconhecê-lo como filho. Esse é filho do mundo e das trevas.” - Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 136.

Se uma igreja aceita que uma pessoa que é filha ou filho das trevas seja membro da igreja, o que se pode esperar de tal igreja?

Sejam os filhos do engano e falso testemunho agasalhados por uma igreja que tem tido grande luz, grande evidência, e essa igreja desfar-se-á da mensagem que o Senhor lhe enviou e acolherá as mais desarrazoadas afirmações, e falsas suposições, e falsas teorias. Satanás ri-se de sua loucura; pois ele sabe o que é a verdade.” - Testemunhos para Ministros, pág. 409.

A igreja tem, através da Palavra inspirada, meios suficientes para dirimir todas as questões que ameaçam sua prosperidade espiritual. Todas as organizações que viraram as costas a estas evidências estão hoje colhendo os frutos do mundanismo e de uma situação de imoralidade sem volta. Dificilmente uma igreja, ou organização, que dá um passo em direção ao mundo, encontra meios para retornar. As coisas que hoje aparentemente são permissivas, no passado, já foram consideradas pecado. As que consideramos pecado hoje, no futuro, serão consideradas permissivas, e assim gradativamente e de forma imperceptível a igreja planta suas sementes de apostasia, onde, no futuro, acaba colhendo os frutos amargos da separação de Deus.

“Cumpre erguer-nos imediatamente, e fechar a porta contra as seduções da moda. A menos que isso façamos, nossas igrejas se tornarão desmoralizadas.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 600.

“Haverá algumas quedas terríveis por parte dos que cuidam estar firmes pelo fato de possuírem a verdade; não a têm, porém, tal como é em Jesus. Um momento de descuido pode imergir uma alma em irreparável ruína. Um pecado leva ao segundo, e o segundo prepara o caminho para o terceiro, e assim por diante. Cumpre-nos, como fiéis mensageiros de Deus, rogar-Lhe constantemente que nos guarde por Seu poder. Se nos desviamos um centímetro que seja do dever, estamos em risco de seguir avante na senda do pecado que terminará em perdição. Há esperança para cada um de nós, mas unicamente de um modo, e este é ligar-nos a Cristo, e exercer toda energia para atingir à perfeição de Seu caráter.” - Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 212.


Leandro Quadros X Escritos de Ellen White e a Questão do Vestuário

No artigo anterior, o qual você poderá visualizar no seguinte link:


Postamos uma explicação ao artigo do professor Leandro Quadros, sobre a questão da mulher usar calças.

Meus comentários foram visualizados por ele através de seu facebook, porém, não foram, como já mencionei, publicados no site do programa “Na mira da verdade.” Ao contrário disso, me depararei, pouco tempo depois, com outro artigo, que parece ter endereço certo: Tentar refutar meus comentários os quais fiz com base na inspiração.

A forma como o professor Leandro Quadros iniciou seu segundo artigo sobre o vestuário feminino, não parecia ser daquele orador educado como é apresentado no programa. Iniciou chamando as pessoas que não veem certos assuntos como ele vê, de analfabetos, o que levou alguns internautas a se oporem a este tipo de atitude, como você poderá ver no seguinte link:


Para tentar se justificar de tal grosseria e deselegância, ele mencionou:

Escrevi daquele modo porque uma pessoa meio agressiva leu tais citações da Sra. White, não entendeu e pensou que tinha entendido, tendo assim argumentos para me atacar.[1]

Se lerem meu artigo anterior, ao qual ele se refere, qualquer pessoa perceberá que não houve de minha parte nenhuma atitude agressiva, nem algum ataque à pessoa do professor Leandro Quadros. O que fiz foi apenas esclarecer de forma educada seus diversos equívocos teológicos. Mas a verdade da palavra de Deus é uma espada, a qual, mesmo que saibamos usá-la com cuidado, ela acaba por cortar, penetrando até as juntas e medulas e discernindo as intenções do coração (Hebreus 4:12).  Mas, ela fere para poder curar e tirar ou remover as partes que não estão segundo a vontade de Deus. Alguns não suportam este processo e o acham dolorido, mesmo que tal procedimento seja realizado com cuidado e cautela.

O que você lerá a seguir, é minha resposta ao  segundo artigo de Leandro Quadros sobre a questão do vestuário segundo Ellen White. Ele achou que poderia contestar a verdade e escreveu o artigo que você pode visualizar no link acima. Depois de ler a declaração do orador do programa “na mira da verdade”, leia o que  foi explicado da seguinte forma:

Bem, professor Leandro, interessante seus comentários. Só desejo fazer algumas observações que julgo necessárias. Como você mesmo escreveu, corremos o risco de olharmos a moeda apenas de um lado e ignorarmos o outro que sempre nos trará uma informação diferente, mas necessária.

Infelizmente o espaço não me permite fazer uma abordagem que um assunto de tal seriedade exige, mas vou abordar as partes que julgo ser de suma importância.
Não creio que sou um defensor da “saia por 24h”, mesmo porque o coração do sábio sempre saberá discernir o tempo e o lugar das coisas (Provérbios 8:5). Porém, sempre que nos achamos sob o olhar se nosso próximo ou de nossos semelhantes, precisamos saber que “nossas palavras, ações, vestidos, são pregadores vivos e diários, juntando com Cristo, ou espalhando.” (Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 596).

Irmão Leandro, em sua abordagem, você fez a seguinte pergunta:

“O que era o ‘traje americano’ que ela (Ellen White) não recomendava?”

Na seguinte fotografia podemos ver um exemplo de tal traje.



Esta é uma foto do “Traje usado pela Dra. Austin em 1851. Dr. Harriet N. Austin criou este modelo com uma variação do modelo chamado "Bloomer' e o nomeou de Traje Americano. Sobre este traje, Ellen G. White escreveu:

Sobre este vestuário, Ellen White escreveu:

“Nunca devemos imitar a Dra. Austin ou a Dra. York. Elas se vestem muito semelhante aos homens.” – Ellen G. White, Letter to Brother and Sister Lockwood Sept. 1864


Perceba que Ellen White diz que este traje é completamente inadequado e imodesto às humildes seguidoras de Jesus. E perguntamos? Por que tal traje não deveria ser utilizado, uma vez que ele não mostra as partes do corpo da mulher? A resposta da inspiração e da lógica é: Ele se assemelhava ao traje masculino! Veja que tal vestuário é considerado ousado, mas em que sentido? Seria este traje mais ousado e errado do que uma irmã colocar uma calça e sair por aí? Sem levar em consideração a cultura, que logicamente estaria em desacordo com a nossa, o traje americano, em termos de cobrir o corpo, era bastante modesto. Perceba que tal vestuário tinha um casaco que ia até a metade da cocha, mas, mesmo assim, era impróprio, ainda que cobrisse totalmente o corpo da mulher. O que diria a irmã White caso ela visse nossas irmãs vestidas de uma saia que vai até a metade da cocha sem nenhuma calça por baixo? Ou o que diria ela se visse nossas irmãs vestidas apenas com a calça, mas sem o casaco? Vale lembrar que a calça do traje americano não era justa, mas mesmo com um casaco, que tapava parte da cocha, constituía uma abominação. Será que o Espírito Santo ficou ultrapassado e Ele muda de opinião segundo mudam as modas a ponto de em nossos dias uma mulher usar somente uma calça e ser considerado isto como estando em harmonia com a vontade de Deus e com a inspiração?

Note o que diz a Palavra de Deus:

“Há uma crescente tendência de as mulheres usarem vestuário e adotarem aparência mais SEMELHANTES AOS DO SEXO OPOSTO e escolherem seus trajes bem PARECIDOS COM O DOS HOMENS. Mas Deus declara que ISSO É ABOMINAÇÃO. ‘Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia.’ I Tim 2:9.”

Perceba que o problema não é apenas usar um vestuário ousado ou que mostre as formas femininas, mas um que se assemelhe ou que se pareça ao vestuário do sexo oposto, ao vestuário dos homens. Isto, segundo a inspiração, é abominação. Perceba também que o texto citado pelo senhor, o de I Timóteo 2:9, deve ser aplicado para corrigir a tendência de a mulher utilizar um vestuário semelhante ou apenas parecido com o dos homens. O melhor intérprete dos textos bíblicos deve ser o próprio Espírito Santo através da inspiração. No caso de todos nós adventistas, nosso guia seguro para a aplicação de um texto ou sua correta interpretação, deve ser o Espírito de Profecia revelado através do dom profético de Ellen White.

É importante mencionar também que não somos a favor de saias justas que mostram a forma do corpo e que em alguns casos são tão insinuantes quanto uma calça.  O fato de uma saia ser insinuante, não justifica a mulher utilizar uma calça a qual está também contrária à Palavra de Deus! O ideal, é nos adequar à Palavra inspirada e deixarmos os achismos.

Outro fato que nos salta à vista, é o fato da inspiração mostrar que a calça é um vestuário feito para os homens. Isto também é comprovado pela história, onde no passado, na cultura ocidental, as mulheres se vestiam apenas com saias e os homens usavam então calças como se vê ainda nos dias de hoje. Aliás, é muito difícil encontrarmos algum país cuja cultura, no passado, as mulheres usavam calças desde o início de suas civilizações.

Enquanto os homens mantiveram seus princípios de vestuário criado para eles, as mulheres migraram para a cultura masculina, indo contra o bom senso, a modéstia e a inspiração. Ellen White viveu o gênesis desse processo na América do Norte.

Como já mencionamos em outras postagens, quando o assunto é vestuário, devemos obedecer a três critérios importantes, a saber: A cultura, a modéstia e a inspiração. Estes princípios não podem se contradizer entre si. 

Você também mencionou algo sobre calça masculina e feminina. Professor Leandro, qual a diferença de uma calça feminina (se existe calça feminina, pois calça foi idealizada para homens) e uma calça masculina? A única diferença que pode ser constatada é no formato da peça: A calça que é usada por uma mulher, geralmente tem a cintura mais fina e o quadril mais largo. Se um homem tentar vestir uma calça assim, ficará apertada na cintura e larga no quadril. Por outro lado, se uma mulher vestir uma calça costurada segundo o corpo de um homem, poderá ficar larga na cintura e apertada no quadril. A diferença, portanto, existe apenas devido ao formato do corpo da mulher, que é diferente do formato do corpo do homem, mais nada! Normalmente, o restante são detalhes que nada somam em tornar a calça sensual ou não, modesta ou imodesta, como tamanho do zíper, bolsos, etc.

O Dr. Márcio, avalia esta questão da seguinte maneira:

“Só existe uma forma de fazer com que uma calça fique nos padrões femininos, que é reforçando a sensualidade, ou seja, para que uma calça venha a ser verdadeiramente feminina, ela deverá valorizar as curvas da mulher, mostrando o formato do corpo, das pernas, etc, o que não seria apropriado para uma cristã. Se a calça não for assim, ou seja, se for folgada, cairá no formato de calças masculinas o que ofenderá o princípio de Deuteronômio 5:22; I Timóteo 2:9; I Pedro 3:3-5.

“Outro questionamento que se poderia fazer, é: De que forma uma mulher vestindo calças pode se diferenciar das mulheres do mundo?

“Toda mulher adequadamente vestida de saia ou vestido é geralmente identificada imediatamente como uma crente. Será que o mesmo se aplica a uma mulher de calça comprida?

“Neste ponto, vale a pena citar a visão de Ellen White sobre os tipos de multidão do caminho largo. Ela escreveu:

“Vi, percorrendo a estrada larga, muitos que tinham sobre si escritas estas palavras: "Morto para o mundo. Próximo está o fim de todas as coisas. Estai vós também preparados." Pareciam PRECISAMENTE IGUAIS a todas aquelas pessoas frívolas que em redor se achavam, com a diferença única de uma sombra de tristeza que lhes notei no rosto. Sua conversa era perfeitamente igual à daqueles que, divertidos e inconscientes, se encontravam em redor; mas de quando em quando mostravam com grande satisfação as letras sobre suas vestes, convidando outros a tê-las sobre si. Estavam no caminho largo, e no entanto professavam pertencer ao número dos que viajavam no caminho estreito. Os que em redor deles estavam, diziam: "Não há distinção entre nós. Somos iguais; VESTIMOS, falamos e procedemos semelhantemente." – Ellen White, Vida e Ensinos, pág. 158.

Assim, irmão Leandro, podemos dizer que uma calça só poderia ser considerada feminina se tal calça realçar e seguir os contornos do corpo da mulher, vituperando a mensagem do evangelho, da verdade e da decência! Aliás, é quase impossível uma mulher que se diz cristã, que está acostumada a usar calças, controlar-se a ponto de somente utilizar calças bem largas sem que exponha as formas de seu corpo. E como foi mencionado, se isto ocorre, esta vestimenta se assemelhará ao vestuário masculino, o que a Palavra de Deus condena.

É incrível como a inspiração pinta a experiência daqueles que dizem viver próximos ao fim de todas as coisas e que pregam sobre a segunda vinda de Jesus. Não me refiro a nenhuma igreja em particular, mas a todos os que professam crer na breve volta de Jesus, que, apesar de professarem estarem andando no caminho estreito, estão no caminho largo, e isto se faz notar também pela forma de se vestirem! A diferença de um cristão para um mundano, não pode ser apenas ouvida, deve ser também vista! (Mateus 5:14-16, Isaias 61:9; II Coríntios 3:2; etc).
Agora, irmão Leandro, é importante também destacar o texto que você mencionou:

As mulheres cristãs não se devem dar a trabalhos para se tornarem objeto de ridículo por vestir diferentemente do mundo. Mas, se seguindo suas convicções de dever a respeito do vestir modesta e saudavelmente, elas se acham fora da moda, não devem mudar de vestuário a fim de ser semelhantes ao mundo; porém devem manifestar nobre independência e coragem moral para ser corretas, ainda que o mundo inteiro delas difira. Caso o mundo introduza um modo de vestir decente, conveniente e saudável, que esteja em harmonia com a Bíblia, não muda nossa relação para com Deus ou para com o mundo o adotar o tal estilo de vestuário. - Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, pág. 458, 459.

É fácil vermos que Ellen White não era contra a moda, se, tal moda, segundo ela mesma, introduzisse “um modo de vestir decente, conveniente e saudável, que esteja em harmonia com a Bíblia.”  Mas, no caso da moda ser imodesta como o caso de uma mulher usar segundo ela mesma, um vestuário parecido com o dos homens, “não devem mudar de vestuário a fim de ser semelhantes ao mundo; porém devem manifestar nobre independência e coragem moral para ser corretas, ainda que o mundo inteiro delas difira.”

Neste caso, devemos rejeitar o uso de calças pelo sexo feminino, que segundo ela, fere a palavra Deus, o texto, por exemplo, de I Timóteo 2:9 e Deuteronômio 5:22. Vale lembrar que esta não é uma aplicação arbitrária, mas a aplicação que o Espírito de Profecia faz! Este princípio, portanto, que é ensinado pela palavra de Deus e corroborado pelo Espírito de Profecia, deve assim, pelas palavras de  George R. Knigh, ser uma doutrina.

É importante mencionarmos o perigo de alguém vestir-se contrário à palavra de Deus e seguir as modas do mundo. O que está a seguir, não são palavras de origem humana, mas Divina:

“Se alguém sentir o desejo de imitar as modas do mundo e não subjuga-lo de imediato, Deus prontamente deixará de reconhece-lo como filho. Esse é filho do mundo e das trevas”. Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pág. 136, 137.

“A obediência à moda está penetrando nossas igrejas adventistas do sétimo dia, e fazendo mais que qualquer outro poder para separar nosso povo de Deus.” - I Testemunhos Seletos, pág. 600.

“Há sobre nós, como um povo, um terrível pecado - termos permitido que os membros de nossa igreja se vistam de maneira incoerente com sua fé. Cumpre erguer-nos imediatamente, e fechar a porta contra as seduções da moda. A menos que isso façamos, nossas igrejas se tornarão desmoralizadas.” - Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 600.

Estas advertências são para todos! Basta estudarmos um pouquinho para vermos que as incursões da moda entre o povo de Deus trazia tantos temores ao coração de Ellen White, que a levou a escrever tais advertências. Se olharmos as circunstâncias através do vidro da inspiração, veremos que algumas modas condenadas pelo Espírito de Profecia nos séculos passados, encontram-se potencializadas nos dias atuais e usadas por pessoas que professam seguir a Jesus. O que diria Ellen White caso vivesse em nossos dias, ao ver tal situação?

Findo desejando ao senhor e a todos que te cercam as bênçãos de Deus!


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[1] Site acessado no dia 17 de Junho de 2014, às 13:58 h.